Lições maiores de walter piva rodrigues

AutorEugênio Bucci e Maria Paula Dallari Bucci
Páginas141-144
LIÇÕES MAIORES
DE WALTER PIVA RODRIGUES
Eugênio Bucci
Professor Titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo.
Membro do Conselho Cientíco-Cultural do Instituto de Estudos Avançados da Uni-
versidade Estadual de Campinas (Unicamp), do Conselho Consultivo do Programa
de Comunicação e Jornalismo do Insper, do Conselho Consultivo do Instituto Palavra
Aberta, do Conselhos Editoriais das revistas Interesse Nacional (ISSN 1982-8497) e
Pesquisa Fapesp. Escreve quinzenalmente na página 2 do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Maria Paula Dallari Bucci
Livre Docente e Doutora em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da Universi-
dade de São Paulo. Professora da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo,
Departamento de Direito do Estado. Foi Superintendente Jurídica da USP (2014-2017),
onde exerceu a função de Procuradora-Geral (2014-2015). Foi Secretária de Educa-
ção Superior do Ministério da Educação (2008-2010), Consultora Jurídica do MEC
(2005-2008) e Procuradora-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(CADE) (2003-2005).
Nós dois, autores deste texto, fomos apresentados uma ao outro nos tempos
em que estudávamos Direito no Largo de São Francisco. O casamento veio antes da
formatura, assim como o nosso primeiro f‌ilho, Mário – que também se formaria, uns
vinte e muitos anos depois, nas mesmas Arcadas. Temos um irmão (ou cunhado,
dependendo do ângulo) que também se formou na São Francisco, e lá deu aulas um
tempão, até se mudar para outra unidade da USP, o Instituto de Relações Interna-
cionais. É o Pedro Dallari. Temos um pai (ou sogro) que lá estudou, que lá lecionou
e exerceu o honroso posto de diretor: Dalmo Dallari. Temos uma sobrinha que já se
aproxima da formatura: Teresa Bucci. A São Francisco integra nossa agenda íntima,
corriqueira, mais cotidiana do que solene. Falamos sobre direito no café da manhã.
Falamos da São Francisco na cama. Uma de nós virou professora de Teoria Geral
do Estado. O outro de nós acabou virando professor na Escola de Comunicações e
Artes, a ECA, da USP. Logo ali.
É por aí, por essa nossa condição de professores, que começamos a falar sobre
Walter Piva Rodrigues. Identif‌icamos nele, acima da magistratura, o magistério. Ele
cumpriu um papel chave ao burilar a nossa vocação para dar aulas e orientar alu-
nos. Ter convivido com ele quando frequentávamos a graduação na São Francisco
foi um presente que ganhamos do destino e que nos marcou – nos moldou, em boa
medida – para sempre.
O Piva tinha uma dedicação aos alunos que nos inspirou – embora não nos dés-
semos conta dessa inspiração naqueles tempos turbulentos. Um de nós era mau aluno
em Processo Civil – e em todas as outras matérias também (exceção feita ao primeiro
DIREITO PROCESSUAL CIVIL CONTEMPORÂNEO.indb 129DIREITO PROCESSUAL CIVIL CONTEMPORÂNEO.indb 129 23/03/2020 18:44:1523/03/2020 18:44:15

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