Diferenças salariais e discriminação por gênero e cor na região norte do brasil

AutorMaylisson Rodrigo Fonseca - Matheus Demambre Bacchi - Davi Winder Catelan Catelan - Priscila Akimi Hayashi - Katy Maia
CargoEconomista - Economista - Economista - Economista - Economista
Páginas739-759
Artigo recebido em: 11/01/2017 Aprovado em: 03/05/2017
DOI: http://dx.doi.org/10.18764/2178-2865.v21n2p739-759
DIFERENÇAS SALARIAIS E DISCRIMINAÇÃO
POR GÊNERO E COR NA REGIÃO NORTE DO
BRASIL1
Maylisson Rodrigo Fonseca1
Matheus Demambre Bacchi2
Davi Winder Catelan3
Priscila Akimi Hayashi4
Katy Maia5
Resumo
O artigo resulta de um estudo cujo objetivo foi analisar a discriminação salarial
de gênero e cor de pele na região Norte do Brasil em 2004 e 2013. Com base
nas teorias do capital humano, segmentação e discriminaçãoe a partir dos dados
da PNAD/IBGE, estimaram-se as equações de dete rminação dos salários e
utilizou-se a decomposição de Oaxaca-Blinder para detectar a discriminação
1 Economista, Mestrando em Economia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM).
E-mail: m
aylisson_@hotmail.com
2 Economista, Mestrando em Economia Aplicada pela Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP). E-mail:
matheusbacchi@
yahoo.com.br
/ Universidade de São Paulo - USP: Avenida Professor Luciano Gualberto,
908 - Butantã - São Paulo/SP. CEP: 05508-010
3 Economista, Mestrando em Economia pela UEM. E-mail:
daviwindercatelan.ecae@
gmail.com
/ Universidade Estadual de Maringá - UEM: Av. Colombo, 5.790 Jd.
Universitário Maringá – Paraná. CEP: 87020-900.
4 Economista pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail:
priscilakimih@
gmail.com
5 Economista, Doutora em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), Professora do
Departamento de Economia da UEL. E-mail:
katymaia@uel.br
/ Universidade Estadual
de Londrina - UEL: Rodovia Celso Garcia Cid, Pr 445 Km 380, Campus Universitário -
Londrina – PR. CEP: 86057-970.
740
Maylisson Rodrigo Fonseca | Matheus Demambre Bacchi | Davi Winder Catelan
Priscila Akimi Hayashi | Katy Maia
DOI: http://dx.doi.org/10.18764/2178-2865.v21n2p739-759
VDODULDO9HUL¿FRXVHTXHRLPSDFWRGLVFULPLQDWyULRIRLRSULQFLSDOUHVSRQViYHO
pela disparidade salarial existente. O hiato salarial entre brancos e não brancos
deveu-se à diversidade nos fatores produtivos individuais. Além disso, a apro-
[LPDomRGDVFDUDFWHUtVWLFDVSURGXWLYDV GRVWUDEDOKDGRUHVLQÀXHQFLRXSRVLWLYD-
mente na redução das diferenças salariais entre gênero e negativamente na cor
da pele. O artigo conclui, ademais, que o fator discriminatório se reduziu no pe-
UtRGRVHQGRRVPDLVVLJQL¿FDWLYRVGHFUpVFLPRVSDUDRVLQGLYtGXRVQmREUDQFRV
Palavras-chave: Mercado de trabalho, diferenças salariais, discriminação, po-
OtWLFDVS~EOLFDV
WAGE DIFFERENCES AND DISCRIMINATION BY
GENDER AND COLOR IN NORTHERN BRAZIL
Abstract
The article results of a study which goal was to analyze the gender and color
ZDJHGL൵HUHQWLDWLRQ LQ WKH 1RUWK UHJLRQRI%UD]LO LQ  DQG%DVHG
on the theories of human capital, segmentation and discrimination the PNAD/
IBGE was used and was estimated the wage determination equations as well
as the Oaxaca-Blinder decomposition to detect the wage discrimination. The
results showed that the discriminatory impact was primarily responsible. The
wage gap between whites and non-whites occurred due to the diversity in the
LQGLYLGXDOSURGXFWLYHIDFWRUV,WZDVYHUL¿HGWKDWWKHDSSUR[LPDWLRQRIWKHSUR-
GXFWLYH FKDUDFWHULVWLFV RI WKH ZRUNHUV LQÀXHQFHG SRVLWLYHO\ WKH UHGXFWLRQ RI
WKHZDJH GL൵HUHQFHVEHWZHHQ JHQGHUDQGQHJDWLYHO\ LQWKH FRORU7KHDUWLFOH
concludes that the discriminatory factor decreased in the period for all groups,
EHLQJWKHPRVWVLJQL¿FDQWIRUQRQZKLWHV
Key words: /DERUPDUNHW ZDJHGL൵HUHQFHV GLVFULPLQDWLRQSXEOLF SROL-
cies.
1 INTRODUÇÃO
2 %UDVLO p FDUDFWHUL]DGR GHPRJUD¿FDPHQWH SRU DSUHVHQWDU
uma expressiva miscigenação, no entanto, este fato não isenta o país
de sofrer com diversos tipos de preconceitos-perturbações herdadas
desde os primórdios da civilização. A discriminação no mercado de
trabalho torna-se evidente quando indivíduos igualmente produtivos
são alocados ou remunerados de formas distintas, com base em suas
características não produtivas. Logo, a discriminação salarial diz
respeito às disparidades salariais entre trabalhadores que possuem o
mesmo nível de escolaridade e estão alocados em postos de trabalho
idênticos entre si.

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