Mestres do passado: clássicos da sabedoria política moderna

AutorDiogo da Silva Roiz
CargoDoutorando em História pela UFPR, bolsista do CNPq
Páginas527-529
Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, Volume 45, Número 2, p. 527-529, Outubro de 2011
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1 Doutorando em História pela UFPR, bolsista do CNPq. Mestre em História pela UNESP. Professor
da UEMS (diogosr@yahoo.com.br).
Mestres do passado: clássicos da sabedoria política moderna
Diogo da Silva Roiz1
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
LOPES, M. A. Mestres do passado: clássicos da sabedoria política moderna.
Londrina/PR: Eduel, 2009, 224p.
O que Marcos Antônio Lopes nos propõe, com essa leitura dos clássicos da
filosofia e da ciência política, é circunstanciar como se formaram as tra-
dições intelectuais, de modo a dar permanência a certas obras do pensamento
na história ocidental. Para tanto, preocupa-se com a análise das obras de Ma-
quiavel, Thomas Morus, Giordano Bruno, Thomas Hobbes, John Locke, Bos-
suet, Voltaire e Montesquieu. Ao efetuar, assim, uma leitura moderna dos sabe-
res clássicos do passado, além de nos indicar a atualidade dessas obras numa
época tão adversa como a nossa, também demonstra como esse tipo de leitura
pode se estender para outros autores, obras e momentos – com sua proposta
de ‘Esticando conceitos’. Para Lucília de Almeida Neves Delgado, que prefa-
cia a obra, “discute-se de forma recorrente a relação da Teoria Política com o
método histórico, enfatizando a importância da História como elemento essen-
cial ao entendimento da Teoria Política”, justamente porque “o pensamento
apresenta temporalidade e também capacidade de extrapolar delimitações tem-
porárias, atualizando-se e revigorando-se nas diferentes conjunturas históri-
cas”, isto é, “o pensamento político apresenta sentido histórico e boa parte do
esforço autoral se desenvolve no sentido de contextualizar ideias que, a rigor,
pertencem exclusivamente à sabedoria dos mestres do passado” (p. 13). Os
textos aqui reunidos, como o autor nos informa na apresentação, mesmo sendo
dirigidos para os alunos de graduação e da pós-graduação nas várias áreas das
humanidades, como material didático de apoio para aulas e discussões sobre o
tema, eles podem muito bem servir ao profissional e ao leitor culto, interessado
em questões teóricas, metodológicas e históricas.
A importância de se conhecer a formação dessas tradições intelectuais que
prefiguraram a consolidação e a permanência de obras de pensamento na histó-
ria ocidental, entre outras coisas, está em que os “ideais sobre política ou acerca
de outras dimensões da cultura no tempo presente, normalmente concebidos como
o fino da originalidade, podem ter recebido formulações no passado de maneira
até bem mais vigorosa” (p. 37). Além disso, “os clássicos servem para compre-
endermos como adquirimos as ideias sobre o nosso tempo” (p. 38).

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