Presença das mulheres na arbitragem cresce pelo 5º ano

A participação feminina nas escalas de arbitragem passou de 4,47% em 2009 para 16,8% em 2020, de acordo com um levantamento realizado pela CBF, que compreende partidas da base e das quatro divisões profissionais do futebol brasileiro. A linha, que desde 2015 apresenta um crescimento lento, porém constante, aponta para um futuro com mais mulheres com apitos e bandeiras na mão.Em entrevistas ao GLOBO, as principais árbitras em atividade no Brasil afirmam que, em uma profissão ainda dominada pelos homens, oportunidade é a palavra-chave. No último ano, foram realizados 2.383 jogos " sendo que cada partida pode ter até sete árbitros e assistentes, como na Série A, por causa da cabine do VAR.Em 924 desses jogos, pelo menos uma mulher atuou como assistente e em 189 como árbitras centrais. Em 2020, mulheres trabalharam em 519 dos 1030 jogos disputados até o início deste mês. A Série D é onde elas mais são escaladas.Hoje, a arbitragem de Botafogo e Goiás, no Nilton Santos, terá o comando de Edina Batista "única mulher a apitar na Série A. Neuza Back será assistente. Ontem, Andreia Marcelino de Sá bandeirou no Fortaleza x Palmeiras." Dependemos de alguém para assinar uma escala para permitir que a gente entre em campo e mostre a nossa qualidade. Se tiver pessoas com a cabeça fechada no comando, isso nunca vai acontecer " afirma a paranaense, de 40 anos.Pioneirismo e visibilidadeNo quadro da CBF desde 2007, Edina foi assistente e atua como árbitra central desde 2014. Ela estreou na primeira divisão no ano passado, tornando-se a primeira mulher da história a alcançar o feito." Sempre me falaram que era impossível ser árbitra central na Série A. Muitas meninas se espelham em nós e temos uma responsabilidade muito grande. Um erro nosso, todas pagam " disse ela, que também foi a representante da arbitragem brasileira na Copa do Mundo Feminina da França, em 2019.Com a criação de uma sala exclusiva para mulheres no curso de arbitragem, a Federação Paulista de Futebol (FPF) teve recorde de inscritas em 2019. O crescimento foi exponencial: ao todo, 49 mulheres iniciaram o curso ante apenas sete inscrições em 2018.Assim como Edina, Neuza Back é parte do quadro paulista de arbitragem e outro nome recorrente nas escalas. A catarinense, de 36 anos, é a...

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