Talibã promete respeitar direitos das mulheres, mas dentro da lei islâmica

Um porta-voz do Talibã reiterou nesta terça-feira a promessa de que o grupo extremista islâmico, que assumiu o controle do Afeganistão após a retirada das tropas americanas do país, respeitará os direitos das mulheres “dentro da lei islâmica” e não se vingará daqueles que ajudaram estrangeiros durante a ocupação do país.

Em entrevista coletiva, a primeira desde que o Talibã tomou a capital Cabul, no domingo, Zabihullah Mujahid disse que os insurgentes respeitarão os direitos das mulheres, mas dentro da lei islâmica, sem dar detalhes sobre o que isso significaria. “Vamos permitir que as mulheres trabalhem e estudem dentro das nossas estruturas”, disse o porta-voz.

A entrevista faz parte do esforço do Talibã de tentar convencer o mundo de que o grupo mudou desde o fim da década de 1990, quando governou o Afeganistão e impôs uma interpretação fundamentalista do Islã. Na época, mulheres foram proibidas de trabalhar e estudar, além de só poderem sair de casa acompanhadas de um parente homem.

Apesar das promessas, muitos afegãos, principalmente os mais velhos, que viveram sob o governo do Talibã, continuam céticos em relação às promessas feitas pelos insurgentes após a tomada do país.

Mujahid também disse que a...

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