Apresentação

AutorSidney Bittencourt
Páginas21-23

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Defender o meio ambiente é, hoje, uma questão de prioridade máxima. Ora, preservando-se a "natureza" protege-se a vida! Ar puro, água limpa, alimentos saudáveis, animais vivendo com tranquilidade em seu habitat, ruídos em níveis adequados, tudo isso é mais do que natural.

Entretanto, infelizmente, cada vez mais raros estão. A terra está morrendo!

A culpa recai, única e exclusivamente, sobre o próprio homem que, na fúria indomada de "progresso", vem, dia a dia, perversamente, desequilibrando o meio ambiente.

Há mais de 20 anos, em artigo dramático, o professor José Maria de Almeida Júnior, da Universidade de Brasília, já alertava para esta alarmante constatação, bradando pela necessidade premente do estabelecimento de um programa de educação ambiental, asseverando que o Brasil, como dezenas de outras nações, necessitava de um urgente programa de ação, imediato e enérgico, que modificasse de vez o comportamento da população, transformando valores e revendo atitudes, sugerindo a utilização de linhas diver-sificadas de ação, planejadas e coordenadas nos níveis federal, estadual e municipal.

O clamor do professor não fez eco. Ao contrário, o homem "moderno", totalmente indiferente ao flagelo do povo, persistiu na linha de conduta que, passo a passo, esgota os recursos naturais renováveis, ameaçando a própria sobrevivência.

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Gases nocivos em abundância são lançados na atmosfera, combustíveis fósseis são utilizados abusivamente,1animais são caçados indiscriminadamente, águas são poluídas com os mais diversos tipos de dejetos,2queimadas criminosas devastam as matas e florestas, a poluição sonora cresce a níveis alarmantes,3além da biopirataria.

Editorial do jornal Gazeta Mercantil, no já longínquo ano de 1998, revelava, com indignação, o estudo realizado pelo BIRD (Banco Mundial), denominado Brazil: Managing Pollution Problems, em que restou demonstrado o forte impacto negativo provocado pela inexistência de uma política voltada para os entraves e distorções que emergem nas grandes cidades brasileiras, o que é deveras preocupante, uma vez que, na verdade, trata-se de perda de vidas humanas.

O estudo mapeou as principais deficiências ambientais do Brasil, concluindo que cerca de 12.500 brasileiros pereciam prematuramente por

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ano em virtude de absoluta falta de tratamento de água, precariedade de esgotos4e efeitos da poluição atmosférica.

Esse quadro demonstrava que um país como o Brasil - cuja biodiversidade5é uma das...

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