Risco e Retorno: uma Análise Comparativa entre as Empresas de Controle Familiar e Não Familiar

AutorCristina Ferabollia - Giselle Brasileiroa - Luciano Piazzaa - Maicon Schwerza - Tadeu Grandoa
CargoUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, RS, Brasil - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, RS, Brasil - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, RS, Brasil - Universidade do Vale do Rio dos Sinos, ...
Páginas165-173
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UNOPAR Cient., Ciênc. Juríd. Empres., Londrina, v. 15, n. 2, p. 165-173, Set. 2014.
FERABOLLI, C. et al.
Cristina Ferabollia*; Giselle Brasileiroa; Luciano Piazzaa; Maicon Schwerza; Tadeu Grandoa
Resumo
Este trabalho tem por objetivo analisar se os indicadores de risco e retorno das empresas de controle familiar foram diferenciados em relação
às empresas de controle acionário não familiar, no período de 2008 a 2012. Dentre todas as empresas que negociaram suas ações na Bolsa de
Valores de São Paulo, no período em estudo, a seleção da amostra teve como base o índice de presença da Economática, sendo que aquelas que
tiveram negociação em mais de 50% dos dias úteis de cada ano foram selecionadas. Os resultados demonstram que o retorno médio anual (RA)
das empresas com controle não familiar foi superior ao retorno médio anual das empresas com controle familiar, somente nos anos de 2009 e
2010. Além disso, as empresas de controle familiar apresentaram desempenho superior ao das empresas não familiares. Resultados similares
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apresentados pelas empresas familiares. Em relação ao risco, as empresas familiares apresentaram desvio padrão (DP) médio superior à média
do DP das empresas não familiares, o que sugere maior volatilidade nos retornos diários das empresas familiares e, consequentemente, maiores
riscos nesses investimentos.
Palavras-chave: Risco. Retorno. Controle. Empresa Familiar. Empresa não Familiar.
Abstract
This paper aims to analyze if the indicators of risk and return of family-controlled companies were different from those of non-family controlled
companies, in the period of 2008-2012. Among all companies that have traded its shares on the Bolsa de Valores de São Paulo in the research
period, the sample selection was based on the Economatica’s presence index and considered those that have traded in more than 50% of the
days of each year. The results show that the average annual return (RA) of non-family controlled companies was higher than the average
annual return of family controlled rms from 2009 and 2010. In addition, the family-controlled companies performed better than the non-family
rms. Similar results were found in average daily returns (ADR), once the non-family companies had returns greater than those obtained by
the family business. In relation to risk, family businesses presented mean standard deviation (SD) higher than the values found for non-family
rms, suggesting greater volatility in daily returns of family rms and, consequently, higher risk in these investments.
Keywords: Risk. Return. Control. Family-Controlled Company. Non-Family Controlled Company.
Risco e Retorno: uma Análise Comparativa entre as Empresas de Controle Familiar e Não
Familiar
Risk and Return: a Comparative Analyses between Family Controlled Companies and Non-
Family Controlled Companies
aUniversidade do Vale do Rio dos Sinos, Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, RS, Brasil
*E-mail: crisferabolli@yahoo.com
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1 Introdução
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relevância e controvérsia é o relacionamento entre o risco e
retorno para a avaliação de ativos. As decisões de investimentos
podem determinar o risco que as empresas estão dispostas a
assumir e os retornos esperados em função desta escolha, que
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está sujeita.
As empresas com controle familiar são um caso típico
de concentração de propriedade, na qual um indivíduo ou
uma família detém grande participação na empresa. Dessa
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controladores do que pelas empresas não familiares. Nas
empresas com características de propriedade concentrada,
em caso de insucesso em um projeto de alto risco, os
proprietários terão perdas consideráveis, juntamente com os
obrigacionistas, o que sugere que, neste tipo de propriedade,
as decisões de investimentos sejam mais voltadas a projetos
de menor risco. Em contrapartida, as empresas com capital
pulverizado, ou não familiares, possuem incentivos para
apostar em projetos ou investimentos de alto risco, uma
vez que, em caso de perdas, o prejuízo é dividido entre os
acionistas e, principalmente, entre os obrigacionistas.
O debate teórico traz argumentos favoráveis e contrários
quanto ao desempenho das empresas familiares em relação
às não familiares e, nessa busca de melhores retornos e
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máximo seus investimentos. Diante disso, o objetivo geral
deste artigo é analisar se os indicadores de risco e retorno
das empresas de controle familiar foram diferenciados em
relação às empresas de controle acionário não familiar, no
período de 2008 a 2012.
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familiares na economia brasileira e pela escassez de estudos
que avaliem o risco e retorno por esta óptica de controle
acionário no mercado brasileiro.

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