Inteligência Organizacional e Competitiva e a Web 2.0

AutorKira Tarapanoff - Lillian Maria Araújo de Rezende Alvares
CargoUniversidade de Brasília - Universidade de Brasília
Páginas37-63
37
v. 18, n. 38, 2013.
p. 37-64
ISSN 1518-2924
Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, v. 18, n. 38, p. 37-64,
set./dez., 2013. ISSN 1518-2924. DOI: 10.5007/1518-2924.2013v18n38p37
Inteligência Organizacional e Competitiva e a Web 2.0
Organizational and Competitive Intelligence 2.0
Kira Tarapanoff
1
Lillian Alvares2
RESUMO
Analisam-se as possibilidades que se descortinam para a Inteligência Organizacional e Competitiva (IOC)
sob a Web 2.0. A abordagem integrada baseada na Ciência e Gestão da Informação, Gestão do
Conhecimento, Inteligência Competitiva e disciplinas correlatas, aponta algumas das principais iniciativas
e metodologias de obtenção de inteligência neste contexto. Entende-se que o melhor aproveitamento da
inteligência coletiva com vistas ao compartilhamento e à criação conjunta do conhecimento são suas
características essenciais constituindo os elementos de base da IOC e, assoc iadas a conceitos emergentes
do mundo corporativo, como a sustentabilidade, apontam para o que podemos chamar de I nteligência
Organizacional e Competitiva 2.0.
PALAVRAS-CHAVE: Web 2.0. Organização 2.0. Estratégias organizacionais.
ABSTRACT
New possibilities are analyzed for Competitive and Organizational Intelligence under Web 2.0. The
underlying theoretical approach is based on Information Science, Information and Knowledge
Management, Competitive Intelligence and related disciplines, in an integrated manner. The thesis that is
defended in this essay considers that the basic elements that constitute what is understood by competitive
and organizational intelligence 2.0 are the adequate use of collective intelligence accessible at the Web 2.0
in ord er to create and share knowledge; associated with the emerging concepts of the corporate world
such as sustainability.
KEYWORDS: Web 2. Organization 2.0. Organizational Strategies.
1Universidade de Brasília - ktarapanoff@gmail.com
2 Universidade de Brasília - lillianalvares@unb.br
ARTIGO
Recebido em:
30/08/2013
Aceito em:
05/11/2013
38
1 INTRODUÇÃO
Nas organizações e sociedade, graças à evolução das tecnologias de informação e
comunicação, observou-se que o fenômeno da produção da informação e,
particularmente, da demanda pela informação (em suas diversas formas, especialmente
via internet, celulares, produção multimídia, e outras), a informação, em si, deixou de ser
um artigo de consumo intermediário para ocupar seu papel atual de vetor, de força
estruturante que energiza e impulsiona o sistema social e produtivo (MAVRAGANIS,
1989).
Neste contexto, o paradigma da Web mudou seu foco, de centrado nos negócios,
para centrado no usuário. Esta mudança de paradigma tornou-se conhecida como Web
2.0, termo usado pela primeira vez por Tim O´Reilly em 2004 (O´REILLY, 2007).
O grande interesse na Web 2.0 relaciona-se ao rápido crescimento da população
que utiliza a internet, pois permite a interação dinâmica dos seus usuários. O ambiente
social e tecnológico de participação e interação positiva de usuários define a Web 2.0
(LEE, 2011).
Sob esta orientação, o que constrói a Inteligência Organizacional e Competitiva
(IOC) 2.0? Entendemos que o melhor aproveitamento da inteligência coletiva com vistas
ao compartilhamento e à criação conjunta do conhecimento são as características
essenciais necessárias ao pleno entendimento da Web 2.0. Juntas, essas duas matérias
constituem também os elementos de base da IOC e, associadas a conceitos emergentes
do mundo corporativo, como a sustentabilidade, apontam para o que podemos chamar
de Inteligência Organizacional e Competitiva 2.0.
Por sustentabilidade organizacional entendemos a corporação que adota, na
prática, o chamado tripé da sustentabilidade
3 (Pessoas, Planeta, Lucro). Conceito que se
refere aos resultados da empresa medidos em termos sociais, ambientais e econômicos
(ELKINGTON, 1997). Pesquisa feita pela SustainAbility e Programa das Nações Unidas
para o Meio Ambiente (Pnuma), em 2009, reconheceu a Natura como empresa
sustentável, pelo seu compromisso com a prosperidade econômica e continuidade da
empresa; desenvolvimento de valores e atitudes de respeito ao meio ambiente; e por
promover bem estar social e equidade (EDITORA ABRIL, 2013). Entendemos que a IOC
2.0 se desenvolve a partir da capacidade organizacional de monitorar (informações),
adaptar-se, inovar e desenvolver-se de forma sustentável.
3Resultado final tríplice - Tripple bottom line sustainability (People, Planet, Profit).

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT