A perigosa farmácia caseira

Ana Carolina CardosoAhistória é comum: basta uma dor de cabeça, um início de gripe ou um mal-estar que o brasileiro corre para encontrar algum medicamento no seu pequeno estoque em casa ou então se dirige à farmácia mais próxima na busca daquele remédio "de confiança", seja pelo uso de longa data, seja pelas recomendações de parentes ou amigos. O hábito, já muito arraigado na população, representa um enorme risco à saúde. Em estudo recente, divulgado pelo Centro Multidisciplinar da Dor, no Rio de Janeiro, foi constatado que pelo menos metade dos pacientes se baseia em pessoas não qualificadas na hora de tomar um medicamento e que 40% repetem a medicação prescrita em ocorrências anteriores. Esse comportamento, porém, pode levar a graves complicações, como danos ao fígado e severas reações alérgicas e adversas, que podem inclusive levar à morte.Depois de muita polêmica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou novamente a venda de medicamentos que não precisam de prescrição médica em prateleiras. A justificativa é que, ao passar para dentro do balcão, foi prejudicado o direito de o consumidor escolher o medicamento mais conveniente e que a proibição não tinha reduzido a automedicação - o que abre espaço para que as perigosas "farmácias caseiras" proliferem ainda mais e...

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