Conclusão
| Autor | Benedito Rodrigues Pontes |
| Páginas | 195-198 |
Page 197
O que as empresas necessitam é de pessoas competentes para realizar seus objetivos. Competência não é sinônimo de sexo, raça, idade, religião, cultura e quaisquer outros quesitos discriminatórios. Competência é exatamente tudo aquilo com que a pessoa pode contribuir na realização de um trabalho. Nesse sentido, uma empresa pode necessitar de pessoas com muita ou com pouca experiência, de poliglotas, ou de uma que domine um único idioma, de polivalentes, especialistas ou generalistas. O que importa são os requisitos de competência exigidos diante das responsabilidades impostas e futuras, e não quaisquer outros atributos qualitativos. Muitas vezes, por preciosismo ou por discriminação, pessoas competentes que poderiam fornecer contribuições importantes para as organizações não são aproveitadas em processos de seleção, somente porque não houve bom senso durante o processo.
Empresas que abandonam os preconceitos e focam unicamente a competência das pessoas têm resultados positivos, tanto na consecução de seus objetivos quanto na imagem projetada. No artigo da revista Exame, "Viva a diferença"1, são apresentadas inúmeras empresas em que, nas admissões e promoções, a competência é o que conta e não quaisquer atributos que possam ser discriminatórios nesses processos. No artigo, a autora conclui que a diversidade do capital humano nas empresas resulta em maior criatividade e competitividade. "Foi essa soma de visões, valores, capacitações e culturas que fez, entre outras coisas, do Vale do Silício, na Califórnia, o maior centro de inovação tecnológica do mundo."2
Por isso atrair e manter talentos não é algo tão simples. Quantos talentos são deixados fora de processos seletivos? Quantos talentos não são mais bem aproveitados nas organizações e são perdidos para empresas concorrentes? Atrair talentos é trazer para as empresas pessoas com suas histórias de vida, visões, competências para gerar os resultados da organização. Manter talentos é fazer com que essas pessoas permaneçam na empresa, com suas histórias de vida, visões, competências, continuando a gerar os resultados desejados.
Planejar, recrutar e selecionar pessoas é o início disso tudo. É um processo trabalhoso e requer cuidados múltiplos. Exige aplicação de técnicas, muito bom senso e ética.
Com certeza existem vários caminhos para se fazer a mesma coisa: mais simples, mais complexo, mais fácil, mais difícil, menos trabalhoso. Não importa o caminho que escolhermos, mas sim ter em...
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