Conclusão

AutorRosana Ribeiro Felisberto
Páginas107-109
Conclusão
Por tudo o que foi exposto e discutido na pesquisa e nesta
dissertação, inclusive as conclusões e posicionamentos colocados
no decorrer do texto, pode-se afirmar que não se verifica a
existência de reciprocidade de poderes entre os produtores culturais
de audiovisual e entre produtores e demais atores culturais no
acesso e exercício dos mecanismos de incentivo à cultura no
Estado de Minas Gerais.
O setor de audiovisual é um setor que depende de grandes
recursos financeiros, o que dificulta o acesso de muitos produtores e
projetos culturais à produção no setor.
O custo de produção do produto audiovisual também implica
sua não autossustentabilidade no mercado, fator que perpetua a
dependência do setor em relação aos mecanismos de incentivo,
embora o discurso oficial do governo seja pela promoção da
autossustentebilidade de parte do setor cultural.
Ao se tratar o audiovisual, especialmente o cinema, como
indústria cultural, emerge a discussão acerca da recepção dos
produtos culturais pelo público como componente da cadeia de valor
do setor. Apesar do discurso oficial do governo ter como objetivo a
autossustentabilidade, a desconsideração da recepção e sua não
abordagem como ponto importante a ser tratado pela política
cultural tende a manter a dependência em relação aos incentivos
com recursos públicos. Essa situação também inibe a participação
do público nas questões de política cultural, bem como dificulta a
formação de novos públicos, o que poderia fomentar a produção
multicultural no setor. Os obstáculos encontrados tanto em relação
ao acesso quanto à produção cultural interferem em sentido
contrário à construção da cidadania cultural (CHAUÍ, 2006),

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