Metodologia por Competência para Aprendizagem na Instituição SENAI
Autor | Mariane Josviak/Regina Bergamaschi Bley/Silvia Cristina Trauczynski |
Páginas | 101-105 |
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A A Lei da Aprendizagem n. 10.097/2000, regulamentada pelo Decreto n. 5.598/2005, estabelece que todas as empresas de médio e grande porte estão obrigadas a contratar adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos. Deste modo, diante da atual situação do mercado de trabalho, há uma necessidade de um perfil profissional diferenciado do jovem aprendiz.
Com esse intuito, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) busca desenvolver uma metodologia que aprimore as competências profissionais de acordo com a demanda do mercado. Isso é feito com o auxílio de profissionais da área da indústria que auxiliam na identificação das aptidões que necessitam de desenvolvimento. Deste modo, o método do SENAI para a formação de profissionais encontra sua base em competências.
De acordo com essa metodologia, o docente trabalha com situações-problemas, pesquisa, estudo de caso e projeto. Tudo o que é utilizado está presente no mercado de trabalho e no contexto sociocultural. Assim, é possível atender aos objetivos das competências, possibilitando ao aluno relacionar a teoria com a prática. (SENAI, 2009, p. 36)
A aprendizagem tem seu início da Idade Média. Na época, existiam as corporações de ofício, sendo que cada qual possuía um mestre (responsável por uma delas devido à sua aptidão profissional e experiência) que ensinava a sua profissão ao aprendiz que, posteriormente, poderia se tornar companheiro, porém poucos conseguiam tornar-se mestre. Esse modelo de aprendizagem não sofreu alterações até a Revolução Industrial do século XVIII.
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Após a década de 40 no século XX, a aprendizagem começa a ganhar novas reformulações e características. Nas últimas décadas a aprendizagem vem acompanhando o crescimento da indústria, comércio e prestação de serviço e o desenvolvimento da economia brasileira, em termos de produtividade e tecnologia, apresentando ciclos de crescimento e declínio.
A aprendizagem começar a ter duas etapas igualmente relevantes, ou seja, uma parte na escola e outra na empresa. A etapa na escola desenvolve-se por atividades planejadas de ensino-aprendizagem, a etapa na empresa é teoria aprendida na escola relacionada a uma determinada área, fazendo com que o jovem aprendiz aprenda as profissões.
A aprendizagem por ser realizada por jovens da faixa etária dos 14 anos aos 24 anos, exceto para aprendizes com deficiência conforme previsto em lei. O aprendiz tem o registro na carteira de trabalho com base na CLT, o que garante os direitos e deveres trabalhistas.
A aprendizagem se institui como um programa nacional no SENAI, a partir da década de 1990, contando com parcerias das empresas em foco o alinhamento da atual política pública que constitui uma virtuosa associação de formação e emprego, ainda que não se tenha uma garantia plena de inserção de jovem no mercado de trabalho formal.
Os alunos dos cursos de aprendizagem estão dispensados da autodeclaração de baixa renda (conforme Resolução n. 394/09...
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