Líder do PT diz que uso do fundo partidário na eleição ajuda ‘legendas de aluguel’

Agência O Globo -

BRASÍLIA — O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de permitir o uso do fundo partidário nas eleições de outubro, afirmando que a regra beneficiária os chamados "partidos de aluguel, de papel", aqueles que não têm uma vida partidária intensa. Pimenta disse que o TSE deveria rever essa decisão e também a resolução que permite o autofinanciamento de candidatos. Para o petista, a permissão do autofinanciamento, sem limites, beneficia os candidatos ricos e estimula o abuso de poder econômico.

Pimenta disse que os pequenos partidos, chamados por ele “de papel”, deverão atrair ainda mais políticos com a possibilidade de usar os recursos do Fundo Partidário em campanhas porque essas siglas costumam ter apenas candidatos nas eleições proporcionais _ para deputados _, sobrando mais verbas. Ele explica que, quando o partido tem candidatos a presidente e a governadores, por exemplo, a prioridade é as grandes candidaturas.

O líder destacou que o PT, assim como outros grandes partidos, tem estrutura partidária, com fundações, equipe de imprensa e que esses organismos sempre foram custeados com o fundo partidário, criado na sua essência para este fim.

— A decisão que permite a utilização do fundo partidário para as campanhas eleitorais também é um equívoco. Esse dinheiro é para a construção da democracia: para as fundações, as estruturas orgânicas dos partidos, para a vida partidária. Quando se permite que esse dinheiro seja utilizado para campanhas, mesmo depois de ter...

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