Prefácio

AutorGeorgenor de Sousa Franco Filho
Páginas33-34
PREFÁCIO
A obra que tenho o privilégio de apresentar, pode-se dizer que nasceu de uma pergunta despretensiosa que
formulamos ao festejado autor, por ocasião de seu inspirado discurso proferido na concorrida sessão de posse do
magistrado Rodolfo Pamplona Filho, em Salvador, no dia 04.03 corrente na Presidência da Academia Brasileira de
Direito do Trabalho.
A pergunta foi no sentido de saber se na ocasião em que atingia o ápice da carreira de professor e magistrado
não estaria cogitando publicar o seu manual contendo a sistematização de toda a sua obra, construída no magis-
tério junto à Universidade da Amazônia.
Assim, porque a ideia de reunir toda a experiência adquirida nos longos anos de magistério consiste num fecho
de ouro e numa oportunidade gloriosa de reunir grande parte de sua experiência profissional.
Georgenor de Sousa Franco Filho me respondeu, prontamente, que realmente seria uma ideia a ser cogitada.
Passados alguns dias recebi uma carta sua dizendo que já tinha antes pensado mesmo no assunto e boa parte dos
trabalhos já estavam reunidos no que se chamaria “Curso de Direito do Trabalho”.
Com impressionante eficiência o autor, pouco antes de uma viagem a Tel Aviv de férias, me enviava um sucu-
lento sumário do seu “Curso de Direito do Trabalho”, no qual nada faltava porque a abordagem ampla e completa
trata de todos os aspectos relevantes do Direito do Trabalho. Ao mesmo tempo, me pedia aceitar o encargo que
muito me dignifica de fazer o prefácio da obra, na verdade grandiosa, sistematizada e didática como interessa a
um país como o Brasil.
Desde logo, me pus então a esquadrinhar o seu formidável trabalho no magistério e na carreira brilhante de
magistrado.
Na verdade, conhecia boa parte dos seus trabalhos, pois o ilustre autor realizou o curso de Doutorado em
nossa Universidade de São Paulo. Fui convidado a fazer parte da Comissão Examinadora, razão pela qual pude
testemunhar o seu surpreendente entusiasmo e sua competência sob a orientação do Prof. Vicente Marotta Rangel.
A tese final do doutorado levou a Comissão Examinadora a aprová-la por unanimidade com a nota 10 (dez). A
proclamação do resultado causou comoção no corpo de colegas e pessoas gradas que assistiam ao concurso.
Para alcançar esse êxito, raro na USP, teve de enfrentar todas as dificuldades que aqueles que vêm de longe a
São Paulo, em busca de aperfeiçoamento cultural, padecem longe de sua família, contando no caso apenas com a
parceria de sua dedicada esposa, advogada nos foros do Pará, e de seus dois filhos menores, vencendo os longos
períodos de curso e atividades.
À medida que revia sua impressionante produção científica, fazia notar sua impecável linha ética a tudo aten-
dendo, embora atropelado pelos encargos judiciais e sociais da Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da
8ª Região, que reúne os Estados do Pará e do Amapá.
O denodado professor a nada faltava, participando das reuniões, congressos, reuniões sem fim exigidas pelo
exercício da Presidência do Tribunal, sem descurar de obrigações de amoroso pai de família.
Sua obra política e jurídica é enorme. Dos 37 livros que escreveu individualmente, os mais importantes são:
Imunidade de jurisdição trabalhista dos entes de Direito Internacional Público, que recebeu o Prêmio “Oscar Saraiva”
do Tribunal Superior do Trabalho (São Paulo: LTr, 1986); Relações de trabalho na Pan-Amazônia: a circulação de

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