Anormais na obra fotográfica de Diane Arbus

AutorDaniela Szwertszarf
CargoPossui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007)
Páginas32-45
http://dx.doi.org/10.5007/1984-8951.2012v13n103p32
Anormais na obra fotográfica de Diane Arbus
Abnormals in the photographic work of Diane Arbus
Daniela Szwertszarf
1
Resumo
Este artigo investiga a relação entre a iconografia teratológica e a fotografia artística
através da análise da obra fotográfica de Diane Arbus (1923-1971). Seu olhar inovador
aborda questões relevantes sobre os novos sentidos do anormal. Nos anos 60, a
redefinição dos conceitos de norma e desvio faz o monstro passar da ordem do outro
para a ordem do idêntico. As produções teóricas de Michel Foucault, Jean-Jacques
Courtine, Erving Goffman e Ieda Tucherman oferecem as ferramentas necessárias
para a discussão sobre a obra de Diane Arbus na sua relação com o universo
teratológico.
Palavras-chave: Fotografia. Monstros. Anormais. Contracultura. Diane Arbus.
Abstract
This article studies the relation between teratological iconography and artistic
photography through an analysis of Diane Arbus (1923-1971) photographic work. Her
innovative gaze raises relevant questions about the new meanings of the abnormal. In
the 60s, the redefinition of norm and deviance concepts turns the monster from the
realm of the other to the realm of the identical. Theoretical works of Michel Foucault,
Jean-Jacques Courtine, Erving Goffman and Ieda Tucherman offer necessary tools to
the discussion of Diane Arbus work in relation to the teratological universe.
Key words: Photography. Monsters. Abnormals. Counterculture. Diane Arbus.
1 Introdução
Neste artigo, procuraremos relacionar o olhar específico de Diane Arbus com
o olhar geral dos anos 60 sobre os anormais. No século XIX, as feiras de exibição
das monstruosidades viveram o seu apogeu, celebrando o olhar cruel sobre o corpo
diferente. Do século XIX até a metade do século XX, o monstro passa da alteridade
radical para a ordem do idêntico. O termo freak se populariza, nos anos 60,
ganhando variações de sentido que refletem mudanças históricas na percepção
1
Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007). É
mestre (2011) em Comunicação Social, pelo Programa de Pós-Graduação da UFRJ, na linha de
Tecnologias da Comunicação e Estéticas. E-mail: ladrilho7@yahoo.com.br.
Esta obra foi licenciada com uma Licença Creative Commons - Atribuição 3.0 Não Adaptada

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT