BALAN�O - santos brasil participações s.a

Data de publicação09 Março 2021
SectionCaderno Empresarial
terça-feira, 9 de março de 2021 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 131 (45) – 5
STBP3
SANTOS BRASIL PARTICIPAÇÕES S.A. E CONTROLADAS
CNPJ/MF nº 02.762.121/0001-04
Relatório da Administração
Senhores Acionistas,
Submetemos à apreciação de V.Sas. o relatório da administração e as demonstrações contábeis da Santos Brasil
Participações S.A. (“Santos Brasil”) relativos ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2020.
As demonstrações financeiras, individuais e consolidadas são apresentadas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil, em observância às disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, nas normas IFRS
e nas normas do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO
O ano de 2020 se notabilizou pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19), que provocou crises sanitária e
econômico-financeira de alcance mundial, cujos efeitos ainda hoje são sentidos globalmente, inclusive no Brasil.
Esses impactos impuseram à Santos Brasil desafios de toda ordem - operacionais, administrativos e financeiros -,
mas que a Companhia soube navegar a fim de manter a continuidade de seus negócios e a sua sólida saúde
financeira, sem perder o foco na preservação da integridade física e mental de seus funcionários e terceirizados.
Ao longo do exercício, a Companhia manteve todas as suas unidades de negócios em plena operação, sem sofrer
interrupções, paralisações ou suspensões de qualquer natureza, prestando serviços essenciais à sociedade, com
rígidos padrões sanitários de prevenção, contenção e combate ao contágio da Covid-19. Ao mesmo tempo,
adotou medidas de preservação do caixa e contenção de custos e despesas, bem como administrativas de
simplificação e eficiência da estrutura organizacional1.
Essas ações permitiram à Santos Brasil continuar com uma baixa alavancagem financeira, sem prejuízo à
realização de investimentos no montante de R$223,5 milhões, que visam assegurar a vantagem competitiva da
Companhia nos médio e longo prazos. Ainda, ao implementar um bem-sucedido Plano de Continuidade de
Negócios, a Companhia foi capaz de gerar um caixa operacional da ordem de R$146,3 milhões (+47,9% versus
2019), apesar dos efeitos adversos provocados pela pandemia.
A atividade portuária no Brasil e no mundo manteve-se ativa em 2020, porém sofreu com choques de oferta e de
demanda, principalmente nos 2º e 3º trimestres, que reduziram sobremaneira o volume de bens e mercadorias
transportados por via marítima. Por outro lado, o 4º trimestre de 2020 observou uma retomada dos volumes
movimentados, também no Brasil, a partir de medidas fiscais e econômicas de estímulo ao consumo e à produção,
que impulsionaram a recomposição dos estoques na indústria e no varejo, inclusive com reflexo nos preços do
frete marítimo nas principais rotas comerciais do mundo.
No Porto de Santos, a retração nos volumes de contêineres de importação em 2020, foi compensada pelo
crescimento das exportações de commodities conteinerizadas (e.g. café, açúcar, carne congelada, dentre outras),
o que resultou em um crescimento de 1,2% no volume movimentado de contêineres do Porto, em relação a 2019,
apesar da queda de 4,1% do PIB brasileiro. Esse descolamento entre o desempenho do Porto de Santos e o PIB
brasileiro exalta a resiliência do setor portuário em períodos de crise.
A movimentação consolidada de contêineres nos três terminais da Santos Brasil totalizou 1.078.992 unidades em
2020, queda de 7,7% em relação a 2019. No principal mercado da Companhia (Porto de Santos), o Tecon Santos
apresentou decréscimo de 7,8% na movimentação de contêineres, somando 937.424 unidades. Esse desempenho
comparativamente cadente, que entendemos ser pontual, se explica pela maior exposição do Tecon Santos ao
fluxo de contêineres importados, com destaque para as linhas com rotas da Ásia e do Norte da Europa, quando
comparado aos demais terminais de contêiner que operam no Porto de Santos. A taxa de utilização do terminal
ficou em 74% em 2020, com o Porto de Santos superando 80% em decorrência da elevada ocupação dos
terminais concorrentes, cuja capacidade ociosa presente e futura, principalmente fruto dos investimentos na
expansão de sua capacidade, proporcionará ao Tecon Santos o pleno e eficiente atendimento da crescente
demanda. O market share do Tecon Santos em 2020 foi de 35,6% (versus 39,5% em 2019), de acordo com dados
divulgados pela Santos Port Authority - SPA (antiga CODESP).
Os volumes operados nas demais unidades também não passaram incólumes pela pandemia. O Tecon Vila do
Conde apresentou a menor queda de volume de movimentação de contêineres, que somou 99,8 mil contêineres,
queda de 4,2% versus 2019, embora concentrada no volume de contêineres vazios. A movimentação de
contêineres cheios do Tecon Vila do Conde ficou estável ano-contra-ano, refletindo o forte ritmo das exportações
de commodities agropecuárias e minerais. Por sua vez, a Santos Brasil Logística (‘SBLog’) sofreu com o menor
fluxo de contêineres importados no Porto de Santos, embora tenha intensificado as operações de logística
integrada, in-house, serviços de cross-docking e entreposto aduaneiro, que mitigaram a queda na armazenagem
de contêineres. A reestruturação que a Companhia vem promovendo na gestão de sua unidade logística, nos
últimos três anos, avançou em 2020, com destaque para implantação de uma área dedicada a Pricing,
independente da estrutura comercial da SBLog. O volume do Terminal de Veículos - TEV - caiu 13,6% em relação
a 2019, que já configurava uma base fraca, novamente influenciado pelo reduzido fluxo de exportações de
veículos para a Argentina, mas também agravado pela queda nas importações de veículos no ano de 2020. Por
fim, o Tecon Imbituba continua sofrendo com o desequilíbrio econômico-financeiro oriundo da elevada
Movimentação Mínima Contratual - MMC, à qual se encontra contratualmente obrigado. O serviço de cabotagem
que opera no terminal apresentou queda de 13,1% ano-contra-ano, mais acentuada em contêineres vazios. O
destaque positivo ocorreu no TCG Imbituba (Terminal de Carga Geral de Imbituba), que, após fechar contratos de
exportação de celulose e alimentos no fim do 2T20, apresentou uma evolução vigorosa nos embarques dessas
commodities na segunda metade de 2020, terminando o ano com um volume total movimentado de 281,3 mil
toneladas (+47,9% versus 2019).
Em 2020, a gestão financeira da Companhia mostrou-se ainda mais fundamental, com foco na manutenção da
baixa alavancagem e na geração positiva de caixa. O controle de custos e despesas foi prioritário, bem como o
recebimento de créditos lançados como de liquidação duvidosa, medidas em prol da preservação do caixa.
Apesar da queda de volume e receita, a Companhia encerrou 2020 com uma geração de caixa operacional de
R$146,3 milhões (+47,9% versus 2019), ao passo que o EBITDA consolidado somou R$211,9 milhões, o que
representa uma queda de somente 4,4% ano-contra-ano, com margem de 22,8%, estável em relação a 2019.
Todas essas medidas foram cruciais também para permitir que a Companhia seguisse com o ritmo de execução
do seu plano de investimentos, com especial destaque para as obras de extensão do cais, de modernização e
atualização do Tecon Santos, iniciativas consideradas fundamentais para elevar a produtividade e a eficiência
deste terminal, aprimorando a experiência de seus clientes, inclusive.
Outro evento significativo ao longo do exercício foi a emissão primária subsequente de ações (follow on), no fim
de setembro, através da qual a Companhia captou R$790 milhões, elevando o saldo em caixa e aplicações
financeiras para R$1,07 bilhão, em 31/12/2020. Descontada a dívida bruta, esse valor resulta em um caixa líquido
de R$637,3 milhões e índice de alavancagem negativo de 3,0 vezes, medido pela relação dívida líquida/EBITDA
2020. A referida capitalização é uma etapa importante para a execução do planejamento estratégico de longo
prazo da Companhia, que pretende expandir as suas atividades (i) no segmento de contêineres; (ii) na prestação
de serviços logísticos, melhor integrando as cadeias logística e portuária; e (iii) na ampliação da sua presença na
movimentação de cargas não conteinerizadas.
Após endereçar questões estratégicas relacionadas aos seus ativos atuais - prorrogações antecipadas dos
terminais de contêiner em Santos e Vila do Conde, revisão do cronograma do CapEx do Tecon Santos e
reestruturação organizacional -, a Companhia encontra-se preparada, organizada e capitalizada para esse novo
ciclo de crescimento que se avizinha, seja orgânica ou inorganicamente. O crescimento dos ativos atuais
continuará, através da execução dos projetos de modernização em curso, priorizando inovação e automação de
processos, sistemas e equipamentos. O ciclo de investimentos do Tecon Santos, que já soma R$331,6 milhões
no triênio 2018-2020, continuará em 2021, com previsão de entrega da primeira fase do projeto de expansão do
cais do TEV (+220 metros) e reforço do cais do Tecon Santos, que elevará a capacidade do terminal de 2,0
milhões para, pelo menos, 2,4 milhões de TEU.
Em paralelo, a Santos Brasil perseguirá avenidas de crescimento para acelerar a criação de valor aos seus
acionistas e demais stakeholders, inclusive via fusões e aquisições, que se beneficiará da alocação eficiente de
capital, em especial dos recursos advindos do follow on. A Companhia enxerga que há bons ativos portuários e
logísticos no mercado, que se integram bem ao presente portfólio de ativos, mesmo alguns daqueles que serão
objeto de leilões organizados pelo Ministério da Infraestrutura.
Por fim, em 2020, a Companhia intensificou o desenvolvimento de seu capital humano, a segurança de suas
operações e a implantação e o fortalecimento de suas iniciativas de sustentabilidade ambiental, social e de
governança corporativa (ESG), que já fazem parte do conjunto de valores corporativos da Companhia há anos.
Fomentar essa cultura é crucial para a sustentabilidade e para a geração de valor da Companhia no longo prazo.
A Santos Brasil está convencida que tais ações criam oportunidades de crescimento mais céleres e sustentáveis,
incentivam a atração e a retenção de talentos, além de aprimorar a gestão de riscos inerentes aos negócios da
Companhia, inclusive com redução do custo de capital da Companhia. Na página 13 deste relatório, estão
detalhadas as principais frentes de trabalho referentes a ESG.
A Administração da Santos Brasil confia que o ano de 2021 retomará a trajetória de crescimento e recuperação
dos resultados operacionais e financeiros da empresa, cujo principal indutor virá da reprecificação dos serviços
prestados, sobretudo no Porto de Santos. A Companhia deve se beneficiar, ainda, da recuperação da atividade
econômica, doméstica e mundial, que deverá estimular um aumento dos volumes operados e uma melhora no mix
de contêineres movimentados, cujo crescimento da demanda o Tecon Santos investiu para atender com
produtividade e eficiência.
A SANTOS BRASIL
A Santos Brasil é líder na operação portuária de contêineres no mercado brasileiro, sendo responsável por
aproximadamente 17% dos contêineres movimentados nos portos do País. Possui presença em Portos
Organizados localizados nas regiões Sudeste, Sul e Norte, contando com seis terminais arrendados, sendo três
terminais de contêiner, dois terminais de carga geral, e um terminal de veículos. A Companhia atua em
praticamente todas as etapas da cadeia logística, desde o embarque e descarga de contêineres e cargas gerais
dos navios, até a movimentação, armazenagem, transporte e distribuição de contêineres, cargas gerais e
veículos, sincronizando as etapas que compõem a cadeia de suprimentos e oferecendo soluções logísticas
customizadas a seus clientes.
1 Vide Apresentações publicadas e disponibilizadas no sítio eletrônico de Relações com Investidores
(www.ri.santosbrasil.com.br)
A Santos Brasil presta serviços às companhias de navegação (armadores), proprietárias dos navios e dos
contêineres, e aos donos da carga, entre eles importadores e exportadores, que atuam em diversos segmentos,
sendo os principais o setor automotivo, químico, petroquímico, farmacêutico, alimentício, eletroeletrônicos, bens
de consumo, agronegócio, entre outros.
A Companhia foi fundada em 1997 para operar o arrendamento do Terminal de Contêineres de Santos, no
Guarujá (SP), sua maior operação. Além do Tecon Santos, a Companhia conta com outros cinco terminais
portuários: (i) dois terminais de contêiner - Tecon Imbituba, em Imbituba (SC), e Tecon Vila do Conde, em
Barcarena (PA), (ii) um terminal de veículos (TEV), no Guarujá (SP) e (iii) dois terminais de carga geral - TCG
Imbituba, em Imbituba (SC) e TCG Saboó, em Santos (SP). A Santos Brasil Logística (SBLog) é a empresa de
logística integrada que possui dois Centros Logísticos Industriais Aduaneiros (CLIA), localizados nos municípios
paulistas de Santos e Guarujá, dois centros de distribuição - CD São Bernardo do Campo e CD Imigrantes - e
uma frota própria de aproximadamente 135 caminhões.
A Companhia não realizou fusões, aquisições ou cisões em 2020 e, atualmente, possui investimentos em
sociedades controladas, conforme o organograma a seguir:
Estrutura societária
Santos Brasil Participações S.A.
Total: 100% Total: 100% Total: 100% Total: 100% Total: 100%
Total: 100%
Santos Brasil
Logística S.A.
Terminal de
Veículos de Santos S.A.
Terminal Portuário
de Veículos S.A.
Numeral 80
Participações S.A.
Pará Empreendimentos
Financeiros S.A.
Convicon - Contêineres
de Vila do Conde S.A.
Participação 2020 2019
Controladas diretas:
Santos Brasil Logística S.A. 100% 100%
Terminal de Veículos de Santos S.A. 100% 100%
Terminal Portuário de Veículos S.A. 100% 100%
Numeral 80 Participações S.A. 100% 100%
Pará Empreendimentos Financeiros S.A. 100% 100%
Controlada indireta:
Convicon Contêineres de Vila do Conde S.A. 100% 100%
Os quadros a seguir representam a variação dos investimentos. A Pará Empreendimentos Financeiros S.A. é a
controladora direta da Convicon Contêineres de Vila do Conde S.A..
(R$ milhões) 2020 2019 Variação %
Controladas diretas:
Santos Brasil Logística S.A. 132,5 135,8 -2,4%
Terminal de Veículos de Santos S.A. 162,7 168,3 -3,3%
Terminal Portuário de Veículos S.A. 0,0 0,0
Numeral 80 Participações S.A. 0,2 0,2
Pará Empreendimentos Financeiros S.A. 109,0 94,2 15,7%
Total 404,4 398,5 1,5%
Controlada indireta:
Convicon Contêineres de Vila do Conde S.A. 93,9 93,9
(R$ milhões) Equivalência
Patrimonial
Aporte
(Redução)
de Capital Dividendos Outros Total
Controladas diretas:
Santos Brasil Logística S.A. -2,0 0,0 0,0 -1,0 -3,0
Terminal de Veículos de Santos S.A. 1,8 0,0 -6,9 -0,4 -5,5
Terminal Portuário de Veículos S.A. 0 0,0 0 0 0
Numeral 80 Participações S.A. -0,1 0,1 0 0 0
Pará Empreendimentos Financeiros S.A. 24,0 0,0 -4,0 -5,2 14,8
Total 23,7 0,1 -10,9 -6,6 6,3
Controlada indireta:
Convicon Contêineres de Vila do Conde S.A. 24,0 0,0 -4,0 -5,2 14,8
CONTEXTO DE MERCADO
A Balança Comercial brasileira apresentou superávit de US$50,9 bilhões em 2020, um crescimento de 5,9% em
relação a 2019. As exportações caíram 6,9%, somando US$210 bilhões, e as importações totalizaram US$159
bilhões, uma retração de 10,4% frente a 2019. A soma de exportações e importações em 2020 apresentou,
portanto, queda de 8,4% em relação a 2019, desempenho que refletiu os impactos da pandemia da COVID-19 na
atividade comercial global.
O Porto de Santos, com sua dinâmica diretamente correlacionada ao comércio exterior do País, apresentou
crescimento de 2,7% na movimentação de contêineres em 2020 em relação a 2019, segundo dados da Santos
Port Authority, apesar dos efeitos da pandemia. As exportações se demonstraram resilientes frente ao cenário
desafiador desencadeado pela pandemia, com crescimento de 7,1% na movimentação de contêineres cheios de
exportação em 2020, quando comparado a 2019. Por outro lado, a movimentação de contêineres cheios de
importação caiu 6,9% em 2020, em relação a 2019, reflexo da queda da atividade econômica doméstica
decorrente da pandemia. A movimentação de contêineres de cabotagem no Porto de Santos teve queda de 4,0%
em relação a 2019.
Em 2020, a produção brasileira de veículos caiu 31,6% em relação a 2019, segundo dados da ANFAVEA
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). A produção de veículos é um indicador
importante para a movimentação de contêineres importados no Porto de Santos, devido ao abastecimento de
peças e componentes às montadoras instaladas no País. Quanto às exportações de veículos, houve queda de
24,3% em 2020 versus 2019, principalmente devido à crise econômica na Argentina, principal mercado comprador
de veículos leves exportados pelo Brasil, agravada pela pandemia. Como resultado, o volume do TEV (Terminal
de Veículos) apresentou redução de 13,6% na movimentação total de veículos em 2020, diminuindo sua taxa de
ocupação para 51% (versus 59% em 2019; cálculo sobre uma capacidade de 300 mil veículos).
ESTRATÉGIA E MODELO DE NEGÓCIOS
A Santos Brasil continuará buscando em 2021 o máximo retorno de seus ativos, seguindo estratégia pautada na
promoção da competitividade de seus clientes, baseada em cinco pilares: (i) excelência na prestação dos
serviços; (ii) ética e transparência; (iii) desenvolvimento humano; (iv) meio ambiente; e (v) segurança. Os avanços
obtidos no aumento da eficiência e produtividade das operações, com foco no resultado e suportados pela
disciplina na alocação de capital, continuarão, principalmente através de inovação tecnológica e melhorias de
processos.
Os investimentos no Tecon Santos, que fazem parte do Projeto Executivo objeto da prorrogação antecipada do
arrendamento do terminal, totalizaram R$203,4 milhões em 2020 e a expectativa é que superem R$250 milhões
em 2021. A primeira fase do projeto, iniciada em 2018 com a aquisição de equipamentos, permanece em curso,
com a obra de ampliação e reforço do cais do TEV/Tecon Santos, iniciada em janeiro de 2020, dentro do
cronograma inicial e com previsão de término no 2º semestre de 2021. Dentre os equipamentos novos adquiridos,
dois guindastes de cais STS (ship-to-shore) foram entregues em fevereiro de 2020 e já promoveram aumento na
eficiência operacional do Tecon Santos ao longo do ano.
A obra do Tecon Santos adicionará 220 metros ao cais atual, que passará a ter 1.510 metros de extensão
(considerando os 310 metros do cais do TEV). A nova infraestrutura de berços de atracação inclui o reforço do
estaqueamento de todo o cais e, posteriormente, o aprofundamento de seu calado para 16 metros. A obra de
expansão e reforço do cais, somada aos novos guindastes e demais equipamentos adquiridos, permitirá ao Tecon
Santos operar, concomitantemente, três navios de 366 metros de comprimento, da classe New Panamax, que em
breve deverão iniciar operações na costa brasileira. A conclusão da primeira fase do projeto em 2021 reforçará a
vantagem competitiva do Tecon Santos, proporcionando aumento de capacidade e importante ganho de
produtividade às atividades de cais e pátio de armazenagem de contêineres.
PERSPECTIVAS E OPORTUNIDADES
Em 2020, os resultados operacionais da Companhia foram impactados pela pandemia do novo coronavírus
(COVID-19). Em que pese o contexto desafiador, a Companhia continuou aperfeiçoando sua estrutura
organizacional, com a criação de áreas estratégicas como a de M&A (Fusões e Aquisições), Pricing e Customer
Experience, além da reestruturação de outras Diretorias, com destaque para a Comercial e de Gente & Gestão.
A Santos Brasil concluiu, no início de 2020, seu Plano Estratégico de Longo Prazo, que foi iniciado em 2019 e
envolveu a liderança da Companhia e seu Conselho de Administração, além do auxílio de uma consultoria
estratégica de primeira linha. Para colocar em prática o plano estratégico, a Companhia realizou em setembro de
2020 uma oferta primária de ações (follow-on), captando cerca de R$790 milhões no mercado de capitais. Os
recursos serão utilizados na expansão e diversificação do portfólio de negócios da Companhia, através de três
avenidas de crescimento principais: (i) expansão na atuação portuária, com participação em licitações de
terminais portuários, (ii) crescimento inorgânico da SBLog e (iii) crescimento inorgânico no negócio de terminais
portuários de contêiner.
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terça-feira, 9 de março de 2021 às 01:02:52
6 – São Paulo, 131 (45) Diário Of‌i cial Empresarial terça-feira, 9 de março de 2021
SANTOS BRASIL PARTICIPAÇÕES S.A. E CONTROLADAS - CNPJ/MF nº 02.762.121/0001-04
Relatório da Administração
Uma segunda perspectiva de crescimento dos negócios da Companhia deriva dos investimentos que estão sendo
aplicados na expansão e modernização dos ativos atuais, principalmente no Tecon Santos, que permitirá à
Companhia ampliar a capacidade de seu terminal a fim de atender a demanda futura potencial do Porto de
Santos, com maior produtividade e eficiência. Observa-se um maior equilíbrio entre oferta e demanda no citado
porto, muito afetado entre os anos de 2014 e 2017, quando a crise econômica no Brasil impactou sobremaneira
a demanda de contêineres, deixando praticamente todos os terminais com excessiva capacidade ociosa. O
mencionado desequilíbrio de mercado deprimiu os preços praticados pela Companhia, inclusive o box-rate (preço
do serviço de embarque e descarga de contêineres dos navios), cuja perspectiva de recomposição se mostra
positiva. Nesta seara, ao longo de 2020, a Companhia renovou contratos com alguns de seus clientes (companhias
de navegação), estabelecendo condições comerciais mais favoráveis aos seus negócios. Em tempo, a Companhia
encontra-se em negociação com um dos seus principais clientes armador, cujo contrato vigente expira em
31.03.2021, com expectativa de renovação em termos favoráveis para ambas as partes.
A Santos Brasil renovou, em novembro de 2020, o contrato de arrendamento transitório de instalação portuária
localizada na região do Saboó, na margem direita do Porto de Santos, que continuará a ser explorada, pelo prazo
de 180 dias, contado a partir de 12 de novembro de 2020. A Companhia movimentará cargas de projeto e geral,
conteinerizada ou não. No início de 2021, a Santos Port Authority realizou nova licitação para a exploração
provisória de mais uma área na região do Saboó, em que a Santos Brasil teve sua oferta considerada como a mais
vantajosa para a exploração, também em caráter transitório, de uma área de 64.412 m². Além de cargas de projeto
e geral, a Companhia deverá operar nesta área contêineres vazios. A operação de duas áreas localizadas na
região do Saboó, totalizando mais de 100 mil m², permitirá a Companhia reforçar a sua presença no Porto de Santos
e ampliar a gama de serviços prestados à sua base atual e potencial de clientes na margem direita do Porto.
No Tecon Vila do Conde, os investimentos realizados entre 2018 e 2020 na compra de equipamentos novos, na
modernização da infraestrutura do terminal e na expansão da área de armazenagem aumentaram a capacidade
dinâmica de movimentação de contêineres em aproximadamente 50%, para 217 mil TEU ao ano. Em 2020, as
melhorias continuaram com a automação de gates e a aplicação de outros sistemas de tecnologia desenvolvidos
e utilizados atualmente no Tecon Santos. O Tecon Vila do Conde deverá continuar crescendo em 2021, com as
exportações de commodities minerais e agropecuárias da região Norte do País em franca expansão. O transporte
doméstico de cabotagem, com fluxo de cargas entre o Norte e o Sul do País, foi reduzido em 2020 devido à
pandemia, porém deverá apresentar recuperação em 2021, em compasso com a atividade econômica doméstica.
Em Imbituba, o terminal de contêineres seguirá em busca de novos serviços, com perspectiva de manutenção do
atual serviço de cabotagem. No terminal de carga geral (TCG Imbituba) a expectativa é de aumento na
movimentação de carga geral, principalmente celulose e alimentos, fruto de contratos celebrados em 2020.
No TEV (Terminal de Veículos), as exportações para o mercado argentino podem apresentar uma discreta
recuperação, a depender da retomada econômica do país, impactando positivamente o volume do terminal. Nas
importações de veículos, com o aquecimento da economia brasileira e uma potencial valorização cambial, os
volumes devem crescer, gerando melhores resultados para o TEV devido às operações de armazenagem que as
importações geram.
Quanto à Santos Brasil Logística, que passou por recente reestruturação nas áreas operacional e comercial, a
perspectiva é de melhora na rentabilidade dos contratos, com uma gestão de custos mais eficaz e mudança no
processo de precificação dos serviços prestados, que se desvinculou da estrutura comercial com a criação da
área de Pricing pela Diretoria Econômico-Financeira. A retomada das importações no Porto de Santos também
deverá impulsionar as operações da SBLog. Em 2020, a Companhia inaugurou um novo Centro de Distribuição,
denominado CD Imigrantes, aumentando em cerca de 30% a capacidade da SBLog em armazenagem geral e
ampliando a oferta de operações verticalizadas do porto à porta.
DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO
Desempenho operacional
UNIDADES 2020 2019 Variação %
TERMINAIS PORTUÁRIOS
Operações de cais - contêineres 1.078.992 1.169.014 -7,7%
Contêineres Cheios 807.288 898.046 -10,1%
Contêineres Vazios 271.704 270.968 0,3%
Operações de cais - carga geral (ton) 281.422 191.744 46,8%
Operações de armazenagem 127.607 141.295 -9,7%
LOGÍSTICA
Operações de armazenagem 46.513 56.330 -17,4%
TERMINAL DE VEÍCULOS
Veículos movimentados 153.511 177.699 -13,6%
Exportação 134.251 153.916 -12,8%
Importação 19.260 23.783 -19,0%
TERMINAIS PORTUÁRIOS
UNIDADES 2020 2019 Variação %
TERMINAIS PORTUÁRIOS
Tecon Santos 937.424 1.016.793 -7,8%
Contêineres Cheios 723.232 811.400 -10,9%
Contêineres Vazios 214.192 205.393 4,3%
Tecon Imbituba 41.678 47.959 -13,1%
Contêineres Cheios 25.508 28.094 -9,2%
Contêineres Vazios 16.170 19.865 -18,6%
TCG Imbituba
Carga Geral (ton) 281.344 190.165 47,9%
Tecon Vila do Conde 99.890 104.262 -4,2%
Contêineres Cheios 58.548 58.552 0,0%
Contêineres Vazios 41.342 45.710 -9,6%
Carga Geral (ton) 78 1.579 333,3%
A consolidação das três operações de contêineres no segmento de Terminais Portuários apresentou queda de
7,7% no volume operado em 2020, totalizando 1.078.992 contêineres movimentados. O mix de contêineres
cheios registrado pela Companhia em 2020 foi de 74,8% (versus 76,8% em 2019). A retração de volume teve
como principal causa a pandemia da COVID-19 na atividade econômica global.
O volume de contêineres do Porto de Santos cresceu 2,7% em 2020 em relação a 2019, impulsionado pelas
exportações, resilientes aos efeitos da pandemia. O Tecon Santos totalizou 937.424 movimentações de
contêineres em 2020, queda de 7,8% em relação a 2019, reflexo de sua elevada exposição a serviços com maior
mix de importação, que sofreu maior impacto da pandemia. Com a queda de volume, a taxa de utilização do Tecon
Santos caiu para 73,9% em 2020 (versus 83,1% em 2019). A participação de mercado do terminal no Porto de
Santos retraiu para 35,6% em 2020, de 39,5% em 2019. A diminuição do market share ocorreu devido à maior
exposição do Tecon Santos a serviços de importação, que foram mais impactados pela desaceleração econômica
doméstica devido à pandemia da COVID-19. Por outro lado, as exportações permaneceram aquecidas,
principalmente devido à essencialidade dos produtos exportados do Brasil para o mundo, representados, em sua
maioria, por commodites agropecuárias.
O volume movimentado do Tecon Santos em 2020 caiu 10,9% em contêineres cheios e subiu 4,3% em vazios. Na
movimentação de contêineres cheios, houve queda de 9,3% na importação (208.717 unidades) e de 10,3% na
exportação (206.541 unidades), em comparação a 2019. A queda na exportação ocorreu devido à saída de um
serviço de exportação do terminal em meados de 2019.
O Tecon Imbituba movimentou 41.678 contêineres em 2020, uma queda de 13,1% comparado a 2019, em
decorrência da retração no transporte de carga via cabotagem do serviço que opera no terminal, principalmente
nos embarques de arroz. Por outro lado, a movimentação de carga geral do Terminal de Carga Geral (TCG
Imbituba) cresceu 47,9% em relação a 2019, totalizando 281.344 toneladas. A Companhia iniciou operações de
embarque de celulose e commodities alimentícias no fim do 2T20, que impulsionaram os volumes do TCG
Imbituba (Terminal de Carga Geral).
Em 2020, o volume de contêineres movimentados no Tecon Vila do Conde retraiu 4,2% em relação a 2019,
totalizando 99.890 contêineres. A queda foi concentrada em contêineres vazios (-9,6%), com estabilidade
ano-contra-ano na movimentação de contêineres cheios, com destaque para as exportações de carga refrigerada
(i.e. carne bovina e frutas) e importações de carga de projeto para mineradoras localizadas na Região Norte.
As operações de armazenagem da Santos Brasil Logística totalizaram 46.513 contêineres em 2020, uma queda
de 17,4% em relação a 2019, devido à retração nas importações no Porto de Santos, decorrente dos impactos da
pandemia da COVID-19.
O Terminal de Veículos movimentou 153.511 veículos em 2020, uma queda de 13,6% em relação a 2019,
causada tanto pelo menor volume de importações, decorrente do desaquecimento econômico e da desvalorização
cambial, quanto pelo volume de exportações de veículos para o mercado argentino.
DESEMPENHO FINANCEIRO
Receita Bruta dos Serviços
R$ milhões 2020 2019 Variação %
TERMINAIS PORTUÁRIOS 770,3 788,2 -2,3%
Operações de cais 404,0 438,6 -7,9%
Operações de armazenagem 366,3 349,6 4,8%
LOGÍSTICA 277,6 292,1 -5,0%
TERMINAL DE VEÍCULOS 50,1 64,7 -22,6%
Eliminações -11,0 -9,8 12,2%
Consolidado 1.087,0 1.135,2 -4,3%
A receita bruta consolidada da Companhia diminuiu 4,3% em 2020 em relação a 2019. A partir de agosto de 2019,
a Santos Port Authority (antiga CODESP) passou a cobrar a TUP (Tarifa de Utilização Portuária) diretamente do
armador, antes faturada contra os terminais portuários. A Companhia descontou o valor da TUP dos preços
praticados (box rate), referentes à movimentação de contêineres no cais do Tecon Santos. Desta maneira, torna-
se prejudicada a comparação da receita das operações de cais de 2020 em relação a 2019.
A receita bruta de operações de cais caiu 7,9% em 2020, decorrente do mencionado efeito da TUP e do menor
volume de contêineres movimentados, principalmente das importações, reflexo dos impactos da pandemia da
COVID-19. Por outro lado, a receita de armazenagem subiu 4,8%, refletindo, principalmente, aumento no ticket
médio, fruto de renegociações contratuais feitas no ano e do elevado número de escalas extras no 4T20.
Na SBLog, houve queda de 5,0% na receita bruta, reflexo do menor volume de importação no Porto de Santos e
dos efeitos da pandemia na atividade econômica doméstica, impactando alguns segmentos do setor logístico. No
TEV, a queda do volume de importação e exportação de veículos impactou a receita do terminal em 2020, que
caiu 22,6% em relação a 2019.
Receita Líquida dos Serviços
R$ milhões 2020 2019 Variação %
TERMINAIS PORTUÁRIOS 670,9 690,8 -2,9%
Operações de cais 359,8 395,4 -9,0%
Operações de armazenagem 311,1 295,4 5,3%
LOGÍSTICA 226 237,2 -4,7%
TERMINAL DE VEÍCULOS 42,6 53,5 -20,4%
Eliminações -9,9 -9,0 10,0%
Consolidado 929,6 972,5 -4,4%
A receita líquida consolidada em 2020 caiu 4,4% em relação a 2019, totalizando R$929,6 milhões.
Custo dos Serviços Prestados
R$ milhões 2020 2019 Variação %
TERMINAIS PORTUÁRIOS
Custos com movimentação 81,1 104,8 -22,7%
Custos com pessoal 234,6 236,0 -0,6%
Depreciação e amortização 115,7 100,0 15,7%
Outros custos 95,9 91,1 5,3%
Total 527,3 531,9 -0,9%
LOGÍSTICA
Custos com movimentação 58,1 70,0 -17,1%
Custos com pessoal 54,6 53,9 1,3%
Depreciação e amortização 16,7 16,5 1,2%
Outros custos 28,9 26,3 9,5%
Total 158,3 166,7 -5,2%
TERMINAL DE VEÍCULOS
Custos com movimentação 12,7 12,9 -1,6%
Depreciação e amortização 16,1 15,4 4,5%
Outros custos 4,3 4,4 -2,3%
Total 33,1 32,7 0,9%
Eliminações -9,9 -9,0 10,0%
Consolidado 708,8 722,3 -1,9%
Os custos dos serviços prestados de 2020 da Companhia somaram R$708,8 milhões, representando uma queda
de 1,9% em relação a 2019. O destaque foi a queda de 22,7% nos custos com movimentação de Ter minais
Portuários, essencialmente de natureza variável, devido aos menores volumes movimentados e à mudança no
regime de cobrança da TUP (Tarifa de Utilização Portuária) pela SPA. Com o fim do recolhimento da TUP dos
terminais portuários, a Companhia deixou de incorrer em tal custo, na mesma proporção da queda na receita,
conforme mencionado no item anterior. Apesar de comprometer a comparação de custos entre 2020 e 2019, a
alteração no regime da TUP não causou impacto no lucro bruto. Em ‘Outros Custos’, representados principalmente
por manutenção, locação de equipamentos e outros serviços terceirizados, houve acréscimo de 5,3% em 2020
em relação a 2019.
Na SBLog, a queda no volume de contêineres armazenados diminui os custos com movimentação em 2020
(-17,1% ano-contra-ano), representados, principalmente, por frete e comissões de vendas. O TEV apresentou
quedas nos custos totais em 2020 (+0,9% versus 2019), devido a maiores custos com depreciação e amortização.
Por outro lado, a queda na movimentação de veículos diminuiu os custos com movimentação em 1,6% em 2020
versus 2019.
Despesas Operacionais
R$ milhões 2020 2019 Variação %
TERMINAIS PORTUÁRIOS
Vendas 38,3 41,0 -6,6%
Gerais, administrativas e outras 11,7 11,4 2,6%
Depreciação e amortização 0,2 0,1 100,0%
Total 50,2 52,5 -4,4%
LOGÍSTICA
Vendas 63,4 64,2 -1,1%
Gerais, administrativas e outras 5,1 6,1 -16,4%
Depreciação e amortização 0,1 0,1
Total 68,6 70,4 -2,4%
TERMINAL DE VEÍCULOS
Vendas 2,5 2,6 -3,8%
Gerais, administrativas e outras 0,9 0,7 28,6%
Depreciação e amortização
Total 3,4 3,3 3,0%
CORPORATIVO
Gerais e administrativas 35,7 34,3 4,1%
Depreciação e amortização 3,6 3,6
Total 39,3 37,9 3,7%
Consolidado 161,5 164,0 -1,5%
As despesas da Companhia em 2020 somaram R$161,5 milhões, uma queda de 1,5% em relação a 2019.
Em valores absolutos, os destaques foram as reduções nas despesas com vendas em Ter minais Portuários
(-6,6%) e da SBLog (-1,1%), principalmente comissões de vendas, e nas despesas gerais e administrativas da
SBLog. Houve, entretanto, efeito líquido positivo não-recorrente no montante de R$5,6 milhões que contribuiu
para reduzir o montante de despesas operacionais em 2020 (versus impacto positivo não-recorrente de R$8,4
milhões em 2019). O detalhamento dos itens não-recorrentes está descrito na sessão “EBITDA e Margem
EBITDA” deste relatório.
EBITDA e Margem EBITDA
R$ milhões 2020 Margem EBITDA % 2019 Margem EBITDA % % Variação
Terminais Portuários 209,3 31,2% 206,4 29,9% 1,4%
Logística 16,0 7,1% 16,6 7,0% -3,6%
Terminal de Veículos 22,2 52,2% 32,9 61,5% -32,4%
Corporativo -35,7 -34,3 4,1%
Consolidado 211,9 22,8% 221,6 22,8% -4,4%
Itens não recorrentes -5,6 0,3 1.966,7%
Consolidado recorrente 206,2 22,2% 221,9 22,8% -7,1%
Como resultado do mencionado desempenho operacional das receitas, custos e despesas, a Companhia
registrou EBITDA consolidado de R$211,9 milhões em 2020, que representa uma queda de 4,4% comparado a
2019, com manutenção da margem EBITDA em 22,8%.
A Companhia incorreu em 2020 em itens não-recorrentes (one-offs) no valor líquido de R$5,6 milhões. O saldo é
resultado de receitas e despesas extraordinárias. Os ganhos não-recorrentes somaram R$8,6 milhões, cujos
fatos geradores foram: variação cambial positiva do acordo judicial com a empresa Zhenhua pelo uso do cais do
Tecon Santos, venda de semi-reboques e de caminhão pela SBLog, venda de um guindaste MHC e material de
almoxarifado pelo Tecon Vila do Conde e correção do cálculo e mudança no índice FAP (Fator Acidentário de
Prevenção).
As despesas não-recorrentes totalizaram R$3,0 milhões no ano e são representadas por: despesas com
consultoria estratégica, baixa contábil pela venda de veículos na SBLog, custo da venda de materiais no Tecon
Vila do Conde e variação cambial negativa do acordo judicial com a empresa Zhenhua.
20,0% 20,6%
EBITDA (R$ Milhões) e Margem EBITDA (%)
22,8% 22,8%
2020
212
2017
165
2018
189
2019
222
RESULTADO LÍQUIDO
R$ milhões 2020 2019 Variação %
EBITDA 211,9 221,6 -4,4%
Depreciação e Amortização 152,4 135,7 12,3%
EBIT 59,5 86,0 -30,7%
Resultado Financeiro -77,2 -61,0 26,6%
IRPJ / CSLL 3,9 -9,6 -140,6%
Resultado Líquido -13,8 15,4 -190,2%
Em 2020, a Companhia apurou prejuízo líquido de R$13,8 milhões, frente a um Lucro Líquido de R$15,4 milhões
em 2019. De acordo com o Estatuto Social da Companhia, sobre o lucro líquido do exercício incidirão as seguintes
deduções ou acréscimos, realizados decrescentemente e na seguinte ordem:
(a) 5% (cinco por cento) para a formação da Reserva Legal, que não excederá 20% (vinte por cento) do capital
social. A constituição da Reserva Legal poderá ser dispensada no exercício em que o saldo da mesma, acrescido
do montante das reservas de capital, exceder a 30% (trinta por cento) do Capital Social;
(b) Montante destinado à formação de Reservas para Contingências e reversão das formadas em exercícios
anteriores;
(c) Lucros a Realizar e Reversão dos Lucros anteriormente registrados nessa reserva que tenham sido realizados
no exercício;
(d) 25% (vinte e cinco por cento) para pagamento do dividendo mínimo obrigatório; e
A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO SA garante a autenticidade deste
documento quando visualizado diretamente no portal
www.imprensaoficial.com.br
terça-feira, 9 de março de 2021 às 01:02:52

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