Um carioca que só não economiza no que aprende e ensina

Paula Autranautran@oglobo.com.brPonte Rio-EUA. Paulo em sua casa no Cachambi, de onde saiu para estudar em Yale, New Haven, Connecticut: lá, ele desenvolveu um programa, adotado pela prefeitura do Rio, que ensina alunos a controlar gastos e aplicar dinheiroTroca de cadeiras. O aluno Paulo (de azul, atrás) vira mestre de 54 professoresEm Yale. Estudante ganhou bolsaPaula GiolitoArquivo pessoalAndrew Carlson/DivulgaçãoO carioca Paulo Costa tinha 19 anos quando soube que havia passado para a Universidade de Yale, em Connecticut, nos Estados Unidos, em 2010. Morador do Cachambi, o jovem, que tinha estudado por sete anos no Colégio Militar do Rio e já havia passado em primeiro lugar para engenharia naval (quando ainda estava no 2º ano do ensino médio) e em segundo para engenharia química na UFRJ, teve que convencer o pai a deixá-lo ir. Explicou que conseguira uma bolsa integral - estudar lá custa US$ 65 mil por ano, ou R$ 151,5 mil - e que ainda teria verba extra para livros, alimentação e moradia, além de passagens. "Fica mais barato do que estudar na UFRJ", concluiu. Um vídeo sobre o campus, onde há, entre outras atrações, 14 teatros e uma academia de 13 andares, também colaborou. Sem argumentos, o pai, pesquisador de energias renováveis da universidade do Rio tida como top de linha, liberou o filho para sua primeira viagem internacional e para a experiência de viver longe da família, entre os 3% de alunos do mundo inteiro que conseguiram feito semelhante.Craque em economia desde cedo, Paulo está dividindo, à distância, seus conhecimentos - que foram aprimorados inclusive num intercâmbio acadêmico na Universidade de Cambridge (Inglaterra) - com estudantes da rede municipal do Rio: em julho de 2012, ele capacitou professores de 17 unidades do programa Ginásio Experimental Carioca (GEC) para lecionar educação financeira, uma disciplina eletiva. A capacitação durou três dias das férias do rapaz, e os mestres receberam apostilas elaboradas por ele com o conteúdo do curso, exercícios e provas. No primeiro semestre de 2013, cerca de 340 alunos participaram das aulas. Segundo a Secretaria municipal de Educação, eles passaram por avaliação no final do ano, e o resultado foi muito bom. Tanto que a disciplina será este ano oferecida ao total de 29 GECs, que são escolas de horário integral voltadas para alunos do segundo ciclo do ensino fundamental, com matérias obrigatórias e outras eletivas.- Um professor meu conhece o (economista) Armínio Fraga, que me botou em...

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