Divisão de dinheiro para eleição racha pt

São Paulo Na primeira eleição presidencial a ser disputada sem doações de empresas, a disputa por dinheiro provoca uma crise no PT. Numa resolução aprovada na semana passada, o partido decidiu que a prioridade na distribuição dos recursos do fundo eleitoral, estimados em R$ 210 milhões, será das campanhas presidencial e a deputado federal. Candidatos a governador e a deputado estadual ficam no fim da lista.

“Os recursos do fundo eleitoral não serão suficientes para financiar todas as candidaturas no nível que o partido gostaria”, afirma o texto, que provocou mal-estar no partido. Criado no ano passado, o fundo eleitoral destina cerca de R$ 1,7 bilhão de recursos públicos para os partidos financiarem seus candidatos. Doações de pessoas físicas são permitidas, assim como o autofinanciamento.

Diante da realidade, o PT prioriza, em primeiro lugar, a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência. Em segundo, vêm as campanhas a deputado federal, “priorizando os candidatos à reeleição e aqueles com viabilidade eleitoral, conforme avaliação dos diretórios estaduais, referendados pelo diretório nacional”. Os candidatos ao Senado vêm em terceiro.

O foco na Câmara é estratégico. Manter a quantidade de parlamentares é fundamental para o futuro: menos deputados federais significa menos tempo de televisão nas próximas disputas e menos recursos dos fundos partidário e eleitoral.

O teto de gastos da campanha presidencial, se houver segundo turno, é de R$ 105 milhões. Como o PT tem 57 deputados federais e deve dar R$ 1 milhão a cada um, os postos prioritários podem ficar com mais de R$ 160 milhões, o que deixaria apenas R$ 50 milhões para as campanhas de candidatos a senador...

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