Revista da Faculdade de Direito da FMP (RFDF)

Editora:
Faculdade de Direito da Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP)
Data de publicação:
2020-04-06
ISBN:
2448-4628

Número de revista

Documentos mais recentes

  • A importância dos Tribunais de Contas na concretização dos direitos humanos

    O presente estudo analisa a relação entre os direitos humanos, a administração pública e o papel dos Tribunais de Contas no Brasil. O objetivo é demonstrar como os Tribunais de Contas contribuem para a promoção da dignidade humana ao fiscalizarem a correta aplicação de recursos públicos, visando à concretização de políticas públicas essenciais, como saúde, educação e segurança. A metodologia empregada inclui uma revisão bibliográfica e análise documental de fontes jurídicas e institucionais. Os resultados indicam que a atuação dos Tribunais de Contas, por meio da fiscalização e da transparência, tem um impacto significativo na prevenção de irregularidades e na garantia da correta gestão dos recursos públicos. Conclui-se que o fortalecimento dos mecanismos de controle e transparência é essencial para a efetivação dos direitos humanos no Brasil, promovendo o acesso à informação e o controle social

  • Perfilamento racial nos tribunais de justiça: as manifestações sobre o enquadramento policial baseado na cor da pele após o RHC 158.580/BA

    O perfilamento racial, ou o enquadro policial baseado na cor da pele, é uma consequência de práticas racistas que levam a autoridades a justificarem a relativização de direitos fundamentais e, especificamente, fundamenta a busca pessoal. Diante desse cenário, essa pesquisa problematiza o modo como os Tribunais de Justiça manuseiam essa tese após o julgamento do Recurso em Habeas Corpus nº 158.580/BA pelo Superior Tribunal de Justiça. Tem como objetivo compreender como o perfilamento racial participa dos acórdãos dos tribunais e os resultados do seu uso. O método de abordagem é o hipotético-dedutivo, pesquisa quali-quantitativa de análise de decisões judiciais, técnica de pesquisa bibliográfica. Conclui-se que os Tribunais ainda não estão discutindo especificamente o perfilamento racial, porém já vêm utilizando do RHC 158.580/BA a fim de declarar a ilicitude de abordagem pessoais sem fundada suspeita

  • Jurimetria e ministério público: levantamento empírico e estatística como ferramentas necessárias à tomada de decisão estratégica institucional

    O trabalho discute a necessidade de superação do fazer jurídico centrado em uma abordagem dogmática lastreada na manipulação argumentativa do plano normativo abstrato. Sustenta-se que a norma jurídica não é deduzida logicamente de significados normativos prévios, sendo a interpretação um processo criativo, influenciado por fatores extrajurídicos que condicionam a aplicação prática do direito, em linha com o Realismo Jurídico. Nesse sentido, a Jurimetria se revela como alternativa de compreensão do fenômeno jurídico em sua integralidade pelo uso de método empírico estatístico adequado à incerteza do Direito. Defende-se a necessidade de utilização da jurimetria pelo Ministério Público para fundamentar decisões estratégicas e garantir a concretização de direitos, com atingimento de resultados efetivos, observáveis e mensuráveis decorrentes de sua atuação

  • A função simbólica do direito penal e os crimes virtuais contra mulheres: desafios na busca da proteção dos direitos

    A violência de gênero no ambiente digital é um fenômeno crescente, refletindo a reprodução e ampliação de práticas patriarcais e machistas no espaço virtual. Neste contexto, tem-se como objetivo geral da pesquisa analisar a função simbólica do Direito Penal no enfrentamento aos crimes virtuais con tra as mulheres, considerando seus limites, desafios e possibilidades como instrumento de proteção social. Assim, pretendeu-se responder ao seguinte problema de pesquisa: de que forma o Direito Penal, em sua função simbólica, contribui para o enfrentamento dos crimes virtuais contra as mulheres? Aplicou- -se o método dedutivo, assim como as técnicas de pesquisa bibliográfica e documental. Além disso, especificaram-se três objetivos para estudo em cada um dos tópicos de desenvolvimento, sejam eles: (i) contextualizar sobre a violência de gênero no ambiente virtual; (ii) compreender as funções do Direito Penal, especialmente os aspectos relacionados ao significado da chamada função simbólica; (iii) analisar os limites e desafios relacionados à função simbólica do Direito Penal e o enfrentamento da violência de gênero no ambiente digital. Frente a isso, em suma, concluiu-se que, embora o Direito Penal simbólico desempenhe papel relevante ao reafirmar valores fundamentais como igualdade e dignidade, ele não é suficiente para combater a violência virtual de gênero

  • O acesso à medicamentos como direito à saúde

    O presente trabalho, na perspectiva do Direito Sanitário, bem como dos diplomas nacionais que tratam da saúde no Brasil, visa apresentar como se dá a política pública de acesso aos medicamentos pela população brasileira, na interface com o direito fundamental à saúde. O estudo, de caráter qualitativo, valeu-se de método bibliográfico, por meio de comparação da doutrina e legislação pátria para a composição da pesquisa. Depreende-se, a partir deste, que o Sistema Único de Saúde fornece medicamentos como parte da política pública de saúde que garante o direito fundamental social à saúde, reconhecendo a importância do acesso universal aos tratamentos necessários. Entretanto, o crescimento da judicialização de pedidos de medicamentos impõe desafios à sustentabilidade do sistema e à garantia de direitos coletivos. Assim, surgiu o Tema 6 do STF para regular o ajuizamento de ações da temática. Conclui-se que o fornecimento de medicamentos está intrinsecamente ligado ao direito à saúde e é fundamental que sua distribuição pelo SUS seja realizada com cautela

  • Júri, até sempre!
  • 200 anos do tribunal do júri
  • Quesitos: tentativa e duas ou mais teses. Forma dequestionar o júri
  • O julgamento por pares no tribunal do júri contemporâneo: reflexão sobre o déficit de representação social no corpo de jurados

    O presente estudo busca analisar a efetivação da garantia individual do julgamento por pares no Tribunal do Júri contemporâneo, marcado pela desigualdade social e a presença de réus marginalizados da sociedade e jurados, em sua maioria, que trabalham como funcionários públicos e pertencem às camadas superiores da sociedade. Agravando ainda mais a situação, a relação do crime de homicídio doloso com o tráfico de drogas traz um elemento complexo para os julgamentos, necessitando de maior conhecimento e experiência por parte dos jurados, que devem estar inseridos na mesma realidade social dos réus. Procura-se comprovar a existência desse problema nos processos do Tribunal do Júri atual e buscar possíveis soluções para concretizar a garantia do julgamento por pares, além de explicitar a importância de tal concretização, por meio da análise da instituição do Júri na história e no contexto da jurisdição penal acusatória, pelo método dedutivo e monográfico, além da investigação de julgamentos reais, utilizando para tanto, principalmente, a Constituição Federal e o Código de Processo Penal

  • A quesitação do crime continuado no tribunal do júri: controvérsias e implicações no processo penal brasileiro

    O presente estudo tem por objetivo examinar a controvérsia em torno da quesitação do crime continuado no Tribunal do Júri, um tema que suscita divergências tanto na doutrina quanto na jurisprudência. A partir de uma abordagem dedutiva, realiza-se uma análise das noções fundamentais do crime continuado, seguida por uma breve explicação sobre a estrutura da quesitação no Tribunal do Júri. Posteriormente, o trabalho discute as diferentes posições acerca da possibilidade de incluir-se o crime continuado entre os quesitos a serem respondidos pelos jurados, considerando as implicações dessa prática no processo penal, especialmente no tocante à aplicação da pena e à soberania dos veredictos. A pesquisa conclui que, apesar de a inserção do crime continuado nos quesitos poder ampliar a participação dos jurados no julgamento, essa prática apresenta riscos à consistência das decisões e à segurança jurídica

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