Um debate sobre as condições dos docentes

AutorJosé Alexandre da Silva
CargoSecretaria de Estado da Educação do PR
Páginas517-525
Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, Volume 45, Número 2, p. 517-525, Outubro de 2011
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1 Professor de História da SEED-PR, Mestrando em Educação pelo PPGE da UEPG.
Um debate sobre as condições dos docentes
José Alexandre da Silva1
Secretaria de Estado da Educação do PR
Em nossa sociedade a importância que é dada ao discurso midiático é
enorme e tal fato não ocorre sem motivos. É corrente a formulação de
que a mídia é o quarto poder e consideramos a imprensa um campo fértil de
representações no que diz respeito à educação. Nesse texto, fazemos uma
discussão sobre artigos de jornal e reportagens enfocando essa temática. Esse
tipo de material, de acordo com (JEANNENEY, 2003), têm o seu ritmo: vida e
morte e só se explica uma em relação às outras. Também procuramos dar uma
resposta a uma crítica feita por Lima a um texto publicado anteriormente. Acre-
ditamos que a reflexão sobre artefatos jornalísticos, envolvendo as mais varia-
das expressões sobre a educação, tem um papel importante para a reflexão
sobre a imagem e as condições de trabalho do professor (a).
O desdobramento de um texto de opinião publicado no site do Observa-
tório da Imprensa a nosso ver merece alguma reflexão. Chamamos a aten-
ção para o programa Profissão Repórter que foi ao ar em sete de dezembro
de dois mil e dez. Utilizamos a própria chamada do portal G1 que explica o
conteúdo do programa:
Os repórteres do programa acompanharam escolas
diferentes. Os repórteres Caroline Kleinübing e Caio
Cavechini percorrem uma escola pública do Rio de
Janeiro na qual três professoras pediram licença
médica. Motivo alegado por elas: medo e depressão
causados pela agressividade e pelo desinteresse dos
alunos... Em Florianópolis, nosso convidado, o re-
pórter Manoel Soares, da RBS, visita um colégio que
fechou as portas depois que a diretora foi atacada
com ovos e pedradas por um estudante. Salas vazi-
as, pedaços de pau e placas de vidro apreendidos
por seguranças, professores assustados e desmoti-
vados. É este o quadro que ele registra em Santa
Catarina... Caco Barcellos percorre escolas do Ca-
pão Redondo, periferia de São Paulo, e encontra
muitos trabalhadores na sala de aula. Gente que luta
para recuperar o tempo perdido e concilia trabalho e
estudos em rotinas estafantes (SILVA, 2010).

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