Acórdão nº 1.0024.10.090474-7/001 de TJMG. Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, 8 de Agosto de 2013

Magistrado ResponsávelLuís Carlos Gambogi
Data da Resolução 8 de Agosto de 2013
Tipo de RecursoApelação Cível

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - DIREITO ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO - LEIS ESTADUAIS 15.470 E 15.961 - IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CERCEAMENTO DE DEFESA - INOCORRÊNCIA - REESTRUTURAÇÃO - ANALISTA DE GESTÃO E GESTOR GOVERNAMENTAL - CARREIRAS DISTINTAS - AUMENTO DE VENCIMENTOS - INVIABILIDADE. SÚMULA Nº 339 DO STF.

  1. Em existindo decisão saneadora que indefere a produção da prova requerida, sem a interposição de qualquer recurso pela parte interessada, não há falar em cerceamento de defesa, diante da preclusão da matéria.

  2. "Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar os vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia." (Enunciado da Súmula nº 339/STF).

  3. A instituição de novas tabelas de vencimentos decorrentes de reestruturação das carreiras não se confunde com concessão diferenciada de aumentos remuneratórios.

  4. Verificadas diferenças nas atribuições de cada carreira, não há falar em violação ao princípio da isonomia, o que impõe o indeferimento do pedido inicial.

  5. Recurso não provido.

APELAÇÃO CÍVEL Nº 1.0024.10.090474-7/001 - COMARCA DE BELO HORIZONTE - APELANTE(S): MARIA VIVALDA ASSIS DE CAMPOS CORDEIRO, SALMA NAZIRA CORREA ROCHA, ANGELA MARIA VASCONCELOS LOPES, APARECIDA BENIGNA ALVES, LUCAS RAPOSO E OUTRO(A)(S), XENIA MARQUES LANCA DE QUEIROZ CASSETE, OFELIA LUCIA PEDROSA BHERING - APELADO(A)(S): IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS, ESTADO DE MINAS GERAIS

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a 5ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos julgamentos, à unanimidade, em NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO.

DES. LUÍS CARLOS GAMBOGI

RELATOR.

DES. LUÍS CARLOS GAMBOGI (RELATOR)

V O T O

Trata-se de recurso de apelação interposto contra a sentença de fls. 526/536, que, nos autos da ação ordinária proposta por LUCAS RAPOSO e outro (a)(s), julgou improcedente o pedido inicial, condenando a parte autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, no montante de R$1.500,00 (mil e quinhentos reais), ficando suspensa a condenação em razão do deferimento da gratuidade judiciária.

A parte autora interpôs recurso, às f. 570/524, argüindo, preliminarmente, a ocorrência de cerceamento de defesa, pois foi indeferida a exibição de documentos e a produção da prova pericial. Reiterando as razões da peça de ingresso e pleiteando a reforma da sentença, argumentam que não pretendem a equiparação de vencimentos. Afirmam que propuseram a presente ação para resguardarem a aplicação do artigo 24 da Constituição Estadual, que veda a distinção de índices percentuais na revisão geral de vencimentos. Aduzem, ainda, que tiveram seus reajustes aplicados, de forma desproporcional e diferenciada, em relação aos servidores da carreira de...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT