Próximos meses podem ser difíceis para crédito a empresas, avalia Iedi

Sem programas emergenciais e diante de novas medidas restritivas a partir de março, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) vê meses difíceis pela frente para o crédito corporativo. Os analistas da entidade ressaltam que o fato de fevereiro ter sido o terceiro mês consecutivo de recuo do financiamento às empresas na comparação anual e quando descontada a inflação pelo IPCA reforça essa percepção.

Segundo o instituto, “o declínio de 1,4% do crédito novo concedido às empresas, em fevereiro de 2021, decorreu das operações livremente pactuadas entre as partes, que registrou queda de 3,3%” frente ao mesmo mês de 2020 em termos reais.

O crédito direcionado, por sua vez, avalia o Iedi, manteve-se em alta, mas em ritmo inferior ao que vinha apresentando entre abril e dezembro do ano passado.

As companhias viram no mês passado o crédito recuar sobretudo nas modalidades capital de giro (-9,7%), conta garantida (-34,2%), desconto de cheques (-38,8%) e cheque especial (-30,4%).

Em direção oposta, o crédito às famílias voltou a crescer, depois da queda em janeiro. No primeiro mês de 2021, o financiamento às pessoas físicas caiu 8,1%, mas em fevereiro subiu 1,1% na comparação com os mesmos meses de 2020.

O Iedi, porém, faz uma ressalva sobre o crédito para as famílias. A conclusão, baseada nos dados divulgados pelo Banco Central, é que o avanço de 1,1% no crédito total se deve à subida de 38,2% nas operações direcionadas em fevereiro. Os empréstimos livremente pactuados registraram...

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