BALANÃ?O - MAHLE METAL LEVE S.A

Data de publicação16 Março 2021
SeçãoCaderno Empresarial
20 – São Paulo, 131 (50) Diário Of‌i cial Empresarial terça-feira, 16 de março de 2021
MAHLE Metal Leve S.A. CNPJ nº 60.476.884/0001-87 - Companhia Aberta
www.mahle.com.br
LEVE3
Relatório da administração - 2020
PREZADOS ACIONISTAS
Atendendo às disposições legais e estatutárias, a Administração da
Companhia submete à apreciação dos acionistas o Relatório da Admi-
nistração e as Demonstrações Financeiras acompanhadas do Relató-
rio dos Auditores Independentes e Parecer do Conselho Fiscal, relati-
vos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2020.
1. Comentário da Administração
Certamente, o ano de 2020 ficará marcado como um período de muitos
aprendizados. Nós tínhamos planejado focar em assuntos muito diferentes
aqui - um texto marcando os 100 anos da MAHLE. Um texto com um olhar
para o passado, mas também para o futuro, algo que celebrasse um ano
muito especial. E então o coronavírus apareceu. Uma crise em vez de um
aniversário - o que importa agora é o presente, a realidade inimaginada de
hoje e como respondemos a isso e nos reorientamos é, e será de fundamen-
tal importância. O fato de estarmos utilizando ferramentas digitais para nos
ajudar a responder à pandemia e continuar a trabalhar juntos de forma efi-
ciente também pode ser visto no exemplo do desenvolvimento da MAHLE
nos óculos de realidade aumentada (RA). Em 2019, a equipe da Indústria
4.0 do Grupo MAHLE lançou um projeto piloto envolvendo conjuntos de ócu-
los RA. O objetivo é que funcionários em qualquer lugar do mundo os utili-
zem para entrar em contato com um técnico de serviço. Eles podem, então,
olhar para um eventual problema em questão simultaneamente e juntos re-
solvê-lo - apesar da distância. A crise do coronavírus deu um impulso extra
ao desenvolvimento contínuo desses óculos inteligentes, com o resultado de
que o serviço de manutenção remota deve estar disponível em todas as fá-
bricas da MAHLE ainda em 2021. Apesar do ano incerto que 2020 represen-
tou, conseguimos avançar no processo de comunicação interna e desenvol-
ver materiais de grande importância, que conectaram a Companhia aos
seus colaboradores e tiveram como objetivo, amenizar o impacto do “novo
normal” que a pandemia trouxe. A estratégia, portanto, além de gerar resul-
tados financeiros, é cuidar das pessoas e fortalecer sua marca empregado-
ra, relacionando-se com seu público - interno e externo - para oxigenar os
projetos existentes e futuros. Dentre outros, trabalhamos internamente o
princípio #inspireforchange, compartilhando uma boa prática que temos de-
senvolvido na área de HR Marketing & Employer Branding (Marketing de RH
& Marca Empregadora). Nosso setor está passando por um período de pro-
fundas mudanças - uma transformação que vai muito além de uma mudança
tecnológica e foi ainda mais acelerada pela crise do coronavírus. Para ter
sucesso em moldar a transformação, precisamos tornar a nossa organiza-
ção mais ágil e flexível e tomar decisões mais rapidamente. Devemos ajustar
a forma como lideramos e lidamos com os diversos temas de forma a traba-
lhar juntos de acordo com as circunstâncias novas e dinâmicas - acredita-
mos que devemos incentivar o protagonismo nas pessoas. Neste sentido,
como divulgado na revista MAHLE Global (Revista dos colaboradores MAH-
LE), ... “a Companhia desenvolveu e aplica atualmente, para todos os seus
funcionários, 4 princípios de liderança: 1. Empower with accountability (Em-
podere com responsabilidade): Promova a autonomia e o desenvolvimento;
2. Inspire for change (Inspire para a mudança): Crie entusiasmo para nossa
direção futura; 3. Trust each other (Confie uns nos outros): Estabeleça rela-
ções de confiança; 4. Lead by example (Lidere pelo exemplo): Faça o que
você diz e diga o que você faz. Estes princípios de liderança formam a base
para uma forte cooperação na Companhia. Além de nossa Visão “MAHLE -
Nós moldamos a mobilidade futura”, esses princípios foram elaborados de
forma colaborativa por diversos funcionários e líderes de várias regiões, áre-
as de negócios e níveis de hierarquia como parte do projeto OHI (do inglês:
Organizational Health Index - Índice de Saúde Organizacional). O mundo do
trabalho de amanhã será complexo e rápido, e exigirá tomadas de decisão
eficientes. Para tanto, é necessário iniciativa, confiança mútua e equipes
motivadas que contribuam com ideias inovadoras ao longo do caminho para
a mudança. É essencial aproveitarmos nosso potencial trabalhando juntos
como “Uma Equipe” para tornar a MAHLE Metal Leve S.A. adequada para o
futuro. Nossos princípios de liderança nos ajudarão a alcançar isso, forne-
cendo-nos orientação e nos mantendo no curso.” ... Após o período mais
turbulento da crise da pandemia da COVID-19, o mercado começou a esbo-
çar um ambiente de negócios mais favorável. Contudo, a Companhia conti-
nua monitorando a situação global de contágio da COVID-19. Diante deste
cenário, mais uma vez o modelo de negócio da Companhia contribuiu para
a resiliência da mesma, ou seja, buscamos adequar nosso mix de mercado
para equilibrar a atuação nos segmentos em que atuamos (Equipamento
Original e Aftermarket), tanto nos mercados interno e externo, de forma a
compensar as oscilações nos diferentes segmentos e a estabilizar nossas
margens de lucratividade ao longo do tempo. Em 2020 a receita líquida da
Companhia apresentou queda de 4,9%, quando comparado com o ano de
2019, resultado dos desempenhos positivos das vendas no mercado de
Aftermarket (+7,0%), compensado pelo mercado de EO Exportação (-3,9%)
e mercado EO Doméstico (-19,6%). Ao passo que no 4T20 a receita líquida
da Companhia apresentou um crescimento de 30,4% quando comparado
com o mesmo período de 2019, resultado dos desempenhos positivos em
todos os seus mercados de atuação: vendas ao mercado EO Doméstico
(+24,3%), EO Exportação (+31,8%), e de Aftermarket (+33,8%). O gráfico
abaixo demonstra a distribuição da receita nos mercados de atuação nos
anos de 2020 e 2019:
2019
EO Mercado
Interno
30,3%
EO Mercado
Externo
35,3%
Aftermarket
34,4%
2020
EO Mercado
Interno
25,6%
EO Mercado
Externo
35,7%
Aftermarket
38,7%
Em 2020 a Companhia apresentou uma margem EBITDA ajustada de
17,2% (17,4% em 2019), atingindo um resultado medido pelo EBITDA ajus-
tado de R$ 412,4 milhões (R$ 440,8 milhões em 2019). Já no 4T20 a mar-
gem EBITDA ajustada foi 17,7% (R$ 137,1 milhões), enquanto no 4T19
atingiu 12,9% (R$ 76,6 milhões). Os ajustes referem-se à eventos não recor-
rentes em razão do Impairment de R$ 29,2 milhões na recuperabilidade do
ativo “ágio” da controlada MAHLE Argentina S.A., e do Impairment e demais
despesas no montante de R$ 87,0 milhões do projeto MBE2. Importante
mencionar que estes ajustes ocorreram em sua maioria no 2T20 e 3T20,
conforme detalhamentos nos itens 6.11 e 6.14 desde documento. À luz do
cenário de pandemia, a MAHLE Metal Leve criou um comitê de crise para
acompanhar o tema em todas as suas plantas, com o objetivo de mitigar ao
máximo o risco de contaminação dos colaboradores e prestadores de servi-
ços. Desta forma, diversas medidas foram adotadas, seguindo as recomen-
dações e determinações dos órgãos de saúde e protocolos sanitários rigo-
rosos. A Companhia ainda permitiu o trabalho remoto nas áreas que tenham
a possibilidade de exercer as suas atividades desta forma, como por exem-
plo áreas administrativas, o chamado sistema Home Office. A fábrica de
Filtros da Companhia na cidade de Mogi Guaçu criou uma força-tarefa para
desenvolver uma linha de produção (em grande escala) de máscaras des-
cartáveis, utilizando os recursos disponíveis. Em um primeiro momento, a
produção das máscaras foi destinada para a utilização pelos funcionários e
com a expansão do portfólio de produtos acessar mercado e explorar co-
mercialmente a venda das máscaras faciais. Para o retorno seguro e gradu-
al dos colaboradores às suas atividades nos últimos meses, foram adotadas
medidas necessárias para a prevenção do vírus, alinhado as orientações da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades locais. Acompa-
nharemos a evolução de todo o contexto econômico no Brasil e no mundo,
visando adequar às operações de acordo com o volume dos negócios.
2. Cenário Macroeconômico e Perspectivas
Certamente não tem como deixarmos de falar sobre a pandemia da CO-
VID-19 neste momento do relatório, pois a extensão dos impactos da crise
trazida pelo vírus ainda é inestimável. Ainda no primeiro trimestre de 2020
os efeitos da pandemia começaram a atingir a sociedade e a economia bra-
sileiras, sobretudo, após o advento da quarentena, o que acarretou a parali-
sação das atividades - o chamado “Shutdown”. Já a partir da segunda quin-
zena do mês de março, o mercado começou a sentir seus efeitos, sendo que
o pico de queda da atividade econômica ocorreu no mês de abril e a partir
do início do segundo semestre pôde-se perceber uma trajetória de recupe-
ração. O mercado ainda foi impactado pela queda na confiança do consumi-
dor em decorrência do cenário totalmente imprevisível, os indivíduos que
não foram afetados pelo desemprego, se encontraram em um cenário de
incertezas e como consequência, com aversão ao risco e, portanto, mais
comedidos em gastos naquele momento, ou seja, a cadeia de varejo apre-
sentou reduções nas compras. As divulgações de indicadores de atividade
econômica ao final de 2020 evidenciaram um movimento gradual e hetero-
gêneo de recuperação apresentado pela economia brasileira reflexo do au-
xílio emergencial do Governo Brasileiro à sociedade e do deslocamento do
consumo das famílias para os serviços (diretamente impactados pelas me-
didas de isolamento social). A indústria também apresentou retomada em
relação à queda provocada pela pandemia. Há que se considerar os efeitos
da segunda onda de COVID-19 ao redor do mundo, a qual vem gerando um
impacto negativo nos países desenvolvidos, bem como nos demais, contri-
buindo com um ambiente de incertezas e que poderá prejudicar a recupera-
ção da atividade econômica global. Em contrapartida, o desenvolvimento no
campo das vacinas aliado a medidas de estímulo econômico pode sustentar
um cenário mais otimista para a economia global. Em diversos países do
mundo e no Brasil já existe uma estratégia de vacinação contra o COVID-19.
Desta forma, com base nas informações disponíveis no momento da elabo-
ração desde relatório, e considerando a eficácia da vacina, existem estudos
que simulam que a trajetória da imunidade de rebanho será alcançada até
os últimos meses de 2021, o que permitiria uma reabertura ampla da econo-
mia. No Brasil, existem discussões sobre reformas estruturais e orçamento
de 2021, as quais vêm sendo adiadas ao longo do tempo, sendo que o
cumprimento do teto de gastos no médio prazo, pode gerar dificuldades para
a execução da Política Fiscal. Devido à redução das incertezas, o cenário
externo pode ser um fator positivo, de forma reduzir a aversão ao risco da
economia mundial. Tendo como referência países que têm uma porcenta-
gem razoável de vacinas na imunização, pode-se gerar um ambiente de
mais confiança, inclusive no Brasil, e portanto, uma padronização gradual
da atividade econômica global ao longo de 2021.
3. Sobre a MAHLE Metal Leve
Somos uma empresa brasileira de autopeças que atua na fabricação e co-
mercialização de componentes de motores à combustão interna e filtros
automotivos. Fabricamos produtos com tecnologia de última geração e da
mais alta qualidade, e estamos continuamente investindo em pesquisa e
desenvolvimento de novos produtos e processos de produção. Atuando no
Brasil desde os anos 50, possuímos um amplo portfólio de produtos e solu-
ções integradas, muitas vezes desenvolvidas de forma customizada em con-
junto com nossos principais clientes. Estamos presentes no mercado OEM
(“Original Equipment Manufacturers”), cujos clientes são as montadoras de
automóveis, e no segmento de peças para reposição, denominado “After-
market”, cujos clientes são os grandes distribuidores de autopeças e retífi-
cas de motores. Nossos produtos são fabricados e vendidos no Brasil e na
Argentina, e também exportados para mais de 60 países, incluindo Estados
Unidos da América, Alemanha, México, Portugal e Espanha, para uma car-
teira diversificada de clientes, incluindo General Motors, Volkswagen, Fiat,
Ford, Daimler MBB, Opel, International, Cummins, Volvo, PSA Peugeot,
John Deere, Renault, Scania, Caterpillar, Honda, Hyundai, Toyota entre ou-
tros. Possuímos cinco plantas industriais, sendo quatro instaladas no Brasil,
nas cidades de Mogi Guaçu (SP), onde temos duas plantas, São Bernardo
do Campo (SP) e Itajubá (MG), e uma na Argentina, na cidade de Rafaela.
Possuímos, ainda, dois centros de distribuição, sendo um em Limeira (SP) e
outro em Buenos Aires, Argentina, bem como um Centro de Tecnologia, lo-
calizado em Jundiaí (SP) o qual acreditamos ser um dos maiores e mais
bem equipados centros de tecnologia de desenvolvimento de componentes
e soluções integradas para motores à combustão interna da América Latina,
o que nos possibilita criar valor e atender nossos clientes de forma customi-
zada e ágil, além de inovar em tecnologias de produtos e processos. Nossa
inserção no Grupo MAHLE, que tem atuação global, nos permite trocar co-
nhecimentos, fornecer e ter acesso constante às tecnologias de última gera-
ção bem como atuar juntamente com nossos clientes no desenvolvimento
de novos produtos, sendo este um fator fundamental para o alto nível de
penetração e fidelização que obtemos junto aos clientes.
4. O Grupo MAHLE completa 100 anos
A MAHLE mantém as pessoas em movimento há 100 anos. Este é o mo-
mento de celebração. Em 1 de dezembro de 2020 alcançamos um marco
importante na história de nossa empresa: comemoramos o 100º aniversário
do Grupo MAHLE. A MAHLE Metal Leve S.A. (Companhia) faz parte do Gru-
po alemão MAHLE (acionista controlador), um dos mais tradicionais grupos
do setor de autopeças do mundo e que teve sua origem na Alemanha. Atu-
almente, o Grupo MAHLE, incluindo a Companhia, conta, com mais de 160
plantas industriais em 35 países e cinco continentes, e 16 centros de pes-
quisa e desenvolvimento. O ano foi 1920. No início de uma emocionante
década em que Charles Lindberg voou pelo Atlântico, Albert Einstein rece-
beu o Prêmio Nobel, Mahatma Ghandi iniciou seu protesto não violento, a
Deutsche Luft Hansa AG foi fundada e o autódromo de Nürburgring come-
çou a operar. Em Stuttgart / Alemanha, dois irmãos lançaram as bases de
uma empresa global: naquela época, Ernst e Hermann Mahle desenvolviam
produtos que se tornaram best-sellers e que estabeleceram a reputação da
empresa global atual como inovadora. Desde então, a MAHLE se tornou um
dos 20 maiores fornecedores automotivos do mundo, com cerca de 77.000
funcionários. Buscamos soluções inovadoras para motores alternativos no
campo de acionamentos e na otimização de motores de combustão interna.
De acordo com as palavras do CEO do Grupo MAHLE, Dr. Jörg Stratmann,
“continuaremos a crescer e trabalhar para ser uma empresa inovadora e
atraente para nossos funcionários e parceiros. Queremos moldar os próxi-
mos 100 anos de mobilidade”. A indústria automotiva atravessa uma das
maiores transformações da sua história. Dessa forma, o Grupo MAHLE está
se moldando para atuar no futuro da mobilidade, focado nas megatendên-
cias automotivas e globais. A visão do Grupo MAHLE guiará o processo de
transformação. Portanto é de suma importância a motivação em fazer parte
da mudança, a fim de apoiar a concretização das metas e permitir que a vi-
são se torne realidade. Estamos felizes por termos celebrado o 100º aniver-
sário corporativo com todos vocês, por este motivo, os convidamos a visita
r
o hotsite comemorativo, em https://www.mahle.com/en/100-years/. Hoje e
amanhã. Para as gerações futuras, e pelos próximos 100 anos.
5. Evolução do setor automobilístico
5.1 Evolução do mercado brasileiro
Setor automobilístico brasileiro
Segmentos
Janeiro - Dezembro 2020 Janeiro - Dezembro 2019
Varia-
ção
Ven-
das
(A/C)
Varia-
ção
Produção
(B/D)
Vendas
(**) (A) Expor-
tação Impor-
tação
Varia-
ção
Esto-
que (*)
Total
Produ-
ção
(B) Vendas
(**) (C) Expor-
tação Impor-
tação
Varia-
ção
Esto-
que
(*)
Total
Produ-
ção
(D)
Total de veículos leves 1.954.828 306.968 -207.683 -149.399 1.904.714 2.665.583 407.520 -294.542 25.280 2.803.841 -26,7% -32,1%
Total de veículos pesados 150.686 25.956 -3.936 -15.446 157.260 166.122 33.563 -3.116 -2.297 194.272 -9,3% -19,1%
Total de veículos 2.105.514 332.924 -211.619 -164.845 2.061.974 2.831.705 441.083 -297.658 22.983 2.998.113 -25,6% -31,2%
Variação (unidades) - 2020
x 2019 -726.191 -108.159 86.039 -187.828 -936.139
Variação (%) - 2020 x 2019 -25,6% -24,5% -28,9% -817,2% -31,2%
Fonte: Anfavea
(*) Variação de estoque de veículos = produção - (vendas + exportação - importação).
(**) Vendas (Nacionais + Importadas)
Abaixo é apresentada a produção, vendas e estoques totais de veículos nacionais, entre os períodos analisados:
Produção Mensal
(mil unidades) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total
2020 194,2 207,8 194,3 3,6 46,7 101,7 175,8 215,3 224,7 241,4 243,2 214,3 2.062,0
2019 202,0 261,3 245,3 272,0 281,0 237,5 273,2 275,4 252,1 293,7 231,9 172,8 2.998,1
Vendas Totais Mensais
(mil unidades) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total
2020 193,5 201,0 163,6 58,1 66,1 146,2 179,0 187,8 212,5 219,5 229,3 249,0 2.105,5
2019 202,5 201,5 213,0 235,0 248,5 227,6 247,5 247,2 239,5 257,6 245,6 265,9 2.831,7
Estoque de Veículos
no Brasil (dias) Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
2020 43 37 48 128 80 36 23 20 20 18 15 12
2019 37 43 41 40 39 42 39 42 45 43 41 33
Fonte: Anfavea
5.2 Evolução do mercado argentino
Setor automobilístico argentino
Vendas de veículos
(nacionais e importados)
Janeiro -
Dezembro
2020 (A)
Janeiro -
Dezembro
2019 (B) A/B
Total de veículos leves 312.789 372.474 -16,0%
Total de veículos médios e pesados 17.818 19.656 -9,4%
Vendas totais de veículos 330.607 392.130 -15,7%
Exportação 137.891 224.248 -38,5%
Importação 191.730 269.192 -28,8%
Balança comercial (53.839) (44.944) 19,8%
Variação do estoque de veículos no
período (*) 5.669 (4.696) -220,7%
Produção de veículos leves 257.187 314.787 -18,3%
Produção de veículos pesados 7.432 8.047 -7,6%
Produção total de veículos 264.619 322.834 -18,0%
(*) Variação de estoque de veículos = produção - (vendas + exportação -
importação).
(**) Fonte: Adefa/Acaras Argentina/IHS.
5.3 Produção e vendas de veículos no Brasil e Argentina
Produção
e vendas:
Brasil &
Argentina
Produção de veículos Vendas de veículos
Janeiro -
Dezembro
2020
Janeiro -
Dezembro
2019 Varia-
ção
Janeiro -
Dezembro
2020
Janeiro -
Dezembro
2019 Varia-
ção
Veículos
leves 2.161.901 3.118.628 -30,7% 2.267.617 3.038.057 -25,4%
Veículos
médios e
pesados 164.692 202.319 -18,6% 168.504 185.778 -9,3%
Total 2.326.593 3.320.947 -29,9% 2.436.121 3.223.835 -24,4%
Fonte: Anfavea e Adefa.
5.4 Produção de veículos nos principais mercados de exportação
Produção de veículos nos principais
mercados de exportação (mil)
Janeiro -
Dezembro
2020 (A)
Janeiro -
Dezembro
2019 (B) A/B
Produção de veículos leves 12.977 16.314 -20,5%
Produção de veículos médios e pesados 439 655 -33,0%
América do Norte 13.416 16.970 -20,9%
Produção de veículos leves 16.586 21.323 -22,2%
Produção de veículos médios e pesados 477 623 -23,4%
Europa 17.063 21.946 -22,3%
Produção total de veículos 30.479 38.917 -21,7%
Fonte: IHS
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Relatório da administração - 2020
6. Desempenho econômico-financeiro da Companhia
Síntese de resultados (R$ milhões) 2020 2019 A.H. (%) A.V. (%) A.V. (%) 4T20 4T19 A.H. (%) A.V. (%) A.V. (%)
(a) (b) (a/b) (a) (b) (c) (d) (c/d) (c) (d)
Receita líquida de vendas 2.402,6 2.526,2 -4,9% 100,0% 100,0% 776,7 595,7 30,4% 100,0% 100,0%
Custos das vendas (1.775,6) (1.885,9) -5,8% -73,9% -74,7% (546,9) (467,7) 16,9% -70,4% -78,5%
Resultado bruto 627,0 640,3 -2,1% 26,1% 25,3% 229,8 128,0 79,5% 29,6% 21,5%
Despesas com vendas e distribuição (165,9) (166,9) -0,6% -6,9% -6,6% (47,0) (44,6) 5,4% -6,1% -7,5%
Despesas gerais e administrativas (95,4) (85,7) 11,3% -4,0% -3,4% (26,5) (24,4) 8,6% -3,4% -4,1%
Despesas com desenvolvimento e tecnologia (64,1) (83,7) -23,4% -2,7% -3,3% (20,8) (20,7) 0,5% -2,7% -3,5%
¹ Outras receitas/ despesas operacionais (148,0) (6,8) -2076,5% -6,2% -0,3% (41,2) (2,2) 1772,7% -5,3% -0,4%
Resultado de equivalência patrimonial (0,1) (0,2) 50,0% 0,0% 0,0% (0,0) (0,1) 100,0% 0,0% 0,0%
Ganhos/perdas na posição monetária líquida 40,1 48,4 -17,1% 1,7% 1,9% 12,0 14,7 -18,4% 1,5% 2,5%
Resultado operacional 193,6 345,4 -43,9% 8,1% 13,7% 106,3 50,7 109,7% 13,7% 8,5%
Financeiras, líquidas (86,0) (41,4) 107,7% -3,6% -1,6% (12,4) (12,6) -1,6% -1,6% -2,1%
² Imposto de renda e contribuição social 14,6 (48,2) -130,3% 0,6% -1,9% 7,7 27,3 -71,8% 1,0% 4,6%
Lucro líquido do exercício 122,2 255,8 -52,2% 5,1% 10,1% 101,6 65,4 55,4% 13,1% 11,0%
Lucro líquido atribuído aos acionistas controladores 124,5 259,0 -51,9% 5,2% 10,3% 100,8 66,2 52,3% 13,0% 11,1%
Lucro líquido ajustado atribuído aos acionistas controladores 203,9 259,0 -21,3% 8,5% 10,3% 104,6 66,2 58,1% 13,5% 11,1%
Lucro líquido dos acionistas não controladores (2,3) (3,2) 28,1% -0,1% -0,1% 0,8 (0,8) -200,0% 0,1% -0,1%
EBITDA 296,2 440,8 -32,8% 12,3% 17,4% 131,4 76,6 71,5% 16,9% 12,9%
EBITDA ajustado 412,4 440,8 -6,4% 17,2% 17,4% 137,1 76,6 79,0% 17,7% 12,9%
Margem bruta 26,1% 25,3% 0,8 p.p. 29,6% 21,5% 8,1 p.p.
Margem operacional 8,1% 13,7% -5,6 p.p. 13,7% 8,5% 5,2 p.p.
Margem líquida 5,1% 10,1% -5 p.p. 13,1% 11,0% 2,1 p.p.
Margem líquida atribuída aos acionistas controladores 5,2% 10,3% -5,1 p.p. 13,0% 11,1% 1,9 p.p.
Margem líquida ajustada atribuída aos acionistas controladores 8,5% 10,3% -1,8 p.p. 13,5% 11,1% 2,4 p.p.
Margem EBITDA 12,3% 17,4% -5,1 p.p. 16,9% 12,9% 4 p.p.
Margem EBITDA ajustada 17,2% 17,4% -0,2 p.p. 17,7% 12,9% 4,8 p.p.
Despesas com vendas, gerais e administrativas em relação à receita 10,9% 10,0% 0,9 p.p. 9,5% 11,6% -2,1 p.p.
¹ Informações adicionais estão disponíveis no item 6.10 deste documento.
² Informações adicionais estão disponíveis no item 6.13 deste documento.
6.1 Receita líquida de vendas e participação por mercados de atuação
Importante mencionar que, a Companhia considera como Mercado Doméstico as receitas oriundas de suas opera-
ções no Brasil e Argentina. Por este motivo, neste mercado, no que tange à consolidação das demonstrações finan-
ceiras, são apresentados nas tabelas abaixo, impactos negativos da variação cambial, decorrentes da conversão
das demonstrações financeiras de pesos argentinos para reais. Em 2020 a Companhia apresentou uma redução
de 4,9% na sua receita líquida consolidada, em comparação com 2019. Importante mencionar que, mesmo com o
cenário de pandemia o mercado de Aftermarket apresentou desempenho positivo no acumulado do ano. A tabela
abaixo demonstra a dinâmica das receitas por mercado de atuação com seus respectivos impactos em termos de
volume/preço e variação cambial entre os períodos:
Receita líquida por mercado
(R$ milhões) 2020
(a)
Volume
Preço
(b)
Variação
cambial
(c) 2019
(d)
% Impacto
volume
preço (b/d)
% Impacto
Variação
cambial (c/d)
A.H.
(%)
(a/d)
Equipamento original
Doméstico¹ 615,8 (149,0) (1,2) 766,0 -19,5% -0,2% -19,6%
Exportação 858,1 (166,0) 131,6 892,5 -18,6% 14,7% -3,9%
Subtotal 1.473,9 (315,0) 130,4 1.658,5 -19,0% 7,9% -11,1%
Aftermarket
Doméstico¹ 745,6 84,6 (13,1) 674,1 12,6% -2,0% 10,6%
Exportação 183,1 (55,2) 44,7 193,6 -28,5% 23,1% -5,4%
Subtotal 928,7 29,4 31,6 867,7 3,4% 3,6% 7,0%
Total 2.402,6 (285,6) 162,1 2.526,2 -11,3% 6,4% -4,9%
¹ Mercado Doméstico é considerado Brasil e Argentina.
Já no 4T20, a Companhia apresentou crescimento de 30,4% na sua receita líquida consolidada, em comparação
com o mesmo período de 2019. Importante mencionar que, mesmo com o cenário de pandemia no período, já é
apresentado desempenho positivo em todos os mercados de atuação. A tabela abaixo demonstra a dinâmica das
receitas com seus respectivos impactos em termos de volume/preço e variação cambial entre os períodos:
Receita líquida por mercado
(R$ milhões) 4T20
(a)
Volume
Preço
(b)
Variação
cambial
(c) 4T19
(d)
% Impacto
volume
preço (b/d)
% Impacto
Variaçãio
cambial (c/d)
A.H.
(%)
(a/d)
Equipamento original
Doméstico¹ 210,5 41,6 (0,5) 169,4 24,6% -0,3% 24,3%
Exportação 267,8 (5,0) 69,6 203,2 -2,5% 34,3% 31,8%
Subtotal 478,3 36,6 69,1 372,6 9,8% 18,6% 28,4%
Aftermarket
Doméstico¹ 249,8 78,2 (4,2) 175,8 44,5% -2,4% 42,1%
Exportação 48,6 (14,0) 15,3 47,3 -29,6% 32,3% 2,7%
Subtotal 298,4 64,2 11,1 223,1 28,8% 5,0% 33,8%
Total 776,7 100,8 80,2 595,7 16,9% 13,5% 30,4%
¹ Mercado Doméstico é considerado Brasil e Argentina.
6.2 Vendas ao mercado de Equipamento Original
Mercado interno: No acumulado do ano, o principal fator que impactou as vendas ao mercado interno foram os
efeitos da pandemia da COVID-19 na sociedade e economia brasileiras, sobretudo, após o advento da quarentena,
o que acarretou o fechamento de fábricas em toda a cadeia de suprimentos, inclusive dos nossos clientes, o cha-
mado “Shutdown”. Há que se considerar que a queda no volume de vendas no acumulado do ano foi impactada
pela pandemia da COVID-19, ocasionando, inclusive um regime de quarentena mais rígido, com fechamento de
plantas dos nossos clientes. A própria a Companhia, diante da gravidade do tema e de fatos imprevisíveis e abso-
lutamente fora de seu controle, atendendo protocolos sanitários rigorosos, adotou o regime de férias coletivas e/ou
seletivas, em todas as suas unidades no Brasil, com início na semana do dia 23 de março, sendo que esta interrup-
ção perdurou até a semana de 13 de abril de 2020 a 18 de abril de 2020, variando conforme a unidade de negócios,
de acordo com a evolução da situação. Já o 4T20 apresentou um desempenho positivo quando comparado com o
mesmo período de 2019, sendo impactado em parte por uma demanda reprimida nos primeiros meses do ano, e
parte, já reflexo de um mercado mais aquecido. Vale ressaltar, inclusive, que o as receitas neste mercado no perí-
odo foram 27,0% superior à verificada no 3T20. A título de referência (proxy), a produção consolidada de veículos
divulgada pelo mercado para o Brasil e Argentina (Anfavea e Adefa, respectivamente) no acumulado do ano caiu
29,9%, portanto, a Companhia apresentou um desempenho melhor que o mercado, com uma queda de 19,6% no
mesmo período. Mercado externo: O principal fator que impactou as vendas ao mercado externo foi o cenário de
pandemia da COVID-19 que se apresentou ao mundo, com impactos, inicialmente, nos nossos principais mercados
de atuação fora do País. A Companhia continua monitorando a situação Global com a nova onda de contágios da
COVID-19 em alguns países. Em 2020, este mercado apresentou uma redução de 3,9% quando comparado com o
ano de 2019, sendo composto pelo impacto negativo de volume/preço de 18,6%, compensado parcialmente pela
variação cambial de +14,7%. Já no 4T20, quando comparado com o 4T19, foi verificado um crescimento de 31,8%,
com o impacto positivo da variação cambial de 34,3%, compensada parcialmente pela queda de volume/preço de
2,5%. Vale ressaltar que o as receitas neste mercado no período foram 18,1% superiores, inclusive, à verificada no
3T20. Abaixo apresentamos o desempenho neste mercado em moeda forte:
Exportações por moeda (milhões) Janeiro - Dezembro
2020 (a) Janeiro - Dezembro
2019 (b) A.H. (%)
(a/b)
Equipamento original
EUR 66,4 73,9 -10,1%
USD 103,3 152,5 -32,3%
Exportações por moeda (milhões) Outubro - Dezembro
2020 (a) Outubro - Dezembro
2019 (b) A.H. (%)
(a/b)
Equipamento original
EUR 18,8 16,9 11,2%
USD 30,8 34,4 -10,5%
6.3 Vendas ao mercado de Aftermarket: Mercado interno
O Aftermarket Doméstico apresentou crescimento de 10,6% em 2020 quando comparado com 2019, com efeitos
positivos de volume/preço de 12,6% e variação cambial de -2,0%. No 4T20, foi apresentado crescimento de 42,1%,
com o impacto positivo do crescimento de volume/preço de 44,5%, aliada à variação cambial de -2,4%. Há que se
considerar ainda que, em ambos os períodos, esta variação cambial é oriunda da operação na Argentina (consoli-
damos tal operação no nosso Aftermarket Doméstico). Em 2020 o principal fator que impactou as vendas ao mer-
cado interno foram os efeitos da pandemia da COVID-19 na sociedade e economia, pois na tentativa de reduzir a
velocidade do contágio, os Governos decretaram o fechamento dos pontos de vendas, afetando a cadeias de dis-
tribuição e como consequência, já partir da segunda quinzena do mês de março, o mercado começou a sentir seus
efeitos, sendo que o pico de queda do faturamento ocorreu no mês de abril e já no de mês de maio o faturamento
começou a apresentar, mesmo que leve, uma trajetória de recuperação, portanto, durante o período este mercado
ainda foi impactado pela queda na confiança do consumidor, e como consequência, a cadeia de varejo apresentou
reduções nas compras. Depois de um início de ano com adversidades devido aos efeitos da pandemia da CO-
VID-19, a Companhia começou a apresentar uma recuperação neste mercado, a partir do segundo semestre devi-
do à demanda do mercado. No 4T20 o desempenho positivo é decorrente do aquecimento da demanda de merca-
do e recomposição dos estoques dos distribuidores. Vale mencionar que, as vendas dos nossos clientes
(distribuidores) na ponta foram afetadas em um menor nível pela crise da COVID-19, e como eles reduziram as
compras durante o período mais crítico da pandemia, neste momento estão recompondo os seus estoques. Nota-
damente, a Companhia é líder no mercado de reposição através do reconhecimento da marca, pelo mix e qualida-
de de seus produtos, dentre outros. Destaca-se ainda que, mesmo com as dificuldades acima mencionadas, com a
queda na demanda ocorrida, a Companhia não enfrentou problemas com atraso de pagamentos. Mercado exter-
no: Quando comparado o ano de 2020 com o 2019, este mercado apresentou variação negativa de 5,4%. O de-
sempenho foi impactado pela pandemia da COVID-19 e com recuperação mais lenta que os demais mercados,
e apesar da variação cambial favorável para as exportações, com impacto positivo de 23,1%, as vendas neste
mercado apresentaram efeito negativo pela queda de volume/preço de 28,5%. Já em relação ao 4T20 comparado
com o 4T19, foi verificada um crescimento de 2,7%, com o impacto positivo da variação cambial de 32,3%, com-
pensado parcialmente pela queda de volume/preço de 29,6%. Abaixo apresentamos o desempenho neste mercado
em moeda forte:
Exportações por moeda (milhões) Janeiro - Dezembro
2020 (a) Janeiro - Dezembro
2019 (b) A.H. (%)
(a/b)
Aftermarket
EUR 1,7 1,3 30,8%
USD 34,2 48,1 -28,9%
Exportações por moeda (milhões) Outubro - Dezembro
2020 (a) Outubro - Dezembro
2019 (b) A.H. (%)
(a/b)
Aftermarket
EUR 0,2 0,5 -60,0%
USD 8,8 11,1 -20,7%
6.4 Exportação consolidada por região geográfica: O gráfico a seguir mostra a distribuição das nossas receitas
com exportações por região geográfica nos períodos comparados:
Europa
46,8%
América
do Sul
11,7%
América do Norte
38,0%
Outros
3,5%
2020
2019 Europa
45,0%
América
do Sul
16,0%
América do Norte
34,8%
Outros
4,2%
6.5 Receita líquida por segmento: Em 2020 o segmento de componentes de motores apresentou redução nas
vendas de 3,7%, bem como o segmento de filtros, com uma redução de 14,3%, quando comparados com 2019.
Pode-se atribuir, principalmente, ao cenário apresentado pela pandemia da COVID-19, o desempenho negativo no
acumulado do ano nas vendas dos dois segmentos. Já no 4T20 quando comparados com o mesmo período de
2019, foi apurado um crescimento nas vendas no segmento de componentes de motores de 31,5%, enquanto o
segmento de filtros apresentou um aumento de 20,7%, em função do aumento da demanda, principalmente nos
mercados doméstico de Aftermarket e Equipamento Original.
Receita líquida de vendas por segmento (R$ milhões) 2020
(a) 2019
(b) A.H. (%)
(a/b) 4T20
(c) 4T19
(d) A.H. (%)
(c/d)
Componentes de motores 2.166,9 2.251,2 -3,7% 700,8 532,8 31,5%
Filtros 235,7 275,0 -14,3% 75,9 62,9 20,7%
Total 2.402,6 2.526,2 -4,9% 776,7 595,7 30,4%
Os gráficos abaixo demonstram a participação dos dois segmentos nas vendas entre os períodos:
89,1%
2020 90,2%
2019 10,9%
9,8%
89,4%
4T20 90,2%
4T19 10,6%
9,8%
Componentes de motores
Componentes de motores
Filtros
6.6 Receita líquida por produto
O gráfico a seguir mostra a participação das vendas totais por produto entre os períodos comparados:
2020 2019
Bronzinas FiltrosVálvulas Outros
Eixos de
Comando de
Válvulas
Camisas
Porta Anéis
e Pinos
Pistões e Kits Anéis
27,7% 26,2%
14,7% 13,6% 14,5% 14,1% 10,2% 9,4% 9,8% 10,9%
4,9% 5,8% 4,2% 5,6%
14,0% 14,4%
6.7 Margem bruta
A Companhia encerrou o ano de 2020 com margem bruta de 26,1% (25,3% em 2019), enquanto no 4T20 a margem
foi de 29,6% (21,5% no 4T19), como demonstrado no quadro abaixo:
Síntese de resultados
(R$ milhões) 2020
(a) 2019
(b)
A.H.
(%)
(a/b)
A.V.
(%)
(a)
A.V.
(%)
(b) 4T20
(c) 4T19
(d)
A.H.
(%)
(c/d)
A.V.
(%)
(c)
A.V.
(%)
(d)
Receita líquida
de vendas 2.402,6 2.526,2 -4,9% 100,0% 100,0% 776,7 595,7 30,4% 100,0% 100,0%
Custos das vendas (1.775,6) (1.885,9) -5,8% -73,9% -74,7% (546,9) (467,7) 16,9% -70,4% -78,5%
Resultado bruto 627,0 640,3 -2,1% 26,1% 25,3% 229,8 128,0 79,5% 29,6% 21,5%
Margem bruta 26,1% 25,3% 0,8 p.p. 29,6% 21,5% 8,1 p.p.
Há que se considerar que a queda no volume de vendas no acumulado do ano foi impactada pela pandemia da
COVID-19, ocasionando, inclusive um regime de quarentena mais rígido, com fechamento de plantas dos nossos
clientes. A própria a Companhia, diante da gravidade do tema e de fatos imprevisíveis e absolutamente fora de seu
controle, atendendo protocolos sanitários rigorosos, adotou o regime de férias coletivas e/ou seletivas, em todas as
suas unidades no Brasil, com início na semana do dia 23 de março, sendo que esta interrupção perdurou até a
semana de 13 de abril de 2020 a 18 de abril de 2020, variando conforme a unidade de negócios, de acordo com a
evolução da situação. Em decorrência desta situação, houve uma redução da utilização da capacidade ao final do
primeiro trimestre e durante o segundo trimestre de 2020, o que gerou um impacto no cálculo da ociosidade devido
ao baixo volume de produção, e, portanto, foi contabilizado um montante de R$ 66,3 milhões nos custos das ven-
das. Importante mencionar ainda que foi contabilizado um montante de R$ 40,6 milhões na rubrica custos das
vendas, referente à provisão para perdas com intangível (impairment da descontinuidade do desenvolvimento do
projeto denominado MBE2). Não fosse este evento, a margem bruta teria sido de 27,8% em 2020 (25,3% em 2019).
Todavia, a partir do segundo semestre deste ano, os nossos mercados de atuação, notadamente o Aftermarket,
voltaram a apresentar recuperação contribuindo para alcançarmos a margem bruta em níveis pré-pandemia.
6.8 Despesas com vendas e despesas gerais e administrativas
Despesas com vendas e distribuição: no 4T20 o maior impacto se deu pela utilização de fretes diante do cenário de
“retomada” da pandemia, aliado à vários pequenos impactos, como por exemplo, exposição em moeda estrangeira
de algumas despesas. Em relação ao ano de 2020, quando comparado com 2019, deve-se adicionar ao comentário
anterior os efeitos de adequações de estrutura organizacional. Despesas gerais e administrativas: quando compa-
rado 2020 com 2019 foi verificado impactos de adequações de estrutura organizacional ocorridas no início do ano.
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documento quando visualizado diretamente no portal
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terça-feira, 16 de março de 2021 às 01:10:56

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