Brasileira é presa antes de protesto na nicarágua

ATOS EM GRANADAUma documentarista brasileira foi detida por autoridades nicaraguenses no sábado, enquanto se encaminhava para acompanhar um protesto contra o governo do presidente Daniel Ortega. Emilia Mello estava junto de estudantes e ativistas da Coordenadoria Universitária pela Democracia e a Justiça (CUDJ), que reúne diferentes lideranças estudantis nas manifestações contra Ortega " mobilizações que já deixaram mais de 300 mortos no país em crise.As outras pessoas presas eram nicaraguenses. Elas foram detidas quando se deslocavam para a cidade de Granada, a sudoeste da Nicarágua, para se juntar a centenas de manifestantes, em mobilizações que também aconteceram na capital, Manágua.A CUDJ informou que a prisão aconteceu no cruzamento Jinotepe-Carazo, a caminho de Granada, e que os policiais apreenderam as câmeras e os telefones celulares das 20 pessoas envolvidas. Dezenove, incluindo a brasileira, foram levadas para a delegacia e interrogadas. Uma foi hospitalizada porque sofreu um "ataque de nervos", de acordo com a Coordenadoria.Segundo o brasileiro Paulo Abrão, secretário executivo da Comissão de Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que acompanha o caso, Emilia seria deportada ainda ontem, com destino a El Salvador.A documentarista tem dupla cidadania " brasileira e americana " e, ao entrar na Nicarágua, apresentou-se como cidadã dos EUA. A alegação do governo para expulsá-la é que ela estaria realizando um documentário no país, embora tenha entrado com visto de turista." Desde a manhã do sábado, por conta da convocação para os protestos, era grande o número de policiais ao redor das cidades que teriam marchas. Era comum que as autoridades fizessem blitz para exigir identificação das pessoas que passavam e apontar aqueles mais sensíveis aos olhos do governo, caso dos membros da CUDJ. Assim, todos eles foram detidos e, quando soltos, soubemos que ela (Emilia) tinha sido retida e encaminhada para deportação " afirmou Abrão ao GLOBO.Por telefone, o...

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