Introdução

AutorANDERSON JÚNIO LEAL MORAES
Páginas7-12
Introdução
“Responder antes de ouvir é estultícia e vergonha.”
(Provérbios, 18: 13)
É evidente, mesmo para quem não se interessa pelo
Direito, que o Supremo Tribunal Federal (STF) vive a sua fase
de maior visibilidade. São poucos os dias em que os jornais
deixam de mencionar algo sobre o STF, cujas decisões
chamam cada vez mais a atenção dos cidadãos. A visibilidade
institucional do STF provoca, como seu reflexo, a visibilidade
de seus ministros, de quem os cidadãos e os jornalistas se
fazem partidários, o que ficou muito claro após o debate
pouco amistoso entre Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa no
plenário do Tribunal em abril de 2009.[1]
Essa crescente proeminência do STF agora obriga os
jornais a melhor dividir seus jornalistas pela Capital Federal.
Se antes se acumulavam ou no Palácio do Planalto ou no
Congresso Nacional, agora dão atenção como nunca ao canto
direito da Praça dos Três Poderes. Eles se somam à cobertura
feita pela TV Justiça, que transmite ao vivo as sessões da
Corte, numa iniciativa singular em todo o mundo.
As audiências públicas realizadas pelo STF, transmitidas
pela TV Justiça e repercutidas pelos jornais, também
contribuíram para que atenções se voltassem ao Tribunal.
Nesse ensejo, os próprios ministros compreenderam tais
audiências como abertura à sociedade (BRASIL, 2007) e
democratização do processo judicial (BRASIL, 2008)
A importância de um estudo que se dedique às audiências
públicas reside no crescente uso desse procedimento pelo STF
nos últimos anos. Muito embora tenham sido previstas nas
Leis no 9.868, de 10 de novembro de 1999 (BRASIL, 1999b), e

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT