Diagnósticos de Patologias em Fachadas Edilícias

AutorTito Lívio Ferreira Gomide
Ocupação do AutorPerito do Gabinete Gomide e professor de pós-graduação de Engenharia Legal
Páginas55-61

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Generalidades

Os tradicionais mapeamentos acústicos de fachadas, para os levantamentos de anomalias construtivas e falhas de manutenção não são normatizados, apesar de serem muito utilizados no mercado da construção civil. Em geral, tais mapeamentos são realizados através dos resultados visuais e acústicos decorrentes das observações e percussões nos painéis, dependendo, portanto, quase que exclusivamente da ação e capacidade do percussor, apelidado no mercado de “cadeirinha”. Essa denominação é decorrente do fato de que esse profissional percorre as fachadas percutindo as mesmas sentado em “cadeirinha” suspensa por cordas.

Esse serviço deve ser acompanhado e fiscalizado por Engenheiro Civil ou Arquiteto, pois são estes os profissionais habilitados para realizar as vistorias em edificações, consoante a lei federal 5194/66. Além disso, tais profissionais devem possuir experiência em En-

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genharia Diagnóstica para bem interpretar e orientar o “cadeirinha” nesse levantamento.

Os mapeamentos em fachadas são intervenções empíricas e incômodas, pois interferem no cotidiano do condomínio, além de ser atividade de risco, devendo ser evitada, quando possível.

O risco do serviço do “cadeirinha” também envolve desconforto, pois mesmo que adotados os indispensáveis cuidados de segurança, sempre provoca o natural receio e incômodo pela própria natureza do trabalho, além de outras mazelas decorrentes das intempéries, ruídos e poluição do meio ambiente urbano. Além desses fatores externos, o “cadeirinha” precisa possuir prática no manejo do martelo de borracha para percutir adequadamente; muita atenção acústica na observação do som da percussão; conhecimentos técnicos para fotografar e anotar corretamente as anomalias constatadas “in loco” e indicar a localização exata do ponto ensaiado.

Além dos inúmeros cuidados de segurança, o mapeamento requer “cadeirinha” experiente, exigindo-se, no mínimo, os seguintes requisitos pessoais e profissionais:

- coragem (para se adaptar a trabalhar sob risco constante);

- equilíbrio emocional (para trabalhar sem estresse e não se desesperar em situações de emergência);

- resistência física às intempéries (para as condições usuais do trabalho);

- ouvido apurado (para aferir os resultados);

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- conhecimentos técnicos básicos de arquitetura (para sua localização);

- conhecimentos técnicos básicos das...

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