Dólar ameniza alta perto do fechamento com comentário de Lira

O pregão tenso desta quarta-feira cedeu espaço para uma recuperação impressionante do real na última meia hora de negociação. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), descartou a possibilidade de colocar o Bolsa Família fora do teto de gastos, fez a moeda americana desabar mais de 11 centavos e ameaçar fechar em terreno negativo. Após tocar R$ 5,6374 na mínima intradiária, o dólar operou volátil até encerrar praticamente estável, em alta de 0,05%, a R$ 5,6659.

Em um dia em que as preocupações com a nova rodada de restrições impostas por governo estaduais para limitar o avanço da pandemia da covid-19, preocupações fiscais e também um cenário externo negativo, nem a injeção do equivalente a US$ 2 bilhões pelo Banco Central através de swaps cambiais havia sido suficiente para trazer maior tranquilidade ao câmbio.

No entanto, a preocupação central dos agentes, como se pode ver na reta final do pregão, era com uma nova manobra de senadores para tirar o Bolsa Família do teto de gastos. Segundo apurou o Valor, uma ala de lideranças da Casa passou a articular a medida para abrir espaço para obras no Orçamento. A exclusão do programa abriria um espaço de R$ 34,9 bilhões.

Após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e com integrantes do Planalto, Lira refutou a ideia. “Quero deixar claro que são infundadas todas as especulações sobre furar o teto. Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto. Essas especulações não contribuem para o clima de estabilidade e previsibilidade”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Lira reforçou seu posicionamento a jornalistas. “Esta fala é para deixar bem claro que todas as especulações que rondaram ou sondaram no dia de hoje são infundadas. Tanto o Senado quanto a Câmara votarão as PECs sem nenhum risco ao teto de gastos, sem nenhuma excepcionalidade ao teto de gastos. Notícias especulativas não contribuem para o clima de estabilidade, de previsibilidade do nosso país”, disse.

“Não há a intenção nem a vontade, nem acredito que aconteça...

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