Aspectos Fundamentais

AutorGleibe Pretti
Ocupação do AutorBacharel em Direito pela Universidade São Francisco
Páginas15-18

Page 15

1.1. Dicas para uma boa redação

S em dúvida, escrever bem faz toda a diferença na vida proissional. Dentre muitos alunos que já passaram pelas salas e escolas em que ministrei aula, verifiquei uma deiciência na língua portuguesa.

Este livro não é voltado para ensinar a escrever ou dar técnicas de escrita, quem sou eu para isso! Mas tenho algumas dicas para os meus leitores.

Procure sempre abrir tópicos em sua peça, quanto maiores melhor. No texto em si, coloque pelo menos três parágrafos (início, meio e im) e assim suas ideias icarão claras e organizadas.

Segue abaixo texto do prof. Joseval Martins Viana, que traz as seguintes dicas:

“Esse desabafo foi feito por um de meus alunos num dos cursos de redação forense. Fiquei imaginando quantas pessoas ‘brigam com as palavras’. O pior disso tudo é que minha experiência como professor de Língua Portuguesa e de Técnicas de Redação demonstra que a situação vai de mal a pior, sobretudo porque os meus alunos são advogados, bacharéis em Direito, acadêmicos de Direito etc. e, em tese (pelo menos em tese), deveriam sair da universidade devidamente preparados para redigir peças processuais de qualquer natureza.

Se perguntarmos às pessoas sobre a capacidade redacional dos advogados, elas vão airmar categoricamente que os advogados escrevem corretamente e têm uma capacidade invejável de redigir textos brilhantes, bem articulados, objetivos e claros. O dia a dia demonstra que isso não é verdade e que estas características textuais estão sendo esquecidas.

A experiência me indica que existem três problemas fundamentais que impedem a boa redação forense. O primeiro vincula-se ao domínio daquilo que se deseja escrever. Não se escreve bem sobre um assunto que não se domina. Assim, o primeiro passo é dominar o assunto sobre o qual vai se escrever. Se não o dominar, faça uma leitura sobre o tema. Informe-se primeiro, escreva depois.

O segundo passo é o vocabulário. Não é correto airmar que ‘quem lê muito, escreve bem’. Ler e escrever são tarefas diferentes. Quem lê muito tem conhecimento, mas não basta ler. Tem de ler e escrever. A leitura amplia o vocabulário e implica uma boa redação. Sou completamente a favor do dicionário e profundamente contra ‘adivinhar o significado da palavra pelo contexto’, sobretudo no discurso jurídico, cujas palavras são específicas, próprias para deinir um instituto. Aprenda o significado exato de cada palavra jurídica; aprenda os sinônimos destas mesmas palavras e construa várias orações utilizando as palavras desconhecidas. Se uma pessoa aprender cinco palavras novas por dia, numa semana ela aprendeu trinta e cinco palavras novas. Briga com as palavras quem não as conhece, pois quem as conhece diverte-se com elas e com suas várias possibilidades de uso.

O terceiro é o fato de se escrever sem planejamento. Quando inicio um curso de redação forense, a primeira coisa que digo aos meus alunos é o seguinte: ‘Se não houver planejamento, não há petição inicial’. Ninguém escreve um texto se não souber qual é o seu propósito. Todo texto possui um propósito fundamental: transmitir uma mensagem. Para que a petição ou qualquer texto jurídico tenha começo, meio e im, deve-se ter um planejamento redacional. É necessário...

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