A loucura como um problema jurídico ? sociológico estudo acerca da construção de concepções de direito voltada ao portador de transtorno mental
Autor | Karllisson Alves Eleotério |
Cargo | Graduando em Direito pela FaSe |
Páginas | 335-359 |
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Α ΛΟΥΧΥΡΑ ΧΟΜΟ ΥΜ ΠΡΟΒΛΕΜΑ ϑΥΡ∆ΙΧΟ ΣΟΧΙΟΛΓΙΧΟ
ΕΣΤΥ∆Ο ΑΧΕΡΧΑ ∆Α ΧΟΝΣΤΡΥΟ ∆Ε ΧΟΝΧΕΠΕΣ ∆Ε ∆ΙΡΕΙΤΟ
ςΟΛΤΑ∆Α ΑΟ ΠΟΡΤΑ∆ΟΡ ∆Ε ΤΡΑΝΣΤΟΡΝΟ ΜΕΝΤΑΛ
Karllisson Alves Eleotério474
ΡΕΣΥΜΟ: Ο πρεσεντε αρτιγο τεµ χοµο οβϕετιϖο, εξπορ υµα ανλισε αχερχα
δο δεσενϖολϖιµεντο δε χονχεπεσ δε διρειτο δεστιναδασ αο τραταµεντο
δε ινδιϖδυοσ πορταδορεσ δε τρανστορνο µενταλ, δα Ιδαδε Μδια ατ οσ διασ
ατυαισ. Ταλ ινιχιατιϖα τορνα−σε ρελεϖαντε πελο φατο δε προπορχιοναρ
περχεπεσ νο θυε χονχερνε σ διϖερσασ φορµασ ιντερπρετατιϖασ χονστρυδασ
νο σειο δα σοχιεδαδε σοβρε υµα προβλεµτιχα ϕυρδιχο σοχιολγιχα. Χοµ
ισσο, ο εντενδιµεντο δα φορµα εµ θυε ασ διϖερσασ ινστιτυιεσ ϕυρδιχασ ου
σοχιαισ ιντερπρεταϖαµ ο φενµενο ρελαχιοναδο αο δοεντε µενταλ λεϖαϖαµ
εσποντνεα ελαβοραο δε ιντερπρεταεσ εµ τορνο δο φατο.
ΠΑΛΑςΡΑΣ ΧΗΑςΕΣ: τρανστορνο µενταλ −ιντερδιο χιϖιλ δεσϖιαντε
ΑΒΣΤΡΑΧΤ: Τηισ αρτιχλε αιµσ το εξποσε αν αναλψσισ οφ τηε δεϖελοπµεντ οφ
λεγαλ χονχεπτσ φορ τηε τρεατµεντ οφ ινδιϖιδυαλσ ωιτη µενταλ δισορδερσ, φροµ
τηε Μιδδλε Αγεσ το τηε πρεσεντ δαψ. Τηισ ινιτιατιϖε βεχοµεσ ιµπορταντ,
βεχαυσε ιτ προϖιδεσ ινσιγητσ ιντο τηε ϖαριουσ ιντερπρετατιϖε ωαψσ
χονστρυχτεδ ωιτηιν τηε σοχιετψ ρεγαρδινγ λεγαλ−σοχιολογιχαλ προβλεµσ. Τηυσ,
υνδερστανδινγ τηε ωαψ αχχορδινγ το ωηιχη τηε ϖαριουσ λεγαλ ορ σοχιαλ
ινστιτυτιονσ ιντερπρετεδ τηε πηενοµενον ρελατεδ το µενταλ πατιεντσ λεδ το
τηε σποντανεουσ δεϖελοπµεντ οφ ιντερπρετατιονσ οφ τηισ φαχτ.
ΚΕΨΩΟΡ∆Σ: µενταλ ιλλνεσσ −τεµποραρψ ωορκ −δεϖιατε
1. Τραϕετρια δα λουχυρα Ο οληαρ δε Φουχαυλτ
Ο δοεντε µενταλ σεµπρε φοι µοτιϖο δε µυιτα δισχυσσο
πελασ αυτοριδαδεσ χονστιτυδασ, πελοσ ιντελεχτυαισ, βεµ χοµο πελα
σοχιεδαδε δε υµα φορµα εµ γεραλ, δυραντε τοδα α ηιστρια δα
ηυµανιδαδε. Ινιχιαρεµοσ νοσσα εξπλαναο α παρτιρ δο φιναλ δα
474 Graduando em Direito pela FaSe.
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Idade Média. Tal contexto foi marcado pelo surgimento de um
espaço de confinamento que antes era utilizado no tratamento das
pessoas que contraíam a lepra. A intensificação por parte das
autoridades medievais no tratamento segregacionista desse tipo de
doença mediante a utilização do confinamento provocou o controle
no seu aparecimento tendo sido afirmado até que a lepra tinha sido
exterminada da humanidade. Além disso, o desaparecimento da
lepra também foi provocado devido ao término das Cruzadas com o
afastamento dos principais focos orientais de contaminação. Tal
controle na incidência da lepra e o consequente desaparecimento
da preocupação do poder real com este problema, que tanto
assolou as cidades, serviram para tornar sem utilidade os espaços
de internamento por muito tempo. A esse respeito Foucault (2008)
explica: Estranho desaparecimento, que sem dúvida não foi
o efeito, longamente procurado, de obscuras
práticas médicas, mas sim o resultado espontâneo
dessa segregação e a conseqüência, também, após o
fim das Cruzadas, da ruptura com os focos orientais
de infecção. A lepra se retira, deixando sem
utilidade esses lugares obscuros e esses rit os que
não estavam destinados a suprimi-la, mas sim a
mantê-la a uma dist ância sacramentada, a fixá-la
numa exaltação inversa. Aquilo que sem dúvida vai
permanecer por muito tempo, e que se manterá
ainda numa época em que, há anos, os leprosários
estavam vazi os, são os valores e as imagens que
tinham aderido à personagem do leproso; é o
sentido dessa exclusão, a importância no grupo
social dessa figura insist ente e t emida que não se
põe de lado sem se traçar à sua volta um círculo
sagrado. (p. 5-6)
Os leprosários, após o controle da transmissão da lepra,
inicialmente foram utilizados, ao final do século XV, por pessoas que
contraíam doenças venéreas. No entanto, a doença venérea não
ocupou lugar de destaque entre os principais problemas de saúde
que podiam abalar a estrutura social daquele período, devido a sua
colocação ao lado das outras doenças e em face do aparecimento
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