Impactos da pandemia na vida das trabalhadoras sexuais de belo horizonte: territorialidade, precariedade e reconhecimento

AutorBárbara Natália Lages Lobo, Letice Galvão e Santuzza Alves de Souza
Ocupação do AutorEscritora, Jurista, Professora/Graduanda em Direito/Trabalhadora Sexual, Coordenadora do Coletivo Rebu
Páginas135-148
IMPACTOS DA PANDEMIA NA VIDA DAS
TRABALHADORAS SEXUAIS DE BELO
HORIZONTE: TERRITORIALIDADE,
PRECARIEDADE E RECONHECIMENTO
Bárbara Natália Lages Lobo
Escritora, Jurista, Professora, Doutora e Mestra em Direito (Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais), Pós-doutorado em Ciências Sociais (Centro de Estudos
Sociais – Universidade de Coimbra). E-mail: barbaralobo@hotmail.com.
Letice Galvão
Graduanda em Direito. Membro Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em
Bioética (GEPBio) do Centro Universitário Newton Paiva.
Santuzza Alves de Souza
Trabalhadora Sexual, Coordenadora do Coletivo Rebu, representante da Central
Única de Trabalhadoras Sexuais em Minas Gerais, representante da Central Única de
Trabalhadoras Sexuais na Red de Mujeres Trabajadoras Sexuales de Latinoamérica y
El Caribe – RedTraSex.
Sumário: 1. Introdução. 2. Invisibilidade das trabalhadoras sexuais: territorialidade e os im-
pactos da Covid-19 em Belo Horizonte. 3. Vulnerabilidade: invisibilidade social programada
e a Covid-19. 4. Reconhecimento do trabalho sexual: um convite a repensar. 5. Conclusões.
6. Referências.
1. INTRODUÇÃO
A pandemia desencadeada pela proliferação global do vírus Covid-19 expôs as
vulnerabilidades inerentes a todos os seres humanos à doença e morte, diante de um
inimigo microscópico e silencioso. Para além disso, traz à tona questões importantes
bioéticas, geopolíticas, econômicas, sociais e relacionais.
Encontramo-nos, nesta senda, diante de frutíferas análises críticas que ref‌letem
sobre as formas de viver e conviver uns com os outros e com a própria natureza, que nos
permitem um repensar sobre as (in)sustentabilidades humana e planetária impostas,
absorvidas e introjetadas pelo sistema moderno colonial-capitalístico1.
1. ROLNIK, Suely. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.

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