Informação como prova ou monumento: materialidade, institucionalidade e representação
| Autor | Rodrigo Rabello, Georgete Medleg Rodrigues |
| Páginas | 1-23 |
Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 24, n. 55, p. 01-22, mai./ago.
2019. Universidade Federal de Santa Catarina. ISSN 1518-2924. DOI: https://doi.org/10.5007/1518-2924.2019.e58738
Artigo
Original
INFORMATION AS PROOF OR MONUMENT:
MATERIALITY, INSTITUTIONALITY AND
REPRESENTATION
Informação como prova ou monumento: materialidade, institucionalidade e representação
Rodrigo RABELLO
Faculdade de Ciência da Informação
Universidade de Brasília, Brasília, Brasil
rdgrabello@gmail.com
https://orcid.org/0000-0001-7217-1608
Georgete Medleg RODRIGUES
Faculdade de Ciência da Informação
Universidade de Brasília, Brasília, Brasil
medleg.georgete@gmail.com
https://orcid.org/0000-0002-6446-6171
Mais informações da obra no fim do artigo
ABSTRACT
Objective: Our aim is to analyze information as proof or monument from an interdisciplinary perspective, so as to
perform a reflection on epistemological and political implicat ions in terms of representation from the consideration of
information materiality and institutionality.
Methods: a brief review of literature facing various forms of knowledge in Information Science, as well as documental,
judiciary, historiographical, archival and diplomat ic perspectives, which find in the document their theoretica l,
methodological, and operational subsidies. The selec tion of authors in the approached files follows the path of tho se
presenting significant contributions in French-language theor etical perspectives.
Results: The transformation of materialized “evidence” in an institutionalized “thing” amidst the “proof” assumes: a)
subjects with some authority; b) a document bringing together epi stemological and political dimensions summarized in
their permanent and material (support) condition, and its ephemeral and immaterial (pragmatic and symbolic) condition.
Conclusions: The epistemological and political implications of representation mo des are brought to light facing the
statements: a) “the document, if authentic, leads to the truth ”, guiding “information as proof” towards the representation of
social reality; and b) “every document is a monument”, guiding the “inf ormation as monument” towards legitimizing
discourses about reality.
KEYWORDS: Information. Document. Materiality. Proof. Monume nt. Representation. Archive.
RESUMO
Objetivo: Analisar a informação como prova ou monumento a partir de uma perspectiva interdisciplinar, para,
especificamente, realizar uma reflexão sobre as implicações epistemológicas e políticas em modos de representação a
partir da consideração da materialidade e da institucionalidade da informação.
Método: Lança mão de revisão de literatura n ão exaustiva mediante saberes da ciênc ia da informação, bem como das
perspectivas documental, judiciária, historiográfica, arquivística e diplomática que encontram no documento seus subsídios
teóricos, metodológicos e operacionais. A seleção dos autores dos campos abordados segue a trilha daqueles que
apresentam contribuições significativas em perspectivas teóricas francófonas.
Resultado: A transformação da “evidência” materi alizada em “coisa” institucionalizada e em mei o de “prova” pressupõe: a)
sujeitos com alguma autoridade, b) documento que congrega dimensões epistemológica e política sintetizadas em sua
condição perene e material (suporte) e efêmera e imaterial (pragmática e sim bólica).
Conclusões: As implicações epistemológicas e políticas de modos de representação são evidenciadas mediante os
enunciados: a) “o documento, quando autênt ico, leva à verdade”, orientador da “informação como prov a” para
representação da realidade social; e b) “todo documento é um monumento”, orientador da “informação como monumento”
para a legitimação de discursos sobre a realidade.
PALAVR AS-CHAVE: Informação. Documento. Materialidade. Prova. Monumento. Repr esentação. Arquivo.
Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, Florianópolis, v. 24, n. 55, p. 01-22, mai./ago.
2019. Universidade Federal de Santa Catarina. ISSN 1518-2924. DOI: https://doi.org/10.5007/1518-2924.2019.e58738
2
1 INTRODUCTION
As one thinks of information as proof or monument, one assumes the existence of
at least three comprising aspects: materiality, institutionality, and representation. The
conceptual proposal Michael Buckland brings in his text “Information as thing” leads to an
elucidating path, albeit only introducing, toward the comprehension of these three aspects.
In Buckland’s view, the main study object of Information Science is the information
registered and contained within a storage and retrieval system. This type of information
presents one of its main virtues: materiality or perpetuity on a support, which causes it to
differ from the ephemeral and immaterial dimension of information as “process”
(communication) and as “knowledge” (cognition) (BUCKLAND, 1991).
Therefore, Buckland’s conceptual proposal assumes information institutionalization
or evidence registered and organized in a system so as to allow its retrieval, access and
use. He found in the word “thing” a term to, according to him, better define that type of
information. The materialized and institutionalized content – “information as thing” – also
finds meaningful expression in the object valued as document or monument (BUCKLAND,
1997; MEYRIAT, 1981).
Document can be understood, from Paul Otlet’s contributions, as an object in itself,
mention of the object in classification, general catalog making the inventory of objects or
as part of given collections or catalog of documents concerning things (BUCKLAND, 1997,
p. 805). It is comprised of objects expressed in graphic and written registers representing
ideas or any material form of expression of human thought,1 which interests
documentation for rational organization of registered knowledge.
Document, according to Suzanne Briet on a concept credited to a “contemporary
bibliographer concerning clarity”,2 “is a proof sustaining a fact.”3 She also adds: “it is every
concrete or symbolic index, preserved or registered, so as to represent, reconstitute or
prove a physical or intellectual phenomenon.”4 From Briet’s contributions, materiality
(support), intentionality (object as evidence), processing (transformation into document),
1 “Choses elles mêmes”, “La mention de chose dans la classification”, “Le catalogue général inventoriant les
choses en elles-mêmes ou appartenant à des collections déterminées”, “le catalogue (général ou particulier)
de documents relatifs aux choses.” (OTLET, 1934, p. 373).
2 “bibliographe contemporaine soucieuse de claret” (BRIET, 1951, p. 7).
3 “une preuve à l'appui d'un fait." (BRIET, 1951, p. 7).
4 "Tout indice concret ou symbolique, conservé ou enregistré, aux fins de représenter, de reconstituer ou de
prouver un phénomène ou physique ou intellectuel." (BRIET, 1951, p. 7).
Para continuar a ler
PEÇA SUA AVALIAÇÃO