Textos de economia

Editora:
Universidade Federal de Santa Catarina
Data de publicação:
2011-03-10
ISBN:
2175-8085

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  • Economia feminista: um enquadramento teórico-metodológico voltado para a sustentabilidade da vida e a reprodução social
  • Origens e influências da economia feminista: uma análise bibliométrica e de conteúdo

    Objetivo: O presente trabalho objetiva encontrar, através da pesquisa bibliométrica e da Análise de Conteúdo, pontos de diálogo entre as teorias feministas e outras tradições teóricas, buscando maneiras de aproximar e fomentar o diálogo entre estas. Para isto, retoma-se a gênese dos estudos em economia feminista, para estabelecer as inspirações teóricas fundamentais para a economia feminista e mapear com quais tradições houve proximidade e de que forma se deu esta conexão. Nos primórdios do desenvolvimento da teoria feminista houve importante influência de tradições teóricas da área da economia, com destaque para a teoria marxista e a teoria neoclássica, bem como da sociologia, especificamente a teoria social feminista e sua vertente marxista.

  • Economia feminista, economia social e solidária, paradigma paraeconômico: repensando o paradigma hegemônico e a importância das mulheres

    O presente artigo tem como objetivo propor uma reflexão a respeito da imprescindibilidade de se reconfigurar o entendimento acerca do paradigma hegemônico, unidimensional, centrado no mercado. Para isso, reflete-se sobre a premência de se romper com os binarismos e as linhas divisórias da sociedade atual e o paradigma paraeconômico, ao propor uma análise multicêntrica, sem a predominância de nenhum dos enclaves que a compõe, apresenta-se como uma possibilidade. Deste modo, aproxima-se da economia feminista e da economia social e solidária por ambas entenderem a necessidade de se incorporar as atividades não mercantis e não monetárias a esse contexto. Especificamente, ambas trazem um destaque necessário para o papel das mulheres nessa reconfiguração paradigmática e, por conseguinte, a eliminação do viés androcêntrico atual.

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  • Ser mulher importa? Determinantes, evidências e estimativas da participação feminina no mercado de trabalho brasileiro

    participação feminina na oferta de trabalho é mais instável que a masculina. As mulheres são mais afetadas em períodos de crise, pela maternidade, discriminação e têm menores chances de encontrar um emprego no setor formal. No presente trabalho foram utilizados os microdados da PNAD entre 2001 a 2015, em um modelo probit, para verificar como características individuais afetam a inserção no mercado de trabalho e como esses efeitos alteram-se ao longo do período analisado. Os resultados mostram que "ser mulher" reduz significativamente a participação da mulher no mercado de trabalho para todo o período analisado, e que essa redução é ainda maior para mulheres com filhos ou chefes de domicílio.

  • Participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro de 2014 a 2019

    Objetivo: A primeira década do século XXI no Brasil foi caracterizada por uma melhora do mercado de trabalho, em que ocorreu o aumento do salário mínimo e o aumento da formalização. Essa melhora do mercado de trabalho foi positiva para homens e mulheres, em que houve redução do desemprego e um aumento da formalização. Entretanto, o cenário se altera e o país passou por uma recessão em 2014-2016 e estagnação em 2016-2018, que acarretou um aumento considerável da taxa de desemprego, bem como da informalidade do trabalho. O objetivo deste trabalho é analisar as mudanças na participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro nesse momento de piora da atividade econômica. Utilizamos dados da PNAD Contínua para estruturar a participação da mulher no mercado de trabalho brasileiro por ocupação entre 2014 -2019. Um dos resultados encontrados foi que que a remuneração das mulheres se aproximou à dos homens, mas foi mantida a segregação ocupacional, isto é, mulheres continuaram inseridas em atividades voltadas aos cuidados e homens em atividades voltadas a produção. Os resultados sugerem que a redução de desigualdade salarial entre mulheres e homens foi consequência de deterioração do mercado de trabalho brasileiro com perdas de poder aquisitivo aos ocupados e não uma melhora na inserção feminina.

  • Mulheres frente à recessão econômica e a austeridade: uma interpretação da economia feminista

    Objetivo: O presente artigo tem por objetivo lançar um olhar, sob o viés da economia feminista, para trajetória das mulheres no mercado de trabalho diante da recessão econômica (2014-2015) e posteriormente diante da aplicação de um conjunto de políticas de austeridade. A hipótese que circunda este estudo é que homens e mulheres por assumirem papéis sociais distintos, consequências da consolidação de um imaginário social sobre o que é ser homem e ser mulher, são impactados diferentemente. A economia feminista vem se debruçando na tentativa de interpretar as diferentes trajetórias destes sujeitos na esfera produtiva, questionando a universalidade e neutralidade das categorias convencionais, apontando para a ideia de que decisões econômicas se colocam de forma distinta para os atores sociais. Para isso lançaremos mão da discussão teórica da crítica da economia feminista ao pensamento econômico clássico, e olharemos para os indicadores oficiais do IBGE para correlacionar com o processo vivenciado no Brasil no período citado.

  • Pobreza e gênero: evolução dos indicadores de pobreza Foster-Greer-Thorbecke (FGT) para o Brasil

    Objetivo: O objetivo desse artigo é avaliar a hipótese de que houve feminização da pobreza no Brasil nos anos de 2005 e 2015, utilizando-se dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir do índice de pobreza Foster-Greer-Thorbecke (FGT), foi calculada a proporção de pobres (P0) em relação ao restante da população, o hiato de pobreza (P1) e sua severidade (P2) para o Brasil e suas macrorregiões, segundo gênero, posição na ocupação e na família. Os principais resultados não apontam evidências de feminização da pobreza no período quando são comparados os gêneros. Porém, levando-se em consideração a posição de ocupação da mulher (chefe ou cônjuge) e o tipo de família (mulher com filhos), houve aumento na incidência e intensidade da pobreza ao longo dos anos analisados.

  • Onde deixo meu filho? Redes para o cuidado na comunidade hispânica de Nova Orleans

    Objetivo: Este artigo responde à pergunta. Quais são as estratégias que as famílias imigrantes ilegais monoparentais adotam em Nova Orleans para o cuidado de seus filhos mais novos (com menos de 5 anos)? Ele foca nas mulheres donas de casa como o único sustento da família; e aplica uma profunda entrevista à 7 mulheres que viviam em Nova Orleans no ano de 2017. Da perspectiva de que a economia vai além da análise do mercado, descobre-se que essas mulheres que assumem total responsabilidade por seus filhos usam modos diferentes de prover cuidados dos filhos e desenvolvem novas formas de combiná-los através do uso de seus contatos (acumulação de capital social). Essa tática possibilita sua conexão com a rede social de assistência comunitária hispânica. Essa aborgadem os ajuda a sobreviver nos EUA.

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    Objetivo: A pluratividade desempenhada pelas mulheres é essencial nas pequenas unidades produtivas rurais, mas economicamente seu trabalho não é percebido com a mesma importância dada às atividades tradicionalmente masculinas da agricultura. Buscando evidenciar os esforços femininos em termos de trabalho remunerado e não-remunerado, o presente estudo, a partir de entrevistas com agricultores e agricultoras familiares de Concórdia (SC), questiona se é possível afirmar que o trabalho da mulher é invisibilizado na agricultura familiar por desconsiderar o tempo de trabalho reprodutivo. Ao utilizar um município catarinense como objeto de estudo, a pesquisa assume um caráter local, mostrando que há trabalho fora do trabalho formal, e que, além do trabalho remunerado, existem diferentes atividades que devem ser reconhecidas para a compreensão da posição da mulher na economia e, especialmente, na agricultura familiar. Mediante as respostas da pesquisa de campo, é possível dizer que a dupla jornada entre as mulheres agricultoras justifica a visão de que elas não têm participação ativa no trabalho produtivo, servindo apenas como uma ajuda. Além disso, há uma percepção, por parte dos cônjuges, relativamente próxima do tempo que realmente é despendido na jornada de trabalho do parceiro, o que não tem significado a adoção de uma postura mais colaborativa nos casais. Como há certa reprodução da divisão do trabalho quando se analisa o tempo gasto nas atividades dos filhos, fica evidente que conhecer a estrutura de gênero por detrás das atividades rurais é uma forma de balizar políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da agricultura familiar e à promoção da equidade de gênero via empoderamento feminino.

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