Revista Gênero

Editora:
Universidade Federal Fluminense
Data de publicação:
2021-01-02
ISBN:
1517-9699

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  • Cultura acadêmica e micropolíticas da discriminação vivenciadas por mulheres em carreiras científicas

    Apesar do aumento de mulheres nas universidades desde a década de 1990, o crescimento do número de cientistas mulheres não acompanhou essa progressão. Este artigo explora as persistentes barreiras culturais e institucionais que dificultam a igualdade de gênero na ciência, mesmo na ausência de restrições legais. Analisando entrevistas com pesquisadoras de uma universidade federal do Sudeste do Brasil, verificamos a permanência de barreiras invisíveis que moldam as dinâmicas de trabalho e as relações interpessoais. Essas barreiras se manifestam tanto na segregação horizontal (concentração feminina em áreas específicas) quanto na segregação vertical (limitando o acesso a cargos de liderança)

  • Análise da relação entre vitimização por violência conjugal e diagnóstico de transtorno depressivo no Brasil

    O artigo tem como objetivo analisar a relação entre a violência doméstica contra a mulher autodeclarada e o diagnóstico de depressão no Brasil. Para tal, foram utilizados microdados da Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, contendo informações sobre domicílios, além do acesso e utilização dos serviços de saúde. Os dados obtidos foram explorados por meio da estimação de um modelo econométrico Probit. Como resultado, observou-se que mulheres vitimizadas pela violência doméstica eram mais propensas a serem diagnosticadas com depressão, o que representa uma contribuição para o estado da arte relacionado ao tema

  • O não desejo de maternidade no Brasil: um estudo exploratório

    Atualmente, 37% das mulheres não desejam ser mães. A presente pesquisa buscou levantar os fatores envolvidos nessa decisão. Tratou-se de pesquisa quantitativa, na qual foi disponibilizado um questionário online com 83 perguntas sobre o não desejo de maternidade. Foram obtidos 872 questionários e realizada uma análise estatística descritiva dos mesmos. A amostra se constituiu de mulheres brancas e negras, majoritariamente do Sudoeste e Centro-Oeste, de alta escolaridade e heterossexuais. Alguns fatores se destacaram no geral, sobretudo a valorização da vida profissional e o não encaixe nos ideais de gênero. Não houve diferenças signifi cativas entre mulheres brancas e negras

  • Livro didático, 'ideologia de gênero', diversidade sexual e de gênero: há espaço para os direitos humanos?

    Este artigo analisa livros didáticos do Ensino Médio aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2021, focando na integração de direitos humanos, sexualidade e gênero. Utiliza-se uma abordagem quanti-qualitativa, documental, descritiva e exploratória para examinar como esses temas são tratados, identificando lacunas e sugerindo abordagens mais inclusivas. Os resultados mostram escassez de conteúdos aprofundados sobre sexualidade e gênero, ressaltando a urgência de políticas educacionais para uma educação mais inclusiva e representativa

  • Por entre as pistas e por entre as linhas: o empoderamento feminino no jornalismo durante a construção da figura de rayssa leal nas olimpíadas de Tóquio 2020

    O presente artigo analisa a representação da skatista brasileira Rayssa Leal em mídias jornalísticas durante as Olimpíadas de 2021, atendo-se, especificamente, ao empoderamento feminino. Foram selecionadas sete reportagens da Folha de São Paulo entre julho e agosto de 2021, analisadas a partir das categorias de representação enquanto atleta, adolescente e figura modelo. Entende-se que Rayssa é apresentada como uma atleta madura e uma adolescente leve, fortalecendo a conexão com o público e desafiando estereótipos de fragilidade e objetifi cação feminina. Sua imagem promove discussões sobre equidade de gênero no esporte e serve como inspiração para novas gerações de skatistas femininas

  • As estruturas que permeiam o ser mãe e ser mulher: uma questão de saúde mental e gênero

    O presente artigo teve como objetivo principal investigar a pressão social exercida sobre as mulheres a partir de uma perspectiva sócio-histórica, bem como averiguar os impactos no processo de subjetivação do sujeito mulher, tal qual a saúde mental delas. Sob esse viés, foram entrevistadas 25 mulheres mães, com idades diferentes e em locais distintos. Utilizamos a Análise de Discurso de Bardin objetivando compreender quais as estruturas presentes nas falas das participantes. Sendo assim, conclui-se que o conceito de "se tornar mulher e mãe" na nossa sociedade é atravessada por estruturas que vão além do sujeito enquanto indivíduo. Todavia, as estruturas sociais permeiam as condições em que o desejo para performar a maternidade podem interferir diretamente na sua constituição. Nesse sentido, as principais estruturas destacadas nesta análise são a forte presença da Religiosidade, das Relações Amorosas e Familiares e dos Dispositivos de Subjetivação

  • Mulheres, internalização de violências e suicídios: análise de inquéritos policiais do município de Castro - PR (1890-1940)

    Nesta pesquisa, buscaremos problematizar como os diferentes tipos de violência, que tendem a se manifestar a partir das relações de gênero, contribuíram, particularmente, para o número elevado de suicídio de mulheres adultas na cidade de Castro/PR em fins do século XIX e meados do século XX. A metodologia contará com a análise de inquéritos policiais do período de 1890 a 1940, localizados na Casa de Cultura Emília Erichsen, na cidade de Castro/PR. Foram localizados 22 inquéritos por suicídio ou tentativa de suicídio de mulheres no período mencionado, evidenciando que a violência de gênero promove não somente o ocultamento e o silenciamento, como também o sofrimento psicossocial de muitas mulheres. Logo, faz-se necessário criar espaços para que as mulheres possam falar de suas experiências, sobretudo de adoecimento, a fim de romperem com o ciclo de violência a que foram submetidas histórica, cultural e socialmente

  • Estudos em masculinidades e autocuidado na literatura brasileira: implicações políticas e sociais

    No Brasil, os estudos sobre masculinidades estão relacionados à compreensão dos homens como sujeitos em suas múltiplas demandas. A partir disso, esta pesquisa esteve engajada em compreender: do que tratam os estudos sobre masculinidades e se há evidências científi cas de que homens são mais resistentes às práticas de autocuidado. Trata-se de uma pesquisa de levantamento bibliográfi co, do tipo estado da arte, que envolve construções qualitativas, com Análise de Conteúdo. Indica que, no campo da Psicologia, os autores discutem, a partir de pontos de vista similares, acerca das masculinidades e autocuidado, relacionados a uma perspectiva acrítica dos estudos das masculinidades

  • Tendências na investigação científica: estado do conhecimento sobre gênero, sexualidade e educação infantil

    O artigo apresenta uma análise das pesquisas acadêmicas sobre gênero, sexualidade e Educação Infantil, produzidas no Brasil entre os anos 2010 e 2021. Tem como referencial teórico-metodológico o estado do conhecimento, desenvolvido com o levantamento das dissertações, teses, e artigos a partir de uma lista de descritores para gênero, sexualidade e Educação Infantil. Apresentam-se dados quantitativos da produção sobre o tema ao longo dos anos e uma análise sobre as problemáticas investigadas. O estudo contribui para a sistematização e socialização do conhecimento na área e fomenta o campo da pesquisa acadêmica sobre sua temática

  • Miriam Batucada: uma mulher de muitas histórias

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