Estrutura de capital e desempenho financeiro do setor petrolífero brasileiro
Autor | Priscila Freitas De Souza Gomes - David Ferreira Lopes Santos |
Cargo | Universidade Estadual Paulista, Curso de Administração, SP, Brasil - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Departamento de Economia Rural, SP, Brasil |
Páginas | 103-117 |
103
UNOPAR Cient., Ciênc. Juríd. Empres., Londrina, v. 15, n. 1, p. 103-117, Mar. 2014.
GOMES, P.F.S.; SANTOS, D.F.L.
ARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLE
aUniversidade Estadual Paulista, Curso de Administração, SP, Brasil
bUniversidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias de Jaboticabal, Departamento de Economia
Rural, SP, Brasil
*E-mail: david.lopes@fcav.unesp.br
1 Introdução
A estrutura de capital de uma empresa representa a
a aquisição dos ativos tangíveis e intangíveis, necessários
à viabilização de qualquer atividade empresarial (KAYO,
e no valor da empresa é um dos assuntos mais controversos
na área das Finanças Corporativas desde o trabalho inicial de
Modigliani e Miller (1958), que possibilitou o surgimento de
outras vertentes teóricas (BERK; DEMARZO; HARFORD,
2010; ROSS; WESTERFIELD; JAFFE, 2002).
O trabalho de Modigliani e Miller (MM) (1958; 1963)
con
trapôs o pensamento convencional que defendia a existência
de uma estrutura de capital ótima, onde os custos de captação
eram minimizados e o valor da empresa maximizado. De
acordo com
o resultado e o valor da empresa é como a empresa investe seus
recursos e não de onde ela os obtêm, logo, a estrutura de capital
é irrelevante para o valor das empresas (ASSAF NETO, 2005;
BRITO; BASTITELLA; CORRAR, 2007; KAYO, 2002).
Diferentes pesquisas empíricas que sucederam os trabalhos
estrutura de capital, sugerindo que as decisões relativas à forma
poderia ser determinado por fatores endógenos e exógenos
à entidade (HARRIS; RAVIV, 1991; RAMACHANDRAN;
RAO, 2010; SIMERLY; LI, 2000).
As principais correntes teóricas que passaram a contrastar
Pecking Order
Theory, e a Agency Theory (ASSAF NETO, 2005; BERK,
DEMARZO; HARFORD, 2010; BREALEY; MYERS;
MARCUS, 2002; KAYO, 2002).
Destarte, múltiplos trabalhos têm sido empreendidos em
diferentes setores e países, para compreender o processo
empresas e suas relações com métricas de desempenho
instituições.
Tudose (2012), em pesquisa bibliométrica sobre o tema
estrutura de capital, destaca que as amostras utilizadas nos
Estrutura de Capital e Desempenho Financeiro do Setor Petrolífero Brasileiro
Capital Structure and Financial Performance of the Brazilian Oil and Gas Sector
Priscila Freitas de Souza Gomesa; David Ferreira Lopes Santosb*
Resumo
Brasil. A pesquisa compreende uma amostra média de 45 empresas, durante os oito anos subsequentes à desregulamentação do setor, em 1997
das empresas. As empresas foram segregadas em dois grupos, em função do nível de endividamento. Os resultados apontam que as empresas
com menor endividamento apresentam níveis mais altos de rentabilidade dos ativos, conquanto, que as empresas com maior endividamento,
conseguem alavancar retornos superiores aos acionistas. Observou-se que a heterogeneidade dos resultados entre as empresas e as fracas
bem como uma aproximação com a Teoria de Pecking Order.
Palavras-chave: Desempenho Financeiro. Estrutura de Capital. Indústria de Óleo e Gás.
Abstract
Keywords:
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