Capitalismo na Europa Medieval: a contabilidade impulsionou o genuíno espírito capitalista?

AutorValerio Nepomuceno, Ilírio José Rech
CargoMestre em Contabilidade (UFU)/Doutor em Contabilidade e Controladoria pela FEA (USP)
Páginas3-16
3
Artigo
Original
Artigo
Original
Revista Contemporânea de Contabilidade, Florianópolis, v. 19, n. 50, p. 03-16, jan./mar., 2022.
Universidade Federal de Santa Catarina. ISSN 2175-8069. DO I: https://doi.org/10.5007/2175-8069.2022.e72126
Capitalismo na Europa Medieval: a contabilidade impulsionou
o genuíno espírito capitalista?
Capitalism in Medieval Europe: Did accounting boost the genuine capitalist spirit?
El capitalismo en la Europa Medieval: ¿impulsó la contabilidad el auténtico espíritu capitalista?
Valério Nepomuceno*
Mestre em Contabilidade (UFU)
Professor do UNIPAM-Centro Universitário de Patos de
Minas, Patos de Minas/MG, Brasil
valerio@unipam.edu.br
https://orcid.org/0000-0001-5140-959
Ilírio José Rech
Doutor em Contabilidade e Controladoria pela FEA (USP)
Professor do Programa de Mestrado em Ciências Contábeis (UFG),
Goiânia/GO, Brasil
ilirio@usp.br
https://orcid.org/0000-0001-7027-737X
Endereço do contato principal para correspondência*
Rua Major Gote, n° 808 – Caiçaras, CEP: 38702-054, Patos de Minas/MG, Brasil
Resumo
O propósito deste ensaio teórico é analisar se a contabilidade impulsionou, de forma genuína, a prática
capitalista europeia medieval por meio do método da dupla entrada. O estudo centra-se entre os séculos
XIII a XVIII, com retorno à Antiguidade. O método é dialético-historial como exame dos fatos. As inferências
foram feitas a partir da tese de Sombart, cuja ideia é de que o capitalismo europeu medieval só foi possível
por causa da contabilidade de dupla entrada. Em contrapartida, Yamey contesta essa posição. De outra
parte, para Sanandaji, o capitalismo não nasceu na Europa medieval, mas na Antiguidade. Este ensaio
detectou evidências em Guanzi, Arthaś āstra e Ciropédia, ao apontarem marcas do capitalismo no mundo
antigo. Mattessich revela que, no mundo antigo, já existia o princípio da dualidade, responsável pelo registro
das transações negociais daquela época. As reflexões alcançadas sugerem afirmar que a contabilidade
contribuiu tanto para a prática capitalista medieval na Europa quanto para o mundo antigo. Tais evidências
insinuam a ausência de um espírito europeu genuíno tanto para o método contábil quanto para o
capitalismo, na medida em que os elementos, pretensamente, genuínos foram trazidos da Ásia e do
Oriente, como: a aritmética comercial e as regras de escrituração contábil.
Palavras-chave: Capitalismo; Partida-dobrada; Europa Medieval; Contabilidade
Abstract
The purpose of this theoretical essay is to analyze whether accounting genuinely boosted medieval
European capitalist practice through the double-entry method. The study is centered on the thirteenth to
eighteenth centuries, with a return to antiquity. The historical-dialectic was adopted. Then, the inferences
were made from Sombart's thesis (double entry bookkeeping). By contrast, Yamey disputes that position. On
the other hand, Sanandaji's position is that capitalism was not born in medieval Europe but in antiquity. The
evidence was founded in Guanzi, Arthaśāstra and Ciropedia. Mattessich, on the other hand, reveals the
presence of principle of duality (kind of double entry bookkeeping) responsible for recording the business
transactions of that time. The reflections found are that the evidence suggests that accounting contributed as
much to medieval capitalist practice in Europe as to the ancient world.
Keywords: Capitalism; Double-Entry; Medieval Europe; Accounting
Resumen
El propósito de este ensayo teórico es analizar si la contabilidad ha impulsado la práctica capitalista europea
medieval a través del método de partida doble, de una manera genuina. El estudio comprendió entre los
siglos XIII y XVIII, con un retorno a la antigüedad. Se adoptó como examen de los hechos el método
historial-dialéctico. Las inferencias se hicieron a partir de la tesis de Sombart (presencia de la partida doble).
Por otro lado, Yamey cuestiona esta posición. Además, la posición de Sanandaji es que el capitalismo nació
no en la Europa medieval, sino en la antigüedad. Detectó se evidencias en Guanzi, Arthaśāstra y Ciropédia.
Mattessich, por otro lado, revela la presencia de la partida doble en el mundo antiguo (principio de dualidad).

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT