Polêmicas de crivella dividem cariocas, diz pesquisa

Além de enfrentar taxas de reprovação em níveis recordes (72% consideram a administração municipal ruim ou péssima), o prefeito Marcelo Crivella se envolveu em polêmicas este ano que dividiram os moradores do Rio, aponta pesquisa Datafolha encomendada pelos jornais O GLOBO e Folha de São Paulo. Num dos enredos que mais repercutiram, o da Linha Amarela, 71% dos cariocas ouvidos acreditam que o prefeito agiu bem ao suspender a cobrança do pedágio, mas a maioria (55%) reprovou a ordem do prefeito que resultou na destruição das instalações da concessionária. Na ação, agentes municipais usaram retroescavadeiras para derrubar cabines e retirar equipamentos.O resultado da tentativa de encampar a via, que está sob discussão judicial, foi positivo para Crivella. O instituto constatou que a interrupção da cobrança teve ecos favoráveis em todas as variáveis sociodemográficas, de renda ou religião, por exemplo. Apenas 24% disseram que o prefeito Crivella agiu mal em relação ao pedágio. A medida teve apoio, sobretudo, nas zonas Norte e Oeste, que são ligadas pela Linha Amarela, e onde 74% e 73% dos entrevistados, respectivamente, concordaram com a iniciativa. O mesmo ponto foi apoiado por 66% dos moradores do Centro e por 49% da Zona Sul.A forma violenta com que Crivella tentou romper o contrato com a concessionária Lamsa, no entanto, é que desagradou a maioria. Ao avaliar a operação de 27 de outubro, quando as cancelas foram retiradas à força para liberar a passagem aos motoristas, 70% dos entrevistados mais escolarizados, com nível superior, reprovaram a atitude de Crivella. Também não concordaram com o prefeito 75% dos mais ricos, com renda familiar de mais de dez salários mínimos, e 76% dos que moram na Zona Sul. Por outro lado, num cômputo geral, 41% dos entrevistados aprovaram o comportamento, e 4% não souberam responder.controvérsia na bienalNo mês anterior à confusão na Linha Amarela, a decisão do prefeito de recolher os quadrinhos "Vingadores: a cruzada das crianças", na Bienal do Livro, em setembro, gerou protestos e debates entre juristas, que criticaram o ato de censura. Na época, Crivella alegou que a HQ de super-heróis, que ilustrava um beijo gay entre dois dos personagens, continha "conteúdo sexual para menores". O assunto também foi questionado pelo Datafolha, e as avaliações sobre o...

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