Revista crítica de humanidades

Editora:
Universidade Católica do Salvador - UCSAL
Data de publicação:
2019-05-31
ISBN:
2447-861X

Número de revista

Documentos mais recentes

  • Projeto de vida em tempos de incertezas qual o projeto para a formação da juventude?

    Este artigo resulta de pesquisa em andamento sobre a reforma do Ensino Médio e que conta com financiamento do CNPq. O texto aqui apresentado tem como objetivo analisar o componente curricular Projeto de Vida no contexto da atual Reforma do Ensino Médio e das mudanças recentes no processo produtivo. Está pautado por revisão bibliográfica, análise documental e depoimentos de jovens estudantes de escolas públicas do estado de São Paulo. A análise do material e dos depoimentos de estudantes de escolas estaduais na região de Campinas, coletados através de questionários, nos permitem afirmar que a base de sustentação da proposta curricular de São Paulo está em consonância com um projeto de conformação das novas gerações ao contexto de perda de direitos e de desregulamentação do trabalho que avança na sociedade brasileira.

  • Luzes, câmera e ação nas periferias experiências de formação e trabalho de jovens mulheres do audiovisual

    Este artigo focaliza as experiências de formação e de trabalho de jovens mulheres que trabalham no setor do audiovisual nas periferias de São Paulo, e suas estratégias para nele permanecer, considerando a forte presença masculina e de pessoas oriundas das classes médias e altas neste campo. Parte da expansão de iniciativas educativas no audiovisual nas últimas décadas e de sua crise, aprofundada no contexto da pandemia de covid-19, bem como da escassez de dados sobre a inserção e o tipo de trabalho realizado por jovens neste segmento, em especial por jovens mulheres moradoras das periferias. Estabelece diálogo entre autores e autoras dos campos da juventude, trabalho, gênero e audiovisual, incorporando contribuições de bell hooks, Laura Mulvey, Ann Kaplan, Helena Hirata, Liliana Segnini, Guilhermo Aderaldo e Vítor Ferreira

  • As experiências formativas e laborais de jovens aprendizes desafios para conciliar trabalho e escola

    Os jovens tem sido os mais afetados pelo processo de flexibilização das relações de emprego, pelo desemprego, pela precarização do trabalho e pela violência. A preocupação com a empregabilidade se torna o foco central das políticas públicas voltadas para a juventude no Brasil tendo na política de aprendizagem profissional uma das principais alternativas. Nos últimos anos, tem crescido o número de jovens inseridos no mercado de trabalho, na condição de jovem aprendiz, constituindo-se numa das principais portas de acesso ao primeiro emprego no Brasil. O objetivo deste artigo é refletir sobre a experiência formativa e laboral de jovens aprendizes, para compreender o que representa para eles ser jovem aprendiz, e os desafios que enfrentam, ao terem, ainda tão cedo, de conciliar o mundo do trabalho com a escola e a vida juvenil. A metodologia fundamentou-se em uma pesquisa qualitativa realizada em uma das entidades formadoras de Salvador que atende jovens aprendizes. Utilizou-se da observação participante, acompanhando duas turmas de formação durante dois anos, e de entrevistas narrativas com quatorze jovens aprendizes.

  • Trabalho e educação. Um estudo sobre jovens estudantes-trabalhadores universitários no interior da Bahia

    O presente artigo objetivo investigar como têm sido construídas as relações entre estudar e trabalhar entre jovens estudantes em duas universidades públicas, a saber: a UFRB e a UEFS. Também busca-se traçar o perfil sociodemográfico dos estudantes e as especificidades das suas inserções no mercado de trabalho regional, historicamente marcados pela precariedade e instabilidade. Trata-se de uma pesquisa de natureza quanti-quali, cuja amostra é composta por 150 jovens universitários de oito cursos de graduação distintos (licenciaturas e bacharelados, com alto ou baixo prestígio social), dialogando com dados da PNAD Contínua/Educação (2023) e outras pesquisas que têm traçado o perfil do universitário brasileiro. Os resultados encontrados confirmam aspectos relevantes das mutações e da complexidade da categoria estudante-trabalhador, sobretudo, seu caráter móvel, descontínuo e instável. Ressaltam a importância do trabalho na vida dos jovens universitários oriundos de classe popular para sua permanência nas universidades públicas.

  • Identidades de gênero dissidentes, raça e território como óbices ao acesso de jovens à educação e ao mercado de trabalho

    O sistema-mundo capitalista oferece paradigmas para pensar o contexto sociopolítico e a dimensão espaço-temporal que delineiam a problemática aqui explorada, articulando as concepções de identidades de gênero dissidentes, raça, território, juventude e acesso ao mercado de trabalho. A juventude trans e travesti negra de Favela1 é formada por pessoas socialmente marginalizadas e expostas à precariedade, de modo a encontrar óbices no acesso à educação e ao emprego formal, restando a prostituição como única fonte de subsistência para a grande maioria. Assim, o presente trabalho tem como principal objetivo refletir sobre a exclusão de jovens trans e travestis negras, que vivem em territórios de Favela na cidade do Rio de Janeiro, da educação básica e, consequentemente, do mercado formal de trabalho. Metodologicamente, trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, de natureza exploratória e descritiva, que utiliza entrevistas semi-estruturadas e pesquisa bibliográfica. Conclui-se que é necessária uma prática pedagógica pós-identitária e inclusiva, além de políticas públicas eficazes que desmantelam as normas de gênero e o racismo e suas repercussões sociais, para assegurar o acesso à educação e ao trabalho a jovens travestigêneres negros dos territórios de Favela.

  • Faces da dor em trabalhadores técnico-administrativos de uma universidade pública do nordeste do Brasil

    A forma mais comum de alerta do corpo humano quando este apresenta alguma lesão ou sobrecarga é a dor musculoesquelética que, dentre as doenças ocupacionais, configura-se como um importante problema de saúde pública, sendo um dos mais graves no campo da saúde do trabalhador por favorecer o desequilíbrio físico, psíquico e social. Deste modo, buscou-se entender as faces da dor entre os trabalhadores técnico-administrativos de uma universidade pública do Nordeste do Brasil por meio do estudo da prevalência e os fatores associados aos sintomas musculoesqueléticos.

  • Relações entre juventudes, educação e trabalho no Brasil

    O artigo analisa as relações que os/as jovens estabelecem com a educação escolar e com o mundo do trabalho no caso brasileiro. Indaga-se: como as juventudes conjugam suas aspirações em relação à educação escolar e ao trabalho com as condições concretas de vida na sociedade, calcada em desigualdades de classe, gênero e raça? Observa-se por meio da análise de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (2023 e 2024) e da literatura especializada da sociologia da educação e do trabalho que há desafios interpretativos que se apresentam na análise desse grupo social heterogêneo. Com isso, juventudes e suas diversidades são interpretadas aqui como relações sociais moventes e multidimensionais, que se alteram a depender do contexto e grupo social analisado. Observa-se que o desemprego, a flexibilização, a informalização e a precarização do trabalho têm redefinido, nas últimas décadas, as condições de trabalho e vida das classes trabalhadoras, particularmente das suas juventudes. A multiplicidade de situações desafia a análise sobre as relações entre trabalho e educação, apontando para a necessidade de políticas públicas direcionadas ao aumento da escolarização e a inserção no trabalho das juventudes em sua diversidade. Os dados e as pesquisas analisadas evidenciam que a correlação convencionada entre qualificação e emprego, por vezes presente nas representações coletivas, não se verifica no mercado de trabalho brasileiro.

  • Juventude, trabalho e educação no Brasil

    O conjunto de artigos do Dossiê “Juventude, Trabalho e Educaç~o” tem como objetivo problematizar a temática a partir de resultados de pesquisas desenvolvidas por pesquisadoras e pesquisadores de diversas regiões e estados do país que abordam as múltiplas faces das experiências dos jovens que vivenciam a situação de trabalhar e estudar no contexto brasileiro de pós-golpe de 2016, das contrarreformas neoliberais (trabalhista, previdenciária e do ensino médio), da pandemia da Covid-19 e da necropolítica do governo ultraconservador anterior.

  • Se não fosse ela, eu teria desistido contribuições da família para permanência de jovens trabalhadores no ensino médio noturno amazonense em contexto de pandemia

    O artigo, fundamentado nas contribuições de Martuccelli (2007) sobre as noções de prova social e suporte, discute as experiências de jovens estudantes-trabalhadores que frequentaram o ensino médio noturno de escolas estaduais do Amazonas durante a pandemia de covid-19, dando ênfase ao suporte familiar como facilitador da permanência escolar. De natureza qualitativa, o estudo contempla dados obtidos por meio de entrevistas aplicadas com 19 jovens que realizavam, predominantemente, serviços informais, nos setores terciário, exercendo atividades comerciais, e secundário, realizando atividades administrativas. Os resultados apontam que as provas sociais enfrentadas por estudantes-trabalhadores foram agravadas durante a pandemia pelo aumento da carga de trabalho, por dificuldades com o ensino remoto, por problemas emocionais, pela desigualdade no acesso à educação e pela prevalência do trabalho informal. Os suportes se materializaram tanto na forma de conselhos e orientações, quanto em ações concretas desempenhadas por familiares, especialmente do sexo feminino, para possibilitar que no horário destinado às aulas, os jovens pudessem dedicar-se apenas a esta atividade

  • Condições de trabalho e saúde dos migrantes venezuelanos em manaus

    A crise no sistema econômico venezuelano atrelado a mundialização do capital tem contribuído para que a população venezuelana busque na cidade de Manaus refúgio e trabalho. O objetivo deste estudo foi investigar o impacto das condições precárias de trabalho na saúde dos migrantes venezuelanos na cidade de Manaus. Para atingir esse objetivo, o estudo utilizou uma abordagem metodológica de enfoque misto, combinando revisão bibliográfica com pesquisa de campo, a fim de identificar como esses migrantes têm desenvolvido suas atividades de trabalho e de que forma essas condições podem ter refletido na sua saúde. Os principais resultados revelaram que a maioria dos migrantes teve problemas de saúde devido a baixos salários, longas jornadas de trabalho e falta de benefícios previdenciários. Além disso, muitos migrantes atribuíram os seus problemas de saúde às condições de trabalho precárias, incluindo alimentação falta de água potável, falta de equipamentos de proteção individual e exposição a riscos. A conclusão do estudo destacou que as condições de trabalho precárias têm um impacto significativo na saúde dos migrantes venezuelanos.

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