A história do Trabalho, a vida de um poeta: Mestre e Magistrado Doutor Luiz Eduardo Gunther
| Autor | José Affonso Dallegrave Neto/Ernani Kajota |
| Páginas | 7-8 |
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"O Direito do Trabalho foi entrando em minha vida de maneira relacionada à História que eu gostava. Sempre pensei muito na formação do operariado, na questão sindical, e isso me levou a me inquietar com a historicidade do Direito do Trabalho."
O advogado, estudioso do Direito e político, Geraldo Mariano Gunther inspirou a formação dos seis filhos no estudo das ciências e da cultura, com razão e sensibilidade, orientando-os, pelo exemplo, quanto à importância da dedicação profissional, mas também na atenção à família. Sempre ouvia as aspirações dos filhos e contava as histórias de vida que lecionava enquanto conduzia sua Kombi pelas viagens de férias nas estradas tortuosas de Santa Catarina, nos veraneios das décadas de 50 e 60.
Um dos seis filhos, Dr. Luiz Eduardo Gunther, seguiu as aspirações do pai. Nascido em 03/03/1954, tinha 11 anos de idade quando se mudou para Curitiba, para estudar no Internato Paranaense e no Colégio Estadual do Paraná. Desde jovem, apreciava a leitura de grandes autores clássicos, como Dostoievski, Tolstoi, Machado de Assis e Graciliano Ramos, inclinando-se ao caminho do Direito e da História.
Professor desde os 17 anos, inicialmente em cursinhos pré-vestibulares das disciplinas de História Geral, História do Brasil e Organização Social e Política Brasileira. Nessa época, tornou-se amigo de Paulo Leminski, que também lecionava História.
Em 1972, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná. Bacharelou-se em Direito e, também, em História, em 1977.
Advogou por 10 anos em Concórdia/SC.
No tempo livre, dedicava-se às artes, escrevendo poesias e, em conjunto com Dr. Hélio Gomes Coelho, a peça de teatro .........
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Aos 33 anos, em 1987, Dr. Luiz Eduardo Gunther foi aprovado em primeiro lugar no concurso da magistratura trabalhista do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR).
Foi Juiz substituto do Trabalho e, em 1988, assumiu a titularidade da Vara do Trabalho de Londrina. Justamente no ano em que promulgada a Constituição, quando se deparou julgando uma das primeiras ações pleiteando a ampliação da licença-maternidade de 84 dias para 120 dias. Considerando a importância do convívio de mães e filhos nos primeiros meses pós-parto, concedeu o pleito da mãe trabalhadora, como noticiado no Jornal Nacional de outubro de 1988, por Cid Moreira: “- Juiz de Londrina acaba de conceder a licença-maternidade de 120 dias!”.
Em 1995, tomou posse como Desembargador Federal do Trabalho...
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