O saneamento básico no Brasil após 10 anos da Lei n. 11.445/2007 E ganhos com a universalização

AutorÉdison Carlos
Páginas73-82
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O SANEAMENTO BÁSICO NO BRASIL
APÓS 10 ANOS DA LEI N. 11.445/2007
E GANHOS COM A UNIVERSALIZAÇÃO
ÉDISON CARLOS
É incrível, mas no Brasil – 9ª maior economia do mundo – ainda
temos um cenário vergonhoso no acesso aos serviços de saneamento
básico, notadamente no atendimento dos brasileiros em água tratada,
coleta e tratamento dos esgotos. Pelos números oficiais de 2015, cons-
tantes no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS),
o país tem cerca de 34 milhões de cidadãos sem água tratada, mais de
100 milhões sem acesso à coleta de esgoto e apenas 42% dos esgotos
gerados são tratados. São, portanto, bilhões de litros de esgotos despe-
jados na natureza 24 horas por dia, 365 dias por ano.
Estamos falando de indicadores que países desenvolvidos tinham
no século XIX, fruto de um descaso histórico com essa infraestrutura
tão básica, mas tão esquecida. Ainda que o Brasil tenha se transformado
numa forte economia e o motor da América do Sul, a situação do país
em relação aos serviços básicos de água e esgoto está bem distante dos
atuais vizinhos, especialmente o Chile, a Argentina e o Uruguai.
Um dos fatores que ajudam a explicar a atual situação foi o cres-
cimento desenfreado da população aliada à total falta de planejamento

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