Nietzsche e a Filosofia

AutorRenato Almeida Molina
CargoPsicólogo pela Universidade de Cuiabá; Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, na linha de pesquisa Cultura, Memória e Teorias em Educação; Integrante do Grupo de Estudos em Didática, Filosofia e Formação do Educador
Páginas269-272
Revista de Ciências Humanas - Florianópolis - Volume 45, Número 1 - p. 269-272 - Abril de 2011
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1 Psicólogo pela Universidade de Cuiabá; Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal de Mato Grosso, na linha de pesquisa Cultura, Memória e Teorias em Educa-
ção; Integrante do Grupo de Estudos em Didática, Filosofia e Formação do Educador. Endereço para
correspondências: Rua Geraldo Deschamps de Almeida, 147, Jardim Petrópolis, Cuiabá, MT, 78070-
130 (renatomol@yahoo.com.br).
2 Pedagoga pela Universidade Federal de Mato Grosso; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em
Educação da Universidade Federal de Mato Grosso, na linha de pesquisa Cultura, Memória e Teorias
em Educação; Bolsista CAPES; Integrante do Grupo de Estudos em Didática, Filosofia e Formação
do Educador. Endereço para correspondências: Av. Dr. Hélio Ribeiro, 165, Jd. Eldorado, Ed. Portal
de Cuiabá, Apto. 30, Cuiabá, MT, 78048-250 (polyanaolini@gmail.com).
3 Filósofo; Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo; Professor do Programa de Pós-
Graduação em Educação; Adjunto do Departamento de Teorias e Fundamentos da Educação do
Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso; Coordenador do Grupo de Estudos
em Didática, Filosofia e Formação do Educador. Endereço para correspondências: Universidade
Federal de Mato Grosso, Instituto de Educação, sala 32, Av. Fernando Correia da Costa s/n, Coxipó.
Cuiabá, MT, 78060-900 (silas@terra.com.br).
4 Marton.Nietzsche, seus leitores e suas leituras. São Paulo: Barcelona, 2010, p.38.
Nietzsche e a Filosofia
Renato Almeida Molina1
Polyana Cindia Olini2
Silas Borges Monteiro3
Universidade Federal de Mato Grosso
DELEUZE, G. Nietzsche e a Filosofia. Tradução: Antônio M. Magalhães.
Portugal: Rés, 1987.
Este talvez pareça um daqueles livros que, de início, tratam da história da
filosofia. O título – um tanto monográfico – oferece a impressão inicial de
um autor, neste caso Gilles Deleuze (1925-95), apresentando o pensamento de
outro, neste caso Friederich Nietzsche (1844-1900). O primeiro alerta se faz
necessário: o que é apresentado é o movimento que Deleuze faz com o pensa-
mento de Nietzsche. O livro original do ano de 1962 é marcado por uma tenta-
tiva de Deleuze em reconstruir a filosofia de Nietzsche, apresentando esta de
modo “resolutamente antidialético”4. Outra característica original apresentada
na leitura feita pelo filósofo francês é a ênfase marcada no binômio estrutura-
lista “ativo e reativo”, conceitos não tão evidentes na obra de Nietzsche. Antes
de passar à análise do pensamento que Deleuze faz sobre aquilo que ele chama
de projeto filosófico de Nietzsche, mais uma ressalva se faz necessária: este
não é um texto de filosofia ética ou prescritiva; não apresenta um modo, receita
ou sistema de se viver a vida. Retrata, isto sim, alguns dos elementos presentes
na decadência do humano.
Sem rodeios, o autor apresenta de imediato o projeto geral de Nietzs-
che: introduzir em filosofia os conceitos de sentido e de valor. Esse inves-
timento é necessário para a aproximação com o conceito de genealogia,

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