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| Autor | Raphael Miziara |
| Páginas | 194-195 |
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WEARABLE TECHNOLOGY OU TECNOLOGIA VESTÍVEL
Tecnologia wearable ou tecnologia móvel e vestí-
vel se traduz em dispositivos como smartwatches e
rastreadores de atividade física para ajudar as pessoas
a tomar decisões de estilo de vida mais informadas.
No local de trabalho essa tecnologia tem ganhado
enorme popularidade nos últimos anos, até porque a
saúde e o bem-estar dos funcionários afetam direta-
mente a saúde de um negócio.
Os impactos da tecnologia vestível no contrato de
trabalho são inevitáveis. Em um relatório elaborado
pela Consumer Intelligence Series da PwC, perce-
beu-se que um empregador resolveu estimular um
equilíbrio entre vida prossional e pessoal a seus
empregados. Foi relatado como uma empresa de tec-
nologia oferecia aos funcionários um subsídio que
cobria o custo de um smartwatch. Os funcionários
da empresa podiam acompanhar sua atividade diária
(batimentos do coração e nível de atividade física,
por exemplo) com o smartwatch e convertê-los em
pontos, que podem ser usados para resgatar merca-
dorias ou doar para instituições de caridade.
No caso acima, a empresa traduziu o investimento
em smartwatch em custos reduzidos para assistência
médica aos funcionários, tempo gasto para licenças
médicas e até melhor produtividade. Os funcionários,
por outro lado, tinham mais motivação e um meio
melhor para monitorar sua saúde e boa forma, ao mes-
mo tempo em que se recompensavam com mercado-
rias ou ajudavam uma instituição de caridade.
As empresas podem se beneciar inegavelmente
da tecnologia wearable, pois elas podem ser usadas
para rastrear os movimentos da força de trabalho e o
tempo de registro, por exemplo. Mas, por outro lado,
deve-se mensurar até que ponto isso não represen-
ta um abuso do poder diretivo e de scalização pelo
empregador.
A Volkswagen, por exemplo, montou uma aplica-
ção vanguardista de tecnologia vestível para aumentar
drasticamente a produtividade da força de trabalho.
Em 2015, após uma fase piloto de três meses, eles
lançaram óculos inteligentes 3D como equipamento
padrão para trabalhadores de fábrica em uma de suas
fábricas. Através de seus óculos, os funcionários
do chão de fábrica recebiam todas as informações
necessárias em seu campo de visão, como números
de peça e locais de armazenamento.
De fato, dependendo do wearable em questão e do
trabalho envolvido, existem várias maneiras de uma
organização adotar a tendência tecnológica vestível
em seu benefício.
Já em 2015, o Gartner previu que algumas empresas
exigiriam que seus funcionários usassem dispositivos
de rastreamento de saúde e condicionamento físico.
Em 2018, segundo o Gartner, cerca de dois milhões de
funcionários serão equipados com tecnologia vestível
como requisito.
Naturalmente, a empresa de pesquisa e consultoria
atenuou sua previsão, indicando que os prossionais
com funções perigosas ou sicamente exigentes cons-
tituirão a maioria desses dois milhões de funcionários.
Em outras palavras, socorristas, paramédicos e bom-
beiros, entre outros – e isso faz sentido, já que a tecno-
logia vestível pode ajudar a monitorar os batimentos
cardíacos, a respiração e os níveis gerais de estresse
para a própria segurança dos funcionários. O Gartner
acrescentou que as funções críticas de trabalho – pilo-
tos de linhas aéreas, trabalhadores industriais e líderes
políticos, por exemplo – também se beneciariam da
tecnologia vestível.
Para as organizações, as vantagens são óbvias:
acompanha as atividades dos funcionários e com-
plementa o registro de tempo; monitora os níveis
de estresse e reduz os custos com assistência médi-
ca; complementa o equilíbrio entre vida e trabalho
através de implementações de políticas; poten-
cialmente aumenta a produtividade através do
aumento das capacidades atuais dos funcionários
e melhorando a eciência.
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