O rural e o urbano em interação

AutorCristina Maria Macêdo de Alencar, Maina Pirajá Silva
CargoProfessora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social da Universidade Católica do Salvador, Salvador, Bahia, Brasil. E-mail: cristina.alencar@pro.ucsal.br - Professora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Social e do curso de Geografia na ...
Páginas6-13
Cadernos do CEAS, Salvador/Recife, v. 45, n. 251, p. 538-545, set./dez., 2020 | ISSN 2447-861X |
doi>: http://dx.doi.org/10.25247/2447-861X.2020.n251.p538-545
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O RURAL E O URBANO EM INTERAÇÃO
Cristina Maria Macêdo de Alencar*
Maina Pirajá Silva**
Esta revista, Cadernos do Ceas, no seu número 211, publicou o artigo Ruralidade
Metropolitana (ALENCAR, 2004), trazendo uma perspectiva crítica à dicotomia rural/ urbana
que se inseria em consensos teóricos que formularam a noção de ruralidades cujos vetores
epistemológicos em interação possibilitaram apreender a realidade como campo de
coexistências.
Diversos outros autores, nacionais e internacionais, como Ricardo Abramovay, Henri
Lefebvre, Milton Santos, Carlos Brandão, Ana Fani Carlos, Sérgio Schneider, Elena Saraceno,
Ângela Maria Endlich, Luciano Concheiro, Octavi o Ianni, Roberto Moreira, João Rua, Maria
Encarnação Sposito, Júlio Suzuki, José Eli Veiga, Maria José Carne iro e Maria de Nazareth
Wanderley também trouxeram, em seus estudos, visões críticas e analisaram o rural e o
urbano como conteúdos das representações sociais que se constituem na cotidianidade dos
atores sociais ou como conf igurações sócio-históricas de mundo por sujeitos sociais
concretos. O professor Milton Santos (1993), por exemplo, aborda que o rural e o urbano não
são realidades isoladas e independentes. São integrantes de um todo que mantê m relações
entre si, bem como apresentam conteúdos que os tornam comuns, mas não os demudam em
uma homogeneidade. Para Henri Lefebvre (1978), o rural e o urbano não podem ser
diferenciados apenas por meio dos seus aspectos funcionais, abordagem compatível com a
perspectiva de que é necessário ponderar o conteúdo social que baliza cada espacialidade, ao
que Wanderley (2001) denomina peculiaridades ou espaço específico e diferenciado, que na
modernidade configura poderes assimétricos (MOREIRA, 2012).
* Professora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Planejamento Territorial e Desenvolvimento
Social da Universidade Católica do Salvador, Salvador, Bahia, Brasil. E -mail: cristina.alencar@pro.ucsal.br
** Professora e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Planejamento T erritorial e Desenvolvimento
Social e do curso de Geografia na Universidade Católica do Salva dor, Salvador, Bahia, Brasil. E-mail:
maina.silva@ucsal.br

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