Inteligência estratégica e a internacionalização de empresas: Competitividade da indústria moveleira do rio grande do sul no mercado mundial

AutorPaula Patricia Ganzer - Gustavo Mioranza - Claudio Manoel Soares Nunes - Daniela Gasperin - Eric Charles Henri Dorion
CargoDiscente do Curso de Doutorado em Administração da Universidade de Caxias do Sul e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - Mestre em Administração pela Universidade de Caxias do Sul - Discente do Curso de Doutorado em Administração da Universidade de Caxias do Sul e Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - ...
Páginas65-80
INTELIGÊNCIA ESTRATÉGICA E A INTERNACIONALIZAÇÃO DE EMPRESAS:
COMPETITIVIDADE DA INDÚSTRIA MOVELEIRA DO RIO GRANDE DO SUL
NO MERCADO MUNDIAL
Paula Patricia Ganzer
1
Gustavo Mioranza2
Claudio Manoel Soares Nunes3
Daniela Gasperin4
Eric Charles Henri Dorion5
Resumo: O panorama do mercado mundial de móveis serve par a segmentar a análise setorial. Os países sul
americanos têm no Brasil seu principal fornecedor na linha de móveis planos. O objetivo da pesquisa foi
analisar a competitividade na indústria moveleira através da inteligência estratégica na internacionalização de
empresas. O método de pesquisa utilizado foi a abordagem qualitativa descritiva a partir de pesquisa
bibliográfica. A complexidade de segmentação torna difícil a caracterização de e strutura de oferta da indústria do
mobiliário. Cada um dos segmentos apresenta nichos distintos em termos de escala, design e preço. Essa
complexidade pode acentuar-se quando relacionada à estrutura de demanda. Estados Unidos da América, China,
Itália e Alemanha estão entre os p rincipais produtores mundiais de móveis, enquanto os maiores importadores
são os Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França e Japão, que corresponde m conjuntamente por 57,3% do
total das importações mundiais. A partir da década de 1970 a participação dos países em desenvolvimento na
produção e exportação mundial de móveis foi uma característica marcante. Verificou-se a maior especialização
de países desenvolvidos com envolvimento em competências intangíveis como P&D, design, mar keting e
criação de marcas. Uma estratégia estaria associad a à crescente inserção dos produtores às cadeias de
distribuição de móveis. Outra estratégia reside na busca de nichos próprios de mercado por meio da inovação em
processos e produtos, como em qualificação em design, definindo um estilo própr io.
Palavras-chave: Inteligência estratégica, móveis, setor moveleiro, internacionalização.
Abstract: The outlook of the global mobile serves to target sectoral analysis. South American countries have in
Brazil leading supplier in the line of mobile plans. T he objective of the research was to analyze the
competitiveness in the furniture industry through strategic intelligence in the internationalization of companies.
The research method used was a qualitative descriptive ap proach from literature. The complexity of
segmentation makes it difficult to characterize the supply structure of the furniture industry. Each segme nt has
distinct niches in terms of scale, design and price. This complexity can become more pronounced when related to
the structure of demand. United States, China, Italy and Germany are among the world's leading producers of
furniture, while the major importers are the United State s, Germany, United Kingdom, France and Japan, which
together correspond to 57.3% of total world imports. From the 1970s the participation of developing countries in
global production and export of furniture was a striking feature. There was a greater specialization of developed
countries with involvement in intangible skills such as R & D, design, marketing and branding. One strategy
would be associated with increasing participation from producers to distribution chains mo ving. Another strategy
is to search for market niches themselves through innovation in processes and products, as in qualification
design, defining its own style.
Keywords: Strategic intelligence, furniture, furniture sector, internationalization.
1 INTRODUÇÃO
1 Discente do Curso de Doutorado em Ad ministração da Universidad e de Caxias do Sul e Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. ganzer.paula@gmail.com
2 Mestre em Administração pela Universidade de Caxias do Sul. guto mio@hotmail.com
3 Discente do Curso de Doutorado em Ad ministração da Universidad e de Caxias do Sul e Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. claudionunes31@yahoo.com.br
4 Discente do Curso de Doutorado em Ad ministração da Universidade de Caxias do Sul e Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. danie1a@terra.com.br
5 Doutor em Administração. Professor das Universidades UCS e FEEVALE. echdorion@gmail.com
O artigo possui como tema a competitividade das indústrias do ramo moveleiro
do Rio Grande do Sul no mercado internacional, analisando o contexto industrial na qual as
empresas competem e o posicionamento no mercado. Aumento da competitividade é
imperioso para todos os segmentos empresariais, quer industriais, comerciais ou extrativos.
Projetos ou estudos que realçam as relações de competitividade ganham destaque pelas
opções governamentais brasileiras de diminuição do protecionismo, notadamente, com a
redução dos impostos de importação para produtos estrangeiros, o que reserva necessidade
crescente das empresas brasileiras de aumentarem seus níveis de competitividade frente aos
possíveis produtos importados. O mercado se torna global e, com isso, todas as estruturas
existentes (industriais, comerciais, entidades governamentais, universidades) trabalham em
conjunto objetivando condições melhores de competitividade internacional.
O mercado internacional de móveis possui como principais potencialidades de
consumo os países desenvolvidos. Estes mercados são supridos pela produção interna e pelas
importações, em grande parte, de países também desenvolvidos. Apesar do aumento de
exportações verificado nos últimos anos pelos países em desenvolvimento, ainda é pequena a
participação desses no mercado internacional de móveis. Nos principais países desenvolvidos
- EUA, Japão, Alemanha, França, Itália, Inglaterra e Espanha - o mercado de móveis pode ser
estimado em torno de US$ 85 bilhões em 1988, o que sintetiza as participações internacionais
na produção, importação, exportação e consumo agregado dos principais países desenvolvidos
(ECIB,1994).
A indústria brasileira de móveis está compreendida pela estrutura de indústrias
fragmentadas (Porter, 1980) o que torna difícil a busca de números, estatísticas, estudos mais
aprofundados (HEXSEL, 1993; ECIB, 1994). O consumo tem assumido na era atual um papel
indispensável, não apenas como um processo contínuo da produção e do lucro, mas também
da estrutura e das relações sociais vigentes. Destaca-se o predomínio da informação, da mídia
e dos signos, da desagregação da estrutura social em estilos de vida, da prioridade geral do
consumo como um indicador particular de status social (SLATER, 2001). Na sociedade de
consumo, a presença de desejos constantes não é considerada apenas normal, mas essencial
para a ordem e o progresso econômico (JAMESON, 1991).
2 REFERENCIAL TEÓRICO
As empresas que possuem atividades além do seu mercado doméstico
enfrentam diversos desafios e oportunidades por operar em diferentes contextos. Nesta
temática, observa-se uma necessidade de um melhor entendimento das interações entre as

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT