Revista Katálysis

Editora:
Universidade Federal de Santa Catarina
Data de publicação:
2011-03-11
ISBN:
1982-0259

Descrição:

A Revista Katálysis destina-se à publicação de trabalhos sobre assuntos atuais e relevantes no âmbito do Serviço Social, áreas afins e suas relações interdisciplinares. Cada edição focaliza uma unidade temática, previamente definida pela Comissão Editorial, tendo em vista sua importância dentro do contexto social contemporâneo, mas abre espaço também para trabalhos que tratem de outros assuntos.

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Documentos mais recentes

  • Marcas identitárias do ser mãe na prisão

    Neste estudo buscou-se compreender as percepções e os sentimentos da mulher em situação de cárcere, que enfrenta a separação dos filhos devido ao encarceramento. Trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo e exploratório, desenvolvida durante os meses de maio e junho de 2023 com dez mulheres em situação de cárcere em uma cadeia feminina e que possuíam filhos menores de 15 anos em convivência intra ou extramuros. Como técnica de coleta de dados, utilizou-se a entrevista semiestruturada, sendo as narrativas transcritas e organizadas de acordo com os núcleos de sentido, possibilitando a análise sob o viés da hermenêutica dialética. As convergências, divergências, complementaridades e diferenças evidenciaram o sofrimento da mulher em situação de cárcere tanto pela condição em que está inserida, quanto pela repercussão que o encarceramento provoca nos seus filhos e familiares, reverberando nas preocupações intramuros e em estratégias de enfrentamento da separação.

  • “Aprender com”: ecologia dos saberes e a obra de Davi Kopenawa

    Este artigo busca promover um diálogo entre a abordagem teórica e analítica de algumas das teorias pós-coloniais, e a obra político, filosófica e crítica sobre o Brasil que o xamã e ativista indígena yanomami Davi Kopenawa, representante do povo yanomami, oferece para os “Brancos”. Este trabalho se insere dentro do programa de pesquisa delineado por Santos e Menezes (2010) com o intuito de promover a construção epistemológica de uma ecologia dos saberes. Para tanto, iremos analisar o livro “A queda do céu – palavras de um xamã yanomami” produzido e escrito conjuntamente por Davi Kopenawa e pelo antropólogo Bruce Albert. Utilizaremos uma metodologia qualitativa de cunho descritivo que tem como procedimentos a pesquisa bibliográfica e documental de fonte de dados.

  • Autocracia burguesa, racismo e encarceramento à luz do pensamento social brasileiro

    Este trabalho analisa o sistema prisional brasileiro, destacando o aumento da população carcerária, superlotação, violência, seletividade penal e as penas alternativas. Explora-se a contribuição de intelectuais, como Clóvis Moura, Florestan Fernandes, Octavio Ianni, Darcy Ribeiro, Jacob Gorender e Lucio Kowarick, para entender o encarceramento no Brasil, considerando suas raízes no período escravista e colonial. Este ensaio bibliográfico busca lançar luz à resiliência do punitivismo no país, baseando-se nas protoformas escravistas do capitalismo dependente, conforme descrito pelos clássicos do pensamento social brasileiro. Posteriormente, o ensaio explora as influências do capitalismo dependente no sistema penal, com base em dados estatísticos e autores da criminologia crítica, abolicionismo penal e minimalismo penal. Concluímos que a autocracia e sua política penal, com raízes na herança escravista, parecem operar incessantemente, transcendendo as fronteiras governamentais, alimentando a violência e as ilegalidades que ela mesma se propõe a reprimir e controlar.

  • As tendências teóricas metodológicas das produções sobre família e os fundamentos do serviço social

    O artigo apresenta parte dos resultados da pesquisa que analisou as produções teóricas do Serviço Social brasileiro sobre família, publicadas nos principais periódicos da profissão, a fim de identificar os fundamentos teórico-metodológicos. Trata-se de pesquisa bibliográfica, com ênfase qualitativa, ancorada no materialismo histórico-dialético, a partir da leitura e análise de artigos publicados nas revistas A e B (Qualis Capes 2013–2016). Os resultados da pesquisa confirmaram a existência de várias perspectivas conflitantes na profissão expressando fundamentos que coadunam com projeto ético-político, como também tendências que vão na contramão de um trabalho profissional crítico com famílias.

  • Ela, Linn da Quebrada: travestilidade e representatividade no Big Brother Brasil 22

    Neste artigo, partimos das lições de Foucault acerca da arte de governar como uma multiplicidade de formas de gerenciamento de si, do outro, dos bens, do estado ou de outros fenômenos, para compreendermos como ocorre o governo de si e do outro a partir da participação de Lin da Quebrada no BBB 22. O objetivo é analisar o modo de enunciar a travestilidade e a representatividade e as condições de emergência desse discurso. A discussão será empreendida com base nos estudos discursivos foucaultianos (Foucault, 1999a, 1999b, 2002, 2007, 2008, 2009, 2013a, 2013b, 2013c) e nos estudos de gênero e sexualidade (Louro, 2001; Butler, 2000). A metodologia utilizada é a análise enunciativa de Foucault (2008). Concluímos que o governo de si e do outro é empreendido no BBB 22 por intermédio de práticas discursivas que se inserem na ordem do discurso da travestilidade e da representatividade.

  • Crianças e adolescentes sujeitos de direito à luz da crítica marxista do direito

    Este artigo é parte da tese de doutorado cujo objetivo é apresentar as premissas fundamentais necessárias para o estudo da situação da infância e da adolescência no capitalismo brasileiro. Refletimos que a acumulação capitalista da atualidade tem aspectos novos, dentre eles está a atualização dos instrumentos jurídicos. Discorremos sobre como o estudo da crítica marxista do direito, tendo como principal autor Evgeni Pachukanis, pode contribuir para compreendermos até que ponto as “conquistas” legais para a infância, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e seu status sujeito de direito, cooperaram para a proteção ou reforçam e atualizam novas formas de acumulação capitalista. Concluímos que o ECA corresponde ao estágio máximo de completude do direito como parte do próprio avanço das forças produtivas de modernização e industrialização do país, correspondendo à nova fase capitalista. Trata-se da infância integrada ao capital em seu estágio máximo.

  • Entregadores de aplicativo nas charges Os Empreendedores: uma análise discursiva

    O presente artigo teve por objetivo analisar charges que abordam o tema do trabalho de entregadores de aplicativo, buscando compreender discursivamente seu modo de funcionamento. Para isso, apoiou-se no aparato teórico-metodológico da Análise de Discurso Materialista na interface com a Sociologia do Trabalho. O corpus analítico é constituído de charges do cartunista Toni D’Agostinho, mais precisamente suas charges pertencentes à série intitulada “Os Empreendedores”. O resultado das análises mostrou que, por meio do recurso linguístico-discursivo da ironia, as charges desconstroem o discurso do empreendedorismo que está na base do discurso das empresas-aplicativo, colocando em evidência a insegurança, a vulnerabilidade e a precarização do trabalho na era neoliberal.

  • A reforma empresarial da educação: nova direita, velhas ideias

    O livro apresentado é de autoria de Luiz Carlos de Freitas, pedagogo e mestre em Educação, e doutor em Psicologia Experimental. Atualmente é professor titular e aposentado da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atua na área de Educação, com ênfase em Avaliação da Aprendizagem e de Sistemas, e suas principais temáticas desenvolvidas são Avaliação, Políticas Públicas, Neoliberalismo, Didática, Organização do Trabalho Pedagógico (CNPQ, 2023). O texto de “A Reforma Empresarial da Educação” é segmentado em 12 partes, e o separa dessa maneira com a intenção de destacar os conceitos e o contexto das questões apresentadas pelo autor. Livro de suma importância para o entendimento das reformas empresariais, da influência da Nova Direita, dos impactos das reformas empresariais nos estudantes, nos docentes e no próprio sistema educacional como um todo, entre outros temas discutidos.

  • La subcontratación se fragmenta, la lucha unifica: la unificación sindical como forma de combatir la subcontratación

    Este artículo profundiza en las reflexiones de un estudio de caso cuyo objeto es la relación entre: (i) una huelga en el sector de cultivo de eucalipto en el estado de Bahía; (ii) un proceso parcial de reversión de la subcontratación (primarización) en el mismo sector. El artículo parte de una discusión teórica sobre el papel de la subcontratación dentro de la actual estrategia de dominación del capital sobre el trabajo. A continuación, aborda la relación entre subcontratación y sindicalismo, abordando sus implicaciones para la organización y la resistencia de los trabajadores. Luego ofrece una breve reconstrucción de la huelga y la lucha por la primarización. Para ello, se basa en investigaciones de campo (entrevistas a diez sindicalistas) y documentos. El análisis lleva a la conclusión de que una característica central del sindicato fue esencial para el relativo éxito de la huelga en el enfrentamiento a la subcontratación: la organización conjunta entre los trabajadores subcontratados y los nucleares.

  • Génesis y consolidación de la 'cuestión social' en las particularidades brasileñas

    Este artículo tiene como objetivo revisitar de manera integral y ensayística el debate sobre las protoformas, la génesis y consolidación de la “cuestión social” en Brasil, a partir del materialismo histórico-dialéctico de Marx y rescatando los aportes de Florestan Fernandes y Octavio Ianni al respeto por Formación social brasileña, con algunos aportes de las obras de Jacob Gorender, Clóvis Moura y Carlos Nelson Coutinho. Su recorrido expositivo parte de la dimensión universal de la génesis y desarrollo de la sociabilidad burguesa para considerar la particularidad nacional inserta en este contexto. El primer tema aborda las protoformas de la “cuestión social” en Brasil y, en el segundo tema, se discute la génesis y consolidación de la “cuestión social” brasileña. Finalmente, se concluye la pertinencia y pertinencia de la caracterización que hace Florestan del capitalismo dependiente, conformado a través de la doble articulación de segregación interna y dominación externa, reafirmando además el racismo como una marca social negativa que constituye una de las dimensiones de la esencia de la “cuestión social”. en nuestra particularidad.

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