A realidade social

AutorFlávio Túlio Ribeiro Silva
Páginas120-123

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As condições de vida da população têm se alterado e também a forma de medir o que seria na prática o significado do desenvolvimento humano. O sentimento de bem estar das pessoas não deve ser mensurado apenas pelo patrimônio, bens e inversões numa vertente econômica. Deve-se analisar nesta nova ótica se as demandas desse indivíduo estão sendo satisfeitas. A capacidade de desfrutar de assistência à saúde, uma educação digna e garantia aos direitos humanos fundamentais. E nestes preceitos que podemos auferir. Assim, o crescimento econômico, ainda que necessário, não é o suficiente para melhoria nas condições de vida.

O progresso social está em criar condições para que esse indivíduo amplie suas possibilidades de acesso ao conhecimento, participação no meio social e uma segurança quanto às adversidades de saúde ou desemprego a partir de uma ação do Estado. Segundo um informe do PNUD (Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento), em 1990, o desenvolvimento humano é:

Um processo em que se ampliam as oportunidades do ser humano. Em princípio, estas oportunidades podem ser infinitas e mudar com o tempo. Sem dúvida, a todos os níveis de desenvolvimento, as três

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mais importantes são: desfrutar de uma vida prolongada e saudável, adquirir conhecimento e ter acesso aos recursos necessários para alcançar um nível de vida decente20.

Ainda que a mensuração do índice de desenvolvimento humano (IDHI) se baseie em dados de saúde, educação e ingresso, foi necessário adaptar a capacidade de fornecimentos de dados de cada país e, em 1997 inclui-se o índice de pobreza humana (IPH).

O IDH venezuelano é de 0,735, o que põe o país na colocação 73a entre os 187 países, acima da média da América Latina (0,731) e do mundo (0,681). Observamos que, entre os anos de 1990 a 2000, pouco cresceu, de 0,629 para 0,659, entretanto de 2000 a 2011 elevou-se a 0,735, principalmente posterior a 2005 (0,692) com incremento das Misiones e a superação do paro petrolero. Entre 1990 e 2000, período punto fujista em nove anos e um do governo Chávez, o índice cresceu 4,7%, mas entre 2000 a 2011 (período chavista) o incremento foi mais que o dobro, alcançando 12%21.

Outra questão relevante é a expectativa de vida. Segundo os dados das Nações Unidas 71 anos era o número registrado para 1990, que alcançou 72,4 em 2000, e avançou para 74,4 anos para 2011. Logo, temos uma melhora de 1,6% para o decênio 1990/2000 e quase o dobro (3,0%) para o decênio subsequente.

Um...

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