Balanço - RAIZEN ENERGIA S.A

Data de publicação01 Junho 2021
SectionCaderno Empresarial
4 – São Paulo, 131 (102) Diário Of‌i cial Empresarial terça-feira, 1º de junho de 2021
Atendendo às disposições legais e estatutárias, a Administração da Raízen
Energia S.A. apresenta-lhes, a seguir, o Relatório da Administração e as
Demonstrações Financeiras Consolidadas preparadas de acordo com o In-
ternational Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo International
Accounting Standards Board (IASB) e também com base nas práticas con-
tábeis adotadas no Brasil e normas da Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). A Companhia adotou todas as normas, revisões de normas e inter-
pretações emitidas pelo IASB e que são efetivas para as demonstrações fi-
nanceiras findas de 31 de março de 2021. Performance Operacional: A
seguir são apresentados os resultados consolidados da Raízen Energia,
cuja principal atividade é a produção e a comercialização de produtos deri-
vados da cana-de-açúcar, incluindo açúcar bruto (denominado VHP) e bran-
co, etanol anidro e hidratado, além das atividades relacionadas à cogeração
de energia a partir da biomassa e operações de trading de etanol e energia.
O exercício social da Raízen Energia tem início em abril e término em março
de cada ano. Este relatório aborda os resultados do trimestre que se inicia
em 1º de janeiro de 2021 e termina em 31 de março de 2021 (4T’21), e do
ano que se inicia em 1º de abril de 2020 e termina em 31 de março de 2021
(ano safra 2020/21). Highlights Econômico-Financeiros - Combinado e
Consolidado: Adoção CPC 06 (R2)/IFRS 16 - Operações de Arrenda-
mento Mercantil: Desde 1º de abril de 2019, o Grupo aplicou a IFRS 16 -
Leases, que diz respeito aos princípios de contabilização de arrendamen-
tos, e substitui a IAS 17 - Leases e suas interpretações. A Raízen optou pela
abordagem retrospectiva modificada, sem reapresentar as Demonstrações
Financeiras Consolidadas da safra 2018/19. Em suma, no Balanço Patrimo-
nial, passou-se a reconhecer os contratos de arrendamento como direito de
uso - contabilizados no ativo, bem como passivos de arrendamento, que
representam a obrigação de efetuar os pagamentos destes contratos. Na
Demonstração de Resultados deixou-se de registrar despesas de arrenda-
mento pelas parcelas incorridas no período e passou-se a registrar despe-
sas de depreciação do direito de uso (impactando custos ou despesas),
bem como os encargos financeiros de juros sobre os passivos de arrenda-
mento que passaram a impactar o resultado financeiro. Vale destacar que
não há nenhum impacto na Demonstração de Fluxo de Caixa pela adoção
da referida nova norma contábil. Para manter a comparabilidade, segrega-
mos o efeito dessa norma nas sessões subsequentes.
Definições
4T’20: trimestre encerrado em 31 de março de 2020.
3T’21: trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2020.
4T’21: trimestre encerrado em 31 de março de 2021.
FY 2020: Início em 1° de abril de 2019 e término em 31 de março de 2020.
FY 2021: Início em 1° de abril de 2020 e término em 31 de março de 2021.
EBITDA LTM: Últimos 12 meses (de 1º de abril de 2020 até 31 de março
de 2021).
Agroindustrial - Safra 2020/21: A moagem da safra foi encerrada com
61,5 MM t (+3%) e produção de 8,3 MM t de açúcar equivalente (+7%),
reflexo da melhor produtividade agrícola (10,2 ATR/ha, 6%), com 52% do
mix de produção destinado ao açúcar. Os investimentos do plano de melho-
rias operacionais impulsionaram aumento na disponibilidade de produtos e
na captura de ganhos de eficiência, reduzindo em 3% o custo caixa unitário
(ex-CONSECANA) no ano. Renováveis: o EBITDA ajustado atingiu
R$ 533 milhões (-32%) no 4T’21 e R$ 2,2 bilhões no ano-safra (-9%),
pressionados pela menor contribuição de revenda & trading de energia elé-
trica na comparação entre períodos. Este efeito foi parcialmente compensa-
do pelo aumento de volume de etanol próprio vendido, com preços médios
de venda superiores. Açúcar: EBITDA ajustado do 4T’21 alcançou R$ 513
milhões (-34%), reflexo da redução de 33% no volume próprio vendido.
na safra, o EBITDA ajustado registrou expansão de 60%, totalizando
R$ 1,7 bilhão. O melhor resultado do exercício se deu em razão do volume
próprio 16% superior, com preços médios 30% melhores, e redução nos
custos. Estes efeitos evidenciam a assertividade da estratégia da Raízen de
maximizar a rentabilidade do portfólio através da otimização do mix de pro-
dução, da ampliação de atuação na cadeia do açúcar e dos hedges. A. Açú-
car e Renováveis: Operação Agroindustrial de cana-de-açúcar: Apre-
sentaremos abaixo as informações sobre Produção Agrícola e Industrial,
além das informações de custo caixa e investimentos da Raízen Energia,
composta pelos novos grupos de reporte “Açúcar” e “Renováveis”. A região
Centro-Sul do Brasil registrou moagem total de 606 milhões (+3%) de
toneladas de cana-de-açúcar processadas na safra 2020/21, de acordo
com a UNICA. Esta expansão, junto à maior concentração de ATR na planta,
reflexo do clima mais seco, levou a maior disponibilidade de produto, com
crescimento de 7% na produção de açúcar equivalente comparada ao ciclo
anterior. O mix de produção terminou a safra direcionado para a produção
de etanol (54%), porém, com queda comparado aos 65% da safra 2019/20,
explicado pelo aumento da rentabilidade do açúcar frente ao biocombustível.
Açúcar e Renováveis 4T’21 4T’20 Varia-
ção % YTD
2021 YTD
2020 Varia-
ção %
Operacional
Cana moída (Mln ton) n/a 61,5 59,6 3,2%
Produção de Açúcar
Equivalente (000’ ton) 8,8 10,6 -16,7% 8.295,7 7.788,2 6,5%
Produtividade Agrícola
(ATR/ha) n/a 10,2 9,6 5,8%
Mix de Produção
(% Açúcar - Etanol) 0% vs
100% 0% vs
100% n/a 52% vs
48% 49% vs
51% n/a
Financeiro
Custo Caixa Açúcar
Equivalente (R$/ton) (883,2) (783,8) 12,7% (807,8) (753,1) 7,3%
Custo Caixa Açúcar
Equivalente - excl. Efeito
CONSECANA (R$/ton) (805,4) (783,8) 2,8% (730,0) (753,1) -3,1%
Investimentos (R$ Mln) 1.267,5 1.004,4 26,2% 2.896,4 2.826,8 2,5%
Capex Manutenção 799,4 689,3 16,0% 2.042,4 2.075,5 -1,6%
Capex Operacional 296,5 204,0 45,4% 502,6 376,6 33,5%
Capex Projetos 171,6 111,1 54,5% 351,4 374,7 -6,2%
Na Raízen, o processamento de cana-de-açúcar da safra 2020/21
somou 61,5 milhões de toneladas (+3%) de cana moída com produção
recorde de 8,3 milhões de toneladas de açúcar equivalente (7%) e mix 52%
voltado para o açúcar. A maior produtividade agrícola do período (10,2 kg
ATR/ha, 6%) foi consequência dos investimentos que vêm sendo realizados
para maximização do yield (TCH) dos canaviais e também do maior ATR,
fruto do clima mais seco. A melhor produtividade levou a uma maior
disponibilidade de produtos para vendas. Os investimentos do ano-safra
2020/21 somaram R$ 2,9 bilhões (+3%) crescimento explicado pelo plano
de melhorias operacionais, pela inflação e aumento da taxa de câmbio no
período. Estes elementos foram parcialmente compensados pela contínua
captura de eficiência nos nossos processos. Ainda refletindo os ganhos de
eficiência já alcançados, nosso custo caixa unitário (ex-CONSECANA) para
a safra 2020/21 encolheu 3% em comparação ao período anterior,
evidenciando o resultado da jornada de eficiência da companhia.
A.1. Renováveis: O volume de vendas de etanol da Raízen caiu 16% no
4T’21, reflexo da menor contribuição de revenda & trading comparativamente
ao 4T’20 (-43%). Já o volume vendido de etanol próprio cresceu 28% no
período, em função dos preços mais atrativos para o biocombustível, que
atingiram R$ 2.830/m³ (+23%). A receita líquida de etanol totalizou R$ 3,7
bilhões no trimestre (+3%), refletindo os melhores preços, compensando o
menor volume de revenda e trading no período. Na safra, o volume total
vendido de etanol foi 11% inferior, puxado pela redução de volumes de
terceiros (-24%) e parcialmente compensado pela expansão (+5%) no
volume próprio. A receita líquida de etanol na safra 20’21 foi de R$ 12,4
bilhões (+8%) com o menor volume de vendas total sendo compensado
pelo aumento dos preços. Já o volume comercializado de energia elétrica
aumentou 5% no trimestre, impulsionado por revenda & trading. A
expansão nas vendas foi compensada pela queda de 29% nos preços
médios realizados, gerando redução de 26% na receita líquida de
energia elétrica, que atingiu R$ 495 milhões no 4T’21. Na safra, o volume
vendido de energia encolheu 31%, majoritariamente em revenda e trading,
em razão de preços menos atrativos no mercado spot. Desta forma, a
receita líquida da safra 2020/21 totalizou R$ 2,1 bilhões (-45%), em função
do menor volume com preços médios de venda inferiores (R$ 114/MWh,
-21%). O EBITDA ajustado atingiu R$ 533 milhões (-32%) no 4T’21 e
R$ 2,2 bilhões no ano-safra (-9%), pressionado pela menor contribuição
dos resultados de revenda e trading de energia elétrica comparado à safra
2019/20. Este efeito foi parcialmente compensado pelo aumento no volume
vendido de etanol próprio, com preços médios de venda superiores.
Renováveis 4T’21 4T’20 Varia-
ção % YTD
2021 YTD
2020 Varia-
ção %
Volume Vendas
Etanol (‘000 m³) 1.320 1.571 -16% 4.749 5.325 -11%
Próprio 766 598 28% 2.519 2.398 5%
Revenda & Trading 554 973 -43% 2.230 2.927 -24%
Receita Líquida
Etanol (R$ Mln) 3.735,9 3.618,9 3,2% 12.439,0 11.480,2 8,4%
Preço Médio Etanol
Total (R$/m³) 2.830,3 2.303,9 22,9% 2.619,2 2.156,0 21,5%
Volume Vendas
Energia Elétrica
(‘000 MWh) 4.687 4.472 5% 18.562 26.879 -31%
Própria 10 46 -77% 2.068 2.146 -4%
Trading 4.676 4.426 6% 16.494 24.733 -33%
Receita Líquida
Energia Elétrica
(R$ Mln) 494,7 667,3 -25,9% 2.109,6 3.866,0 -45,4%
Preço Médio
Energia Elétrica
Total (R$/MWh) 105,6 149,2 -29,3% 113,7 143,8 -21,0%
Preço Médio
Energia Elétrica
Própria (R$/MWh) 549,7 313,7 75,2% 247,5 235,0 5,3%
Receita Líquida
Outras (R$ Mln) 143,2 69,5 >100% 607,2 766,7 -20,8%
Receita Líquida
Renováveis
(R$ Mln) 4.373,8 4.355,7 0,4% 15.155,8 16.112,9 -5,9%
EBITDA (R$ Mln) 803,0 975,8 -17,7% 2.907,1 2.899,7 0,3%
Efeitos do Ativo
Biológico (76,3) (21,3) >100% (200,6) (7,6) >100%
Efeito IFRS 16 (169,8) (173,5) -2% (556,8) (481,9) 16%
Outros Efeitos
Pontuais (23,6) n/a 47,1 n/a
EBITDA Ajustado
(R$ Mln) 533,3 781,0 -31,7% 2.196,8 2.410,2 -8,9%
Estoques Etanol YTD 2021 YTD 2020 Varia-
ção %
000’ m³ 335,8 508,8 -34,0%
R$ Mln 759,2 919,2 -17,4%
R$/m³ 2.260,9 1.806,6 25,1%
766
1.320
4T'21
973
598
343
1.571
4T'20
4T’20 x 4T’21
Revenda Preço médioPróprio
Volumes Vendidos de Etanol (’000 m e R$/m)
2.304
2.830
554
2.519
4.749
YTD 2021
2.398
343
5.325
YTD 2020
FY 2020 x FY 2021
Revenda Preço médioPróprio
2.156 2.619
2.230
2.927
10
4T'21
46
4T'20
4T’20 x 4T’21
Preço médioPróprio
Volumes Vendidos de Energia Elétrica Própria (’000 MWh e R$/MWh)
314 550
2.068
YTD 2021
2.146
YTD 2020
FY 2020 x FY 2021
Preço médio
Próprio
235 248
A.2. Açúcar: O volume vendido de açúcar da Raízen apresentou
aumento de 9% no trimestre, em função da expansão da operação de
originação e revenda. Já o volume próprio foi 33% inferior no 4T’21, refletindo
a estratégia comercial da safra, com menor concentração de vendas neste
trimestre. A receita líquida de açúcar alcançou R$ 3,4 bilhões no 4T’21
(+49%), beneficiada pela captura de preços médios 38% superiores, além
do maior volume. Na safra 2020/21, o volume de vendas registrou
crescimento (+88%), explicado pelo maior volume produzido e expansão
das operações de originação e revenda, em linha com a estratégia da
Raízen de ampliar sua atuação na cadeia de valor do açúcar. O preço médio
de açúcar atingiu R$ 1.549/ton (+30%), resultado da estratégia de hedge da
companhia, capturando melhores preços. A receita líquida de Açúcar
totalizou R$ 11,4 bilhões no exercício, mais que duas vezes acima da
receita registrada na safra 2019/20. A operação de Açúcar alcançou
EBITDA ajustado de R$513 milhões (-34%) no 4T’21, reflexo da redução
no volume próprio vendido no período. Já na safra 2020/21, o EBITDA
ajustado registrou expansão de 60%, totalizando R$ 1,7 bilhão, em
função do maior volume próprio vendido, dos melhores preços médios e da
redução de custos.
Açúcar 4T’21 4T’20 Varia-
ção % YTD
2021 YTD
2020 Varia-
ção %
Volume Vendas
(000’ ton) 2.042 1.881 9% 7.345 3.901 88%
Próprio 1.213 1.803 -33% 4.303 3.723 16%
Revenda & Trading 829 77 >100% 3.042 177 >100%
Receita Líquida
(R$ Mln) 3.437,9 2.302,8 49,3% 11.376,3 4.646,8 >100%
Preço Médio
realizado (R$/ton) 1.684,0 1.224,4 37,5% 1.548,9 1.191,3 30,0%
EBITDA (R$ Mln) 779,9 963,5 -19,1% 2.574,7 1.529,5 68,3%
Efeitos do Ativo
Biológico (82,6) (20,5) >100% (240,7) (5,3) >100%
Efeito IFRS 16 (184,0) (166,7) 10,4% (643,1) (467,4) 37,6%
EBITDA Ajustado
(R$ Mln) 513,4 776,3 -33,9% 1.690,9 1.056,8 60,0%
Estoques Açúcar YTD
2021 YTD
2020 Varia-
ção %
000’ ton 198,4 142,5 39,2%
R$ Mln 235,4 132,2 78,1%
R$/ton 1.186,5 927,7 27,9%
1.213
2.042
4T'21
1.803
343
1.881
4T'20
4T’20 x 4T’21
Revenda Preço médioPróprio
Volumes Vendidos de Açúcar (’000 tonelada e R$/tonelada)
1.224
1.684
82977
4.303
7.345
YTD 2021
3.723
343
3.901
YTD 2020
FY 2020 x FY 2021
Revenda Preço médioPróprio
1.191 1.549
3.042
177
A posição de volumes e preços de açúcar fixados com tradings ou via
instrumentos financeiros derivativos, em Dólar Americano e convertido para
Reais, até 31/03/2021 respectivamente, são resumidas como segue:
Sumário das Operações de Hedge de Açúcar 2021/22 2022/23
Volume (000’ ton) 2.164,0 1.845,0
Preço médio (¢R$/lb)* 66,5 77,7
Preço médio (¢US$/lb)* 13,5 13,2
* Inclui prêmio de polarização
Reorganização da apresentação do Relatório de Resultados e conside-
rações sobre as informações financeiras: Desde o 3T’21, apresentamos
os resultados da Raízen de forma a refletir seus produtos vendidos e ser-
viços prestados, com o objetivo de aprimorar e ampliar o entendimento
da forma como a Raízen captura valor em toda a cadeia de atuação. Na
tabela a seguir, está demonstrada a reconciliação do EBITDA ajustado da
Raízen do período de abril de 2020 a março de 2021, mostrando a que-
bra utilizada até o 2T’21 e a nova forma de reporte adotada a partir do
3T’21, conforme a seguir:
YTD 2021
EBITDA (Mln R$) Raízen Energia
Açúcar 2.574,7
Renováveis 2.907,1
Marketing & Serviços 23,0
Ajustes e Eliminações
Total EBITDA 5.504,8
EBITDA Ajustado (Mln R$)
Açúcar 1.690,9
Renováveis 2.196,8
Marketing & Serviços 23,0
Ajustes e Eliminações
Total EBITDA Ajustado 3.910,7
Reconciliação do EBITDA Raízen Energia
Conciliação do
EBITDA (R$ Mln) 4T’21 4T’20 Varia-
ção % YTD
2021 YTD
2020 Varia-
ção %
Lucro líquido - Acio-
nistas controladores 286,1 284,3 0,6% 614,2 175,8 >100%
(Prejuízo) Lucro
líquido - Acionistas
não controladores (5,0) 37,7 n/a (20,3) 98,1 n/a
Lucro líquido do
período 281,1 322,0 -12,7% 593,9 273,9 >100%
IR e CS 99,9 129,8 -23,0% 238,4 64,5 >100%
Resultado financeiro
líquido 240,8 334,1 -27,9% 924,8 932,6 -0,8%
Depreciação e
amortização 959,5 1.140,8 -15,9% 3.747,7 3.128,2 19,8%
EBITDA 1.581,3 1.926,7 -17,9% 5.504,8 4.399,2 25,1%
Política de Distribuição de Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio:
A Raízen Energia S.A. segue a Lei das S.A. para fins de distribuição de divi-
dendos e tem previsto em seu estatuto social o pagamento a título de divi-
dendo obrigatório às ações ordinárias de 1% do lucro líquido ajustado de
cada exercício encerrado em 31 de março. Os montantes distribuídos e pa-
gos de dividendos e juros sobre o capital próprios estão explícitos nas de-
monstrações dos fluxos de caixa, demonstrações das mutações do patrimô-
nio líquido e nas notas explicativas às demonstrações financeiras do
exercício encerrado em 31 de março de 2021. Gestão da Agenda ESG: A
Raízen busca ser a empresa referência em sustentabilidade nos setores que
atua através da incorporação das melhores práticas ambientais, sociais e
governança na estratégia de seus negócios, promovendo valor compartilha-
do na cadeia. Como uma empresa integrada de energia, a Raízen está pre-
parada para o cenário dinâmico dos segmentos em que atua e por isso
adotamos a Sustentabilidade como elemento central de nossa estratégia.
Faz parte dos nossos 10 anos história manter escuta ativa aos stakeholder
s
por meio do processo de materialidade, que consiste em um levantamento
dos temas mais relevantes para os nossos negócios e partes interessadas,
de acordo com impactos, positivos e negativos, causados pelas operações.
O processo inclui análise de documentos internos e externos, envolvimento
da Alta Liderança e consultas aos nossos públicos de relacionamento - os
quais são acessados por meio de entrevistas ou formulários, priorizando a
primeira opção sempre que possível. A diversidade de categorias de
stakeholders consultadas enriquece o processo, resultando em uma varie-
dade de temas que refletem as diferentes perspectivas do nosso modelo de
negócios. Esses temas são plotados em uma Matriz de Materialidade, o que
nos permite identificar os mais relevantes, levando em consideração os nos-
sos setores de atuação e o contexto em que estamos inseridos. Também
integram o nosso Plano Estratégico de Sustentabilidade, que orienta metas
e estrutura ações com vistas a cada aspecto identificado. Periodicamente
revisada, a nossa Matriz de Materialidade em 2019 considerou documentos
públicos de mais de 30 companhias, entre clientes e instituições financeiras,
a fim de mapear tendências de sustentabilidade para esses públicos. Nessa
fase, foram conduzidas entrevistas qualitativas com especialistas em inves-
timentos dos setores em que atuamos. Os temas identificados foram então
confrontados, em uma segunda etapa, com a realidade de cada negócio, de
forma a identificar pontos fortes e eventuais lacunas em práticas de susten-
tabilidade. Esse processo contou com o envolvimento de 12 diretorias e 18
gerências. Já em 2020, ampliamos a escuta, em trabalho que iniciou pela
análise de políticas, diretrizes estratégicas, materiais de comunicação, certi-
ficações, entre outros documentos internos, além de estudos setoriais, rele
-
ases, publicações veiculadas na imprensa e questionários de ratings e índi-
ces de mercado. Na sequência, foram conduzidas mais de 240 consultas a
clientes e parceiros, autoridades públicas, comunidades, investidores, cola-
boradores e membros da Alta Administração. No fim do processo, foram
identificados sete temas materiais, para os quais estão sendo definidas e/ou
atualizadas as ambições de longo prazo, planos de ação de curto e médio
prazos e metas a serem estrategicamente estruturadas e desdobradas ao
longo das próximas safras pelos principais times de interface. Os temas são:
Mudanças climáticas e transição energética; Gestão de Saúde, Segurança
e Meio Ambiente; Governança ética e compliance; Inovação, desenvolvi-
mento e economia circular; Relacionamento com comunidades; Direitos hu-
manos, diversidade e inclusão, e Desempenho econômico-financeiro e ex-
pansão dos negócios. Nossa estratégia de longo prazo contempla ainda
nove compromissos públicos assumidos em sintonia com 14 dos 17 Objeti-
vos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações
Unidas (ONU) e diretamente correlacionados aos temas materiais. Trata-se
de um conjunto de práticas que sempre integraram nosso dia a dia - fazer
mais com menos, reduzir impactos ambientais negativos, prezar pela quali-
dade de vida do nosso time, gerar impactos sociais positivos e garantir eco-
nomia circular -, e ganham ainda mais relevância na “Década da Ação” - de-
nominação atribuída pela ONU devido à aproximação do prazo para o
alcance dos compromissos globais da Agenda de Desenvolvimento Susten-
tável, em 2030. Compromisso ESG assumidos publicamente1: 1. Reduzir a
pegada de carbono de etanol e açúcar em 10%; 2. Reduzir a captação de
água de fontes externas em 10%; 3. Aumentar o indicador GJ/ha em 15%;
4. Garantir um sistema robusto para rastreabilidade de 100% do volume de
cana moída; 5. Garantir programas de sustentabilidade internacionalmente
reconhecidos para as fontes de cana-de-açúcar; 6. Manter todas as unida-
des em operação certificadas por um padrão internacionalmente reconheci-
do; 7. Promover avanços na área de direitos humanos em nossas operações
e em nossa cadeia de suprimentos; 8. Influenciar de maneira ativa nossos
parceiros estratégicos a eliminarem os riscos de violação dos nossos valo-
res de ética e compliance; 9. 100% de entornos2 contemplados pela Funda-
ção Raízen. Para aprimorar a governança do tema, a companhia em
2019/2020 implementou o Comitê de Sustentabilidade, onde estão presen-
tes representantes da alta liderança como o CEO e Vice-Presidentes que
discutem de forma estratégica a agenda de Sustentabilidade da companhia.
Ainda nesta estrutura de governança há o Comitê de Responsabilidade So-
cial Corporativa (CSR - Corporate Social Responsibility Committee), onde
os assuntos são debatidos com representantes dos acionistas (Shell e Co-
san) que endereçam assuntos relevantes ao Conselho de Administração.
Visando garantir alto nível de transparência e engajamento juntos aos seus
stakeholders, a Raízen publica anualmente seu Relatório Anual (seguindo
diretrizes do padrão internacional GRI - Global Reporting Initiative), que re-
afirma a disposição da Companhia para dialogar de com seus públicos es-
tratégicos. O relatório apresenta o desempenho em indicadores chave, além
do resultado de ações desenvolvidas pela Raízen ao longo do ano-safra.
1 Os compromissos têm como referência a safra 2018/2019. 2 Compromisso
aplicável aos entornos com capacidade de recepção do modelo.
Mudanças Climáticas e Gestão de Emissões: Desde sua criação, a Raí-
zen quantifica e gerencia as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE)
oriundas de suas atividades através do Inventário Anual de Emissões. O in-
ventário engloba todas as operações da companhia e é auditado por tercei-
ra parte independente, o que o torna uma robusta ferramenta de gestão. A
qualidade das informações reportadas e que são usadas como diagnóstico
interno é de suma importância e, por isso, investimos em um software de
coleta de dados e cálculo automatizado de emissões, além de termos mais
de 80% das emissões oriundas de integrações de sistemas. Isso significa
RA
Í
ZEN ENERGIA S.A.
CNPJ nº 08.070.508/0001-78 - NIRE nº 35300339169
Relatório da Administração
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documento quando visualizado diretamente no portal
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terça-feira, 1 de junho de 2021 às 00:06:20

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