Motorista sobrevive após cair com carro da ponte rio-niterói
Marina borges capotou sete vezes e ficou boiando à espera de socorro
Leonardo Barros
leonardo.sousa@oglobo.com.br
Waleska Borges
waleska.borges@oglobo.com.br
Milagre. O resgate de Marina Borges: sem fraturas, apenas lesões no baço
Divulgação
Uma jovem de 22 anos já pode dizer que nasceu de novo após sofrer um acidente na Ponte Rio-Niterói na manhã de ontem. Marina Pinto Borges, que dirigia um Renault Sandero, bateu na mureta que divide os dois sentidos da via, capotou sete vezes, na descida do vão central, e despencou quase 50 metros, caindo dentro da Baía de Guanabara. Ela foi jogada para fora do carro, que afundou pouco depois, e ficou boiando à espera de socorro. Resgatada por marinheiros de uma lancha de praticagem, a jovem não teve nenhuma fratura, apenas lesões no baço.
Marina contou que estava indo de casa, em São Gonçalo, para a empresa onde trabalha, em Olaria, por volta das 6h10m, quando tentou desviar de um carro que, segundo ela, freou bruscamente na Ponte. Com isso, ela perdeu a direção. A concessionária que administra a ponte comunicou por rádio o problema e o comandante de um rebocador que passava perto do local foi o primeiro a avistar Marina. Luiz Felipe Oliveira contou que a jovem estava boiando - a profundidade da água, onde ela caiu, é de 15 metros. Ele acionou uma lancha de praticagem, e os marinheiros tiraram a motorista da água. Alessandro Gomes, um dos que ajudaram a salvar a vida de Marina, ficou espantado por ela estar consciente.
- Seguimos para o local e encontramos uma mulher boiando na água. Ela estava muito cansada, e o carro já tinha afundado. Ela falou que não tinha quebrado nenhum osso, que se chamava Marina e que estava indo trabalhar - contou Alessandro.
Marina ficou na lancha de Alessandro até a chegada de uma equipe do Grupamento Marítimo do Corpo de Bombeiros. Ela foi levada para a Marina da Glória e, de lá, seguiu de ambulância até o Hospital Souza Aguiar, no Centro, onde passou por uma cirurgia no baço. O estado de saúde da jovem é considerado estável pela Secretaria municipal de Saúde. Ainda não há, no entanto, previsão de alta.
O acidente deixou as pessoas envolvidas no resgate chocadas:
- Quando chegamos, o carro ainda não tinha afundado, e ela estava a 250 metros do veículo. Estava em estado de choque, mas contou que não havia mais ninguém com ela. Há cinco anos trabalho em rebocador e nunca tinha visto algo assim - disse Luiz Felipe.
Namorado agradece torcida
A mãe da jovem, muito nervosa, disse...
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