Advocacia exige conexão com nossa coragem e autoconfiança

Para a maioria das pessoas que pensa em falar em público, surge imediatamente uma sequência de sensações psíquicas que transitam entre o medo e o receio em se expor. Em seguida, somos tomados pelas sensações físicas: o coração bate mais acelerado, a mão sua, e a barriga começa a doer. Aparecem, então, nossas crenças limitantes: “não vou conseguir”; “vai dar branco”; ”vou gaguejar”.

E por que sempre que pensamos em falar em público, na chamada oratória, já nos vem à cabeça uma apresentação para uma grande plateia, em um ambiente formal? Para os advogados[1], o primeiro desafio que vem em mente é a sustentação oral.

Pelos inúmeros padrões construídos, fomos conduzidos a achar que a oratória não faz parte do nosso dia a dia, mas tão somente de ambientes sisudos e “profissionais”. É hora de desconstruirmos essas crenças, tanto em relação à limitação da utilização da oratória como o pavor das sustentações orais.

A oratória faz parte da nossa vida cotidiana, seja em ambiente formal ou informal, seja em uma conversa no dia a dia, seja em reuniões, palestras, audiências, despachos ou sustentações orais.

Uma premissa básica que temos que ter em todos os momentos em que nos expomos é: a oratória tem por objetivo gerar ação no nosso público-alvo. Ou seja, sempre que nos expressamos, precisamos saber que o nosso propósito é que o nosso cliente em prospecção nos contrate, que o cliente confie na nossa tese, que o julgador julgue favoravelmente aos nossos pedidos.

Então, existem três pilares básicos a serem trabalhados na oratória: a inteligência emocional; o conteúdo; e a forma.

A inteligência emocional é o que costumamos chamar de pilar de concreto, afinal, é a base da nossa oratória. Se esse pilar desmoronar, toda a sua exposição pode vir por água abaixo e, por isso mesmo, é o mais difícil de ser construído, em razão das inúmeras crenças limitantes que cada um de nós possui. Nesse pilar, além de muitas outras habilidades, temos de trabalhar alguns mindsets (forma de pensar) que concretizam a nossa exposição: mindset da oportunidade; mindset da entrega; e o mindset da recompensa.

O mindset da oportunidade é aquele que nos leva à gratidão por vivenciar aquele momento de exposição. Por exemplo, aquele advogado renomado e com anos de experiência com o qual você trabalha não poderá fazer a sustentação oral de um processo muito importante, e então você encara esse momento como uma oportunidade. Foque nesse mindset, até porque poucos são os...

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