Política Externa e Imprensa: a saída do Brasil da Liga das Nações (1926) pelos jornais Correio da Manhã e Jornal do Commercio

AutorJônatan Coutinho da Silva de Oliveira
CargoUniversidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de História, Programa de Pós-Graduação em História Social, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Páginas248-268
Esboços, Florianópolis, v. 28, n. 48, p. 248-268, maio/ago. 2021.
ISSN 2175-7976 DOI https://doi.org/10.5007/2175-7976.2021.e77691
artigo
original
248/635
POLÍTICA EXTERNA E IMPRENSA:
A SAÍDA DO BRASIL DA LIGA DAS
NAÇÕES (1926) PELOS JORNAIS
CORREIO DA MANHÃ
E
JORNAL
DO COMMERCIO
Foreign policy and the press: Brazil’s withdrawal from the League of
Nations (1926) by the newspapers Correio da Manhã and Jornal do
Commercio
Jônatan Coutinho da Silva de Oliveira a
https://orcid.org/0000-0002-1435-4219
E-mail: jonatanni@yahoo.com.br
a Universidade Federal do Rio de Janeiro, Instituto de História, Programa de
Pós-Graduação em História Social, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
histórias em contextos globais
DOSSIÊ
Internacionalismo e história global
Esboços, Florianópolis, v. 28, n. 48, p. 248-268, maio/ago. 2021.
ISSN 2175-7976 DOI https://doi.org/10.5007/2175-7976.2021.e77691 249/635
RESUMO
O presente trabalho analisa as relações entre imprensa e política externa no contexto da participação
diplomática brasileira na Liga das Nações, com destaque para a cobertura jornalística sobre a atuação
brasileira nos dias que circundaram a reunião geral da Liga (17 a 20 de março de 1926) onde o Brasil
anunciou que vetaria a entrada da Alemanha na Liga e no Conselho Executivo da instituição. Este
veto foi entendido de diferentes maneiras pela grande imprensa do Rio de Janeiro, capital federal. O
Jornal do Commercio, de propriedade do então ministro das relações exteriores Felix Pacheco, realizou
grande cobertura, exaltando a participação e as atitudes dos principais atores políticos envolvidos. Já
o Correio da Manhã, jornal de oposição, realizou uma cobertura mais crítica às decisões políticas e
ainda questionou a necessidade de participação do Brasil na Liga. Nesta comparação, percebe-se que
a imprensa atuava como importante difusor de ideias políticas e, mesmo cobrindo o mesmo evento
político, podiam transmitir ideias e opiniões políticas distintas.
PALAVRAS-CHAVE
Imprensa. Política Externa Brasileira. Liga das Nações.
ABSTRACT
This paper analyzes the relations between the press and foreign policy in the context of the Brazilian
diplomatic participation in the League of Nations, highlighting the journalistic coverage of Brazil’s
performance in the days surrounding the general meeting of the League (March 17-20, 1926) where
Brazil announced that it would veto Germany’s entry into the league and its executive board. This veto
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do Commercio, owned by the foreign minister Felix Pacheco, made a large coverage, extolling the
participation and attitudes of the main political actors involved. The Correio da Manhã, an opposition
newspaper, made a more critical coverage of political decisions and even questioned the need for Brazil
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KEYWORDS
Press. Brazilian Foreign Policy. League of Nations.

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