Lesbianidade Feminista e o Pensamento Decolonial: Diálogos Necessários

AutorJuliana Gonçalves Tolentino, Nicole Faria Batista
Ocupação do AutorGraduanda em Ciências Sociais, UFMG, Brasil/Graduanda em Ciências Sociais, UFMG, Brasil
Páginas152-159
LESBIANIDADE FEMINISTA
E O PENSAMENTO DECOLONIAL:
DIÁLOGOS NECESSÁRIOS
Juliana Gonçalves Tolentino1
Nicole Faria Batista2
RESUMO: O trabalho procura trazer uma perspectiva lésbica, decolonial e raciali-
zada sobre a colonialidade do poder proposta por Quijano e também sobre a colo-
nialidade do sistema moderno de gênero, proposta por Lugones (2007; 2010). Dessa
forma, nosso objetivo é explorar, através de uma revisão teórica, textos de uma pers-
pectiva decolonial e/ou latino-americana que tocam na questão da sexualidade e do
gênero colocando-as em seu devido lugar de análise, que apesar de pouco explorados
dentro da academia eurocentrada, patriarcal, androcêntrica e heterossexual, são muito
ricos e relevantes para a análise da modernidade/colonialidade.
Palavras-chave: pensamento decolonial; feminismo; lesbianidade.
RESUMEN: El trabajo pretende aportar una perspectiva lesbiana, decolonial y ra-
cializada de la colonialidad del poder propuesto por Quijano y también de la colo-
nialidad del sistema moderno de género propuesto por Lugones (2007; 2010). Por lo
tanto, nuestro objetivo es explorar, a través de una revisión de la literatura, llamando
atención para textos que discurren desde una perspectiva decolonial y latinoamerica-
na el tema de la sexualidad y del género, que, aunque poco explorada en la academia
que es eurocéntrica, patriarcal, androcéntrica y heterosexual, son muy relevantes para
el análisis de la modernidad / colonialidad.
Palabras clave: pensamiento decolonial; feminismo; lesbianismo.
1. Introdução
O pensamento decolonial nos mostra que a colonização se fez basicamente
sobre três pilares: a raça, principalmente, mas também sob a exploração capitalista e
as classicações de gênero (QUIJANO, 2005). Como propôs Mignolo descolonizar o
ser, o saber, o poder (e o gênero) além de estar na luta política e nos movimentos so-
ciais, também abarca o campo epistêmico. E levando em conta que “Brancura e teoria
política, em outras palavras, são transparentes, neutras e objetivas, enquanto que Cores e
teoria política são essencialistas e fundamentalistas” (MIGNOLO, 2008, p. 297), con-
sideramos relevante, desde já, tratar dessas questões nos colocando como sujeitas das
¹ Graduanda em Ciências Sociais, UFMG, Brasil. julianatolentino17@gmail.com
² Graduanda em Ciências Sociais, UFMG, Brasil. nicfariab@gmail.com

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT